Helena Lira
Acordo e a raiva que estava na hora que entrei naquela m*****a van me domina novamente, ignoro a puta dor de cabeça que estava sentindo, sabia que não devia ter aceitado a ideia de participar do mochilão com a Laís, que loucura é essa dela não aceitar as merdas dos seguranças, mas me deixa só olhar para a cara da minha melhor amiga, provavelmente após saber que ela está bem, acertarei um belo soco em seu lindo rosto.
Tento levantar da cama e uma tontura me atinge, olho para o lado e percebo que estou em algum prédio e possivelmente devo estar nos últimos andares, respiro fundo e encontro um equilíbrio meio duvidoso, caminho e me aproximo da janela de vidro, acho que devo estar no meio do prédio e tenho a leve impressão que estou no mesmo prédio onde o Henrique tem um apartamento.
Me afasto do vidro gelado que estava me deixando com frio e olho ao redor do quarto, percebo a minha mala depositada em um sofá encostado na parede, caminho até lá meio tonta e me ajoelho, procuro uma roupa confortável para matar aquele idiota que brincou com o meu coração.
Escolho uma legging e um top, mas como ia ficar com muita pele amostra, encontro uma camisa um pouco mais folgada para usar, porque sei que se colocar em prática o que senhor Demétrius me ensinou, precisarei estar confortável, porque aquele idiota precisará ser muito rápido para conseguir me derrubar.
Olho para a porta e ela estava aberta, com os pés leves caminho até ela e consigo ouvir a conversa de uma mulher com o Petter, fico nervosa porque quase fui sequestrada quando era pequena na primeira vez que vim para a Disney, por minha mãe biológica.
— Petter, o melhor é conversar com a menina Helena… — A voz feminina me traz um pouco de familiaridade, apenas solta um suspiro.
Começo a caminhar para fora do quarto, saio por um corredor e no final tinha o que parecia ser a sala, de onde vinha as vozes, sem pressa e caminhando lentamente me próximo da parede e continuo ouvindo a conversa.
— Abigail, vimos a Helena crescer, como posso ser apaixonado pela irmã do meu chefe? — O ouço falar e encosto mais ainda parede.
Ouvir essa declaração do Petter me faz balançar, se ele tivesse feito ela há mais tempo, provavelmente não teria sofrido por tanto tempo por alguém que abriu mão de mim facilmente.
— Deixe de bobeira Petter, até parece que a menina não iria crescer e qual é a diferença de idade de vocês dois? — Ela pergunta, estou com 20, mas não faço ideia de qual seja a idade do Petter.
— Então, são 13 anos de diferença, acho que depois que ela souber os motivos de tudo isso, ela jamais vai me perdoar… — Saio do meu esconderijo.
— Por que não tenta? — Digo assustando os dois que me olham assustados.
A mulher que estava conversando com ele é Abigail, realmente cresci a vendo visitar a tia Cleide durante o tempo que o Henrique estava recluso e não aceitava a visita de mais ninguém na mansão, ela estava sentada ao lado do Petter a vejo levanta-se e caminha até onde estou com um sorriso acolhedor.
— Olá, menina Helena, fico feliz em finalmente em te ver acordada, pena que sejam nessas circunstâncias. — Ela estende a mão e pego meio incerta. — Acredito que esteja sentindo fome, estou com um café pronto ali na cozinha e preparando o almoço.
— Aceito o café. — Digo olhando para ela e logo em seguida para o Petter que estava sem camisa, apenas com a calça completamente molhada.
Isso explica porque minhas roupas estavam molhadas, ele se levanta e me conduz até o sofá, olho por todos os lados a procura de coisas que podem me servir de armas para atingir o idiota que me apagou naquele carro.
— Melhor sentar, talvez seja mais seguro para mim. — Ele fala com um sorriso no rosto.
— O que realmente está acontecendo, Petter, a Laís cadê ela? — Ele aponta para o teto, o que me faz olhar para cima como uma idiota.
— Contarei tudo a você, contanto que me deixe falar tudo sem tentar me matar. — Ele me olhou de cima a baixo. — Porque acho que essa escolha de roupas, é uma combinação perfeita para me causar dor.
Me sento onde ele indica, com meu olhar em um vaso que estava em cima da mesinha de centro, que não passa despercebido por ele, que retira o vaso do meu alcance e o coloca em um canto distante e volta rindo.
Pego uma das almofadas que estavam atrás de mim e começo a bater nele com ela, me aproximo dele e acerto um tapa forte em seu rosto o que o assusta, não perco tempo e começo acertar alguns golpes que ele não consegue se desviar, ele agarrou meus pulsou e passou por trás da minha costa, pisei no seu pé que fez ele gemer com a dor, logo em seguida acertei minha cabeça no seu nariz.
— Ai, porra… espera Helena… ai, merda… — Ouço seus gemidos e palavrões e continuo acertando.
Ele me soltou com o impacto, o que me deixou livre acertando um soco com força, o que fez aquele homem enorme cair por cima da mesinha de vidro que se quebra em vários pedaços, minha raiva ainda não estava amenizada, mas pelo menos consegui descontar um pouco do que estava sentindo.
Petter se levanta com uma velocidade enorme e me agarra de frente para ele, consigo apertar em alguns pontos no seu abdome, olho para a Abigail que revira os olhos na nossa direção.
— Só quero ver quem limpará essa zona, terminem com isso e venham comer. — Ela fala e se afasta como se nada estivesse acontecendo.
— Deixe-me contar, calma mulher… aí Lena isso dói… porra mulher… — De alguma forma acabamos caindo no chão com ele prendendo as minhas pernas com as dele e seu rosto colado no meu pescoço.
— Por favor, me deixe te contar o que está acontecendo, não quero que se machuque. — Sinto que ele começa afrouxar o seu aperto, mas antes ele deixa um beijo no meu pescoço onde sinto um arrepio.
Deixo o suspiro sair e sei que isso o agradou, já que ele soltou de uma vez meus braços, me levanto e fico afastada dele, olho para seu rosto e tinha apenas machucado o seu lábio.
Petter se levanta e arruma a calça que estava toda bagunçada da nossa pequena brincadeira, olha para a mesinha, que estava quebrada no meio da sala, ele se ajoelha e começa a catar os cacos de vidro.
Continuo afastada do homem que estava com sua atenção no que fazia ali na minha frente, olho para os lados e Abigail que vinha novamente na nossa direção percebeu algo e decidiu voltar no mesmo instante.
— Quando o Henrique foi obrigado a viver nessa vida ele teve um alento, o que fez aceitar as coisas com um pouco mais de facilidade, por mais que não gostasse da Dakota ela fazia bem para ele. — Me lembro da Dakota, não era a pessoa que mais gostava no mundo.
Me recordo quando soube que ela havia sofrido um acidente de cavalo e acabou falecendo, pelo menos foi isso que a tia Cleide contou para todos assim que ela voltou de Nova York com a Alisson no colo, porque ela acabou nascendo no dia que ela veio descobrir o que estava acontecendo com o Henrique.
— O que isso tem a ver por estar aqui contra a minha vontade, Petter? — Digo para o homem que continuava ajoelhado no chão catando os vidros quebrados e sem me olhar, ele suspira.
— A mãe da Laís, matou a Dakota quando ela saiu em uma missão anos atrás, isso quebrou o Henrique em diversas maneiras, que você não faz ideia… — Merda, isso é uma puta revelação.
Helena Lira Estou tão abismada com a situação que apenas me deixo cair no sofá enquanto ele termina de recolher os vidros pelo chão, me sinto uma idiota, agora me aproximo dele e recolho alguns cacos. — Petter? — Mantenho a cabeça baixa, enquanto meus pensamentos começam a criar os cenários para explicar o motivo de estarmos aqui. — Henrique planeja matar a Laís? — Pergunto com medo de ouvir a resposta. Percebo quando ele chega mais próximo de mim e tira os vidros da minha mão, ergue meu rosto e seus olhos azuis parecem mais sinceros do que já vi nos últimos dias. — Não, porque o Henrique se apaixonou pela sua pequena Esmeralda. — Solto uma lufada de ar e sorrio para ele. — Quando éramos mais novas, uma vez ela disse que se ela não fosse tão mais jovem que ele, ela poderia considerar namorar o chefe da máfia novaiorquina. — Começo a rir. — Sinto muito que as coisas aconteceram dessa forma, mas as mudanças de plano só ocorreram depois que já estavam na van, então por hora teremos
Petter HarrisCéus, estou ferrado com essa mulher, como o humor dela muda mais rápido que um raio?Saio do quarto antes que ela saia do banheiro e consiga realmente me matar, caminho pelo corredor e vejo no espelho que meu rosto estava cheio de hematomas, provavelmente ela conseguiu quebrar o meu nariz, toco e sinto o latejar, com certeza não vou precisar levar um surra para provar a ninguém que também estive com elas em algum cativeiro.Um calafrio percorre minha coluna e borbulha em minha barriga, a sensação de desconforto com a dor que estou sentindo por todo o meu corpo. Porque essa mulher tem uma mão pesada. Preciso falar com o Henrique, vou levá-la para a casa de campo, tenho certeza que será muito mais fácil para ela me perdoar lá, do que aqui. Sem contar que não corro o risco de que ela me jogue aqui de cima.Ainda tenho esperança que essa seja a nossa casa, gosto da vista privilegiada para o Central Park, sem contar que a proximidade com o Henrique é ótimo, facilita muito a
Petter HarrisSe ele não estivesse tão cego naquela época, poderia ter pedido ela em casamento e não estaria vivendo nessa confusão agora.Me afasto dele e volto a sentar no sofá enquanto Henrique vai até o seu quarto. Meus sentimentos pela Helena não são tão recentes, a ver amadurecer mesmo que a distância, era como se, no fundo, a esperasse estar pronta para mim.Minha mente começa a vagar entre todos os pontos de nossa história.Vê-la tão linda no dia de sua festa, aqueceu o meu peito, mesmo sabendo que ela não estava tão linda daquele jeito para mim, a ver usando joias que provavelmente foi Tanaka que deu me entristeceu naquela noite. Ouvia as preocupações dos meus amigos enquanto tentava manter a postura na frente de todos, escondendo os meus sentimentos de cada que estava ali.Afinal sou o conselheiro do chefe da máfia da América, é esperado que me case com alguma das herdeiras de outras casa para consolidar as alianças e firmar a minha lealdade. Tenho sorte que até hoje Henriqu
Helena LiraOuço quando o Petter saio do quarto, decido ficar mais algum tempo ali sentada no chão encostada contra a porta, minha cabeça estava tão confusão, não fazia ideia do que possa fazer agora, a única coisa que sei é que esse dois não irão nos machucar.Fico um bom tempo no banheiro e saio para o closet que percebi estar organizado, abro algumas roupas e noto que eram femininas, a raiva que até ainda pouco que estava sobre controle me domina novamente quando percebo que não eram as minhas roupas.Retiro um conjunto de tricô azul-escuro e percebo que ainda estavam com as etiquetas, passo a mãos por todas as peças…— São novas. — Digo quando vejo as etiquetas em cada uma.Abro mais ainda as portas do closet e todas as minhas roupas que levei para o mochilão estavam ali, guardadas com cuidado e separadas por cor, provavelmente obra de Abigail pela organização.Caminho até o fundo do closet e abro as portas escuras, uma luz se acende e o perfume do Petter invade minhas narinas, to
Helena LiraRetiro tudo o que estava vestindo, visto um conjunto preto de renda que coube perfeitamente em meu corpo, olho no espelho e fico satisfeita em como fiquei linda usando o tom preto, vou até a parte das camisas de do Petter e pego uma, sinto o seu perfume nela e sinto uma felicidade que não sei explicar, mas é algo novo. Algo que nem mesmo com o Tanaka consegui sentir, tento não pensar nele agora, pelo menos não nesse momento. Está na hora de experimentar outras sensações. Passo meus braços pelas mangas da camisa e a deixo aberta, saio do closet praticamente correndo. Mal havia subido na cama, ouço a porta sendo aberta. Perceber o olhar cheio de luxúria do Petter fez com que o meu desejo por aquele homem aumentasse ainda mais, o vejo incerto do que fazer, quando ele se vira para ir em direção ao closet percebo que já havia uma ereção ali. — Petter? — Chamo a sua atenção, principalmente por que o quero daquele jeito. — Sente-se. Ele parece em dúvida ao que pedi, mas algo
Petter HarrisComo poderia sentir raiva dessa mulher em cima da minha cama, tenho a sensação que ela tem a capacidade de destruir o que chamo de coração.Somente ela tem conseguido fazer com que sinta algo bom nessa vida que levamos, é difícil encontrar uma mulher em nosso meio, uma que entenda e aceite tudo o que fazemos em nossos negócios.Mesmo que sempre tenha sentindo algo pela Helena, nunca pensei que poderia realmente encontrar um pouco de luz no meio dessa podridão onde estou imerso.Não tenho mais vontade e tão pouco desejo em manter distância da mulher seminua que me olha com desejo, que anseia por meu toque e principalmente me exige a verdade.Como posso negar qualquer coisa para a pequena que vive guardada no íntimo do meu coração, escondida de qualquer um que possa usar a informação da mulher que amo contra mim.Sentia o meu peito trepidar com os meus batimentos, sem falar na minha ereção que já se tornou extremamente desconfortável, o resquício de lucidez se esvaiu quand
Petter Harris Com calma e cuidado começo forçar a minha entrada contra a parede que a mantinha intocada. Beijo o cantinho de seu olho e bebo a sua lágrima. — Suas lágrimas me pertencem meu amor. — Digo em um tom possessivo. Seu riso forçado, quebra o meu coração e continuo a massagear o seu clitóris para que ela volte a sentir prazer, forço mais um pouco e sinto a ruptura da sua barreira, quando Helena morde o lábio inferior, algo dentro de mim, talvez aquele ogro idiota que todo homem deve ter querendo demarcar território, acabo empurrando a minha pelve completamente, alcançando o fundo da minha pequena. Ela abre os olhos que chega me assustar. — Desculpa, por favor… — Digo apressando, percebendo que a machuquei. — Cala a boca e se mexer… — Havia um tom de dor em sua voz, mas não iria contrariar a mulher que tinha embaixo de mim. Beijei seus lábios e comecei a mexer devagar, esperando que ela se acostumasse com a minha invasão dentro dela, sinto seus músculos relaxando e pequen
Helena LiraSentia a minha vagina em chamas, Petter é um homem enorme, mas já estava aqui e não voltaria atrás, mesmo que soubesse o que teria que fazer agora, porque mesmo que meu envolvimento com a máfia seja pequena, ainda, sim, sou conhecida como a ex-pretendente do chefe da Yakuza. O que ainda me dá um pouco de arrepio já que não é assim que quero ser conhecida.Petter aguardava por minha resposta e não acho certo estragar nosso momento com um pensamento sobre o meu ex, então o melhor a se fazer é pôr a máscara que venho usando nos últimos anos.— Algumas incertezas e inseguranças Petter. — Respondo sentindo sua mão passeando por minha costa.— Somente isso? — Ele insiste e puxa o meu queixo em direção ao seu rosto.E por algum motivo não consigo mentir para ele, é como se sentisse uma segurança nessa pessoa que não sei explicar, mal o conheço, minha cabeça ainda o vê como o segurança que deveria nos proteger de qualquer coisa na Europa.Mas estava aqui, sentada em seu colo, rece