Helena LiraA emoção de ser pedida em casamento foi tão grande que minha mente se desligou. Estava em êxtase, a última muralha que havia construído em torno de meu coração caiu em ruínas no chão.Petter conseguiu entrar, reconstruir e mostrou principalmente o quanto é melhor para mim. Estava há vários minutos olhando para a peça em meu dedo. A pedra em um tom roseado tão sutil que a tornava ainda mais linda.Suspiro pela milésima vez olhando para a peça com a Olivia ao meu lado, tomando um gole do café que havia se servido.A via ficar impaciente a cada vez que tocava na aliança, preciso ligar para meus pais e contar o que houve.— Chega com isso, estou começando a ficar enjoada. — Ela revira os olhos, mas acaba me abraçando.— Tenho certeza que aquele cara ali também já fez algo para te deixar assim. — Mas para a minha surpresa o seu sorriso murcha.A vejo dar de ombro e enfiar um croissant na boca, provavelmente para não dizer os motivos pelos quais estava ficando triste.Desde quan
Petter HarrisVer o japonês à minha frente não foi bom, o desejo de enfiar o soco nele até sentir os seus ossos se esfarelando era maior do que saber sobre o que era o assunto.Fecho a tela do notebook a minha frente e tento parecer relaxado na frente do Tanaka, vejo o seu conselheiro entrar apenas para fechar e nos dar privacidade. Pelo visto, o assunto é delicado o suficiente para não haver testemunhas.Entrelaçando os dedos sobre meu abdômen e espero que ele diga o motivo de ter pedido essa reunião. Posso enxergar em seus olhos que está indeciso.Que não sabe ao certo o que falar, ou como começar a falar. — Diga Tanaka, o que deseja?Pergunto quando o suspense e a curiosidade pulam de minha boca. Ele percebe e sorri. O vejo respirar fundo e pedir permissão para sentar à minha frente, arqueiro o rosto dando a permissão que precisa.— Sei o que aconteceu anos atrás, sem quem é o responsável! — Ele diz com tranquilidade.— O que espera que eu faça? — Pergunto.— Que a proteja e guard
Helena LiraOs dias tem se passado tão rápido, mas sinto que estou deixando alguma coisa de lado, não consigo descobrir o que.Falta uma semana para o meu casamento, Laís e Olivia se uniram com a minha mãe para organizarem o meu casamento, estou amando cada uma das etapas que Petter fez questão de me proporcionar.Minha despedida de solteira foi a poucos dias no lugar mais lindo que já conheci. Tia Carolina me levou para Paris, escolher o meu vestido de noiva.Petter orgulhoso como só ele é, me disponibilizou um cartão com o limite que ultrapassa as barreiras do universo. Laís perturbou tanto o juízo do Henrique que ele providenciou um para sua esmeralda.As aulas começaram há poucos dias e hoje estou sem nenhuma concentração para estar aqui, acordei com um mal-estar horrível. Petter vem me mimando a cada dia, trazendo coisas diferentes para mim.Talvez aquelas rosquinhas que trouxe ontem é o motivo de estar me sentindo tão mal hoje. Só de lembrar nelas sinto o enjoou. Me ergo da cade
Helena LiraEm casa passo direto para o quarto, mal consigo ouvir as ordens que Petter dava para os soldados que nos trouxeram, quero apenas me livrar dessas roupas com cheiro de hospital e relaxar depois desse encontro.— Mas que droga!Digo irritada com o encontro inesperado que acabo de ter.Não fazia ideia que ela estivesse aqui, ou será que ela veio trabalhar aqui porque queria tentar me encontrar.O irônico disso é que ela está na maternidade, logo ela que abandonou um bebê de três meses, totalmente dependente de uma mãe, com o pai que fez o melhor possível.Estava tão frio e com os pensamentos fervilhando que não me importei de entrar de cabeça no chuveiro gelado como Petter gosta de usar quando chega de madrugada em casa.A agua gelada corre por meus cabelos enquanto descanso a minha testa no azulejo, não vou chorar por ela está próxima, aquela mulher não merece nenhum sentimento meu.Mas, chorarei por descobrir que serei mãe, que em mim existe o fruto do meu amor. Coloco as
Petter HarrisEstava em uma reunião com Henrique e Miguel Carrillo, que continuava tendo problemas com as pequenas células leais ao Gonzalez, pelo que estava acontecendo no México eles estavam tentando derrubar Miguel para assumir o seu lugar.E como um dos membros da “First”, ele pediu ajuda para apagar de vez com esse incêndio, claro que Henrique não iria negar ajuda ao homem que o ajudou resgatar a sua esposa.Mas não poderia sair daqui, me candidatei a ir, sei que não será nada difícil e muito menos que me tirará de casa por muito tempo. Posso levar a Helena quando estiver mais tranquilo.Vinha suspeitando de que ela estivesse grávida e pelo que notei, ela nem se deu conta que estava com sua menstruação atrasada, não queria dizer nada.Quero que ela tenha o prazer de me surpreender. Mas quando o Bryan entra no escritório da sede da empresa que Henrique mantém como fachada, onde faz a lavagem de dinheiro. Ele nos avisa o que aconteceu, nem deixo que termine.Meu pulse se acelera, é
Helena Harris O que poderia esperar desse casamento… O pensamento surge enquanto observo as ondas se quebrando próximo à praia. Estamos há cinco meses no México, vejo Petter ficando cada dia mais irritado, não conseguem terminar a caçada dos ratos que se infiltram próximo ao Miguel. Agradeço a Deus que Andrei e Olívia se casaram duas semanas depois de mim, o que me garantiu minha amiga ao meu lado. Claro que fiz amizade com Nicoly, a esposa de Miguel que estava perdendo a paciência com o que estava acontecendo ao seu redor, a vi quando ela matou um dos soldados por olhar menosprezando o que ela dizia. Vê-la daquela forma foi um choque, mas o que esperar de uma mulher que já está nesse mundo desde quando eu ainda era uma criança. Sinto minha garotinha me chutando, nos últimos dias venho sentindo um desconforto cada vez maior, essa garotinha será enorme olhando pelo tamanho que está a minha barriga. Fiquei tão feliz quando na última ultrassom descobrimos que nosso bebê é uma menina,
Helena HarrisPrendo a respiração e seguro firme na mão da enfermeira que estava ali como meu apoio. Quando a dor passa consigo relaxar. — Vamos conseguir amor, era meu desejo estar segurando a sua mão, mas essa panterinha tinha outros planos. — Vejo Petter sair do carro e correr em direção ao avião. — Estou indo, seja valente assim como sempre foi. Concordo com a cabeça e vejo sua ligação cair, olho para a enfermeira que tenta ligar novamente, mas é em vão. Acho que ele já deve ter decolado. — Helena você está com oito centímetros, mas já sinto a cabecinha da Charlie, na próxima quero que empurre. — Olho assustada para o celular e não via o meu marido ali. — Não podemos esperar, ele está vindo… — Pergunto para Rebeca que estava entre minhas pernas. Seguro a mão da enfermeira e deixo um grito de dor sair. Céus é como se estivesse sendo partida ao meio. Olho para Rebeca, ela estava com um sorriso no rosto. — Isso, filha, está quase lá. — Nesse momento não a corrijo. Quero apenas
Helena LiraMinha festa estava maravilhosa, esperava apenas por Tanaka, para que tudo estivesse perfeito, hoje havia programado de depois da festa, ter um momento com ele. Estava pronta para me entregar ao homem que amava e sabia que ele iria fazer o meu tão sonhado pedido de casamento.Mas algo aconteceu, ele terminou, não dei chances de explicar, porque não havia explicação para nada do que ele estava fazendo comigo.Apenas fui…Não olhei para trás, nem me expliquei para ninguém.Sair da minha própria festa sem rumo, com esse vestido me apertando, não foi a melhor de todas as ideias, o coitado do taxista não sabia o que me falar, chorava desesperadamente deitada no banco de trás enquanto sentia o carro se movimentando sem rumo.Como pude ser tão boba, achar que ele realmente fosse me fazer a sua esposa, não sou uma deles, meu único elo com esse mundo sombrio é a Laís e nada mais que isso.Mesmo achando que a tia Carol jamais deixaria que ele fizesse algo que fosse me deixar magoada.