CAPÍTULO 19 Maicon Prass Fernandes Com muita raiva, praticamente dispensei a Maria Eduarda pra casa com seus pais, e fui até o Don. Ele estava me observando, sempre sabe quando trago notícias ruins. — Pelo alvoroço, tivemos problemas. — me disse assim que cheguei. Sentei-me ao seu lado, mas dessa vez evitei puxar um copo, a conversa não seria tão agradável. — Olha, a culpa foi minha. Joice apareceu aqui, e não imaginei a proporção que poderia tomar. — Você a convidou? — Não, muito menos disse que iria casar, fazia uma semana que eu não a via. Eu não imaginava que sua prima seria ciumenta, porque me odeia. — Don respirou fundo e segurou seu copo. — As mulheres são assim, vê se aprende. A sua irmã deu um pau em uma, quando vi já estavam chamando ela de dama da máfia, porque colocou Susany no devido lugar. — coloquei mais bebida no copo do Don. — Acontece que foi bem pior... sua prima me seguiu, ouviu uma besteira que falei pra Joice, também viu a minha mão na cintura dela
CAPÍTULO 20 Maicon Prass Fernandes — EU NÃO VOU LIMPAR NADA! — gritou fazendo manha. — POIS SE APRESSE! OU VAI COMPLICAR O RESTO DA SUA VIDA! NÃO FUI EU QUEM QUEBROU NADA. — pegou o celular na pequena bolsa que trouxe, mas eu peguei dela em seguida desliguei. — Isso só volta pra você se merecer. — Porque está fazendo isso, Maicon? — passei por ela e busquei uma cadeira simples, bati mais forte no chão. — Senta aqui, que agora vai me ouvir! — Não sou seu cachorro para me dar ordens. — esbravejou, apertando a cadeira. — Pois vai desejar ser. Porque meu cachorro é muito bem tratado aqui, e no seu caso... estou esperando a esposa que o Don me deu, que vai cuidar das minhas coisas e da minha comida, inclusive do cachorro. — ela sorriu debochada. — Eu não sei fazer nada, muito menos cozinhar, nem tenho roupas pra isso, não posso me dar ao luxo de estragar. Estudei administração, mas... — Aqui você terá regras. A primeira delas é que só sai se for comigo. Está me ouvindo? Nã
CAPÍTULO 21 Maicon Fernandes Com raiva caminhei a passos duros, esfregando a mão nos cabelos. Além de Maria Eduarda continuar com os mesmos pensamentos ignorantes, ainda é frágil na cama... como vou transar com ela se não puder morder? Tá certo que minhas submissas estavam preparadas pra isso, mas essa mulher, nem preparando vai aceitar, vou enlouquecer. Ela ficou lá dentro, ouvi um trovão e vi que iria chover, suas coisas ainda estavam lá fora, mas eu não me estressaria com isso, precisava esfriar a cabeça, primeiro. — Podemos recolher as malas, chefe? — um dos soldados se aproximou na garagem, apontando para as coisas dela. — Não. Ninguém encosta naquilo, nem muito menos fala com a minha mulher, porque se eu descobrir que falou, corto a língua. — entrei no carro, eles já conhecem as regras, apenas lembrei. — Claro, chefe. Saí de casa para comprar uma roupa mais confortável pra ela, mas não consegui evitar quando vi uma loja de equipamentos de proteção in
CAPÍTULO 22 Maicon Prass Fernandes Deixei Maria Eduarda no quarto mais simples da casa, aquêle que nem os empregados utilizaram ainda, porque tem muitos e aquele é o mais inferior. Entrei no meu quarto e nem quis comer, fui direto tomar um banho. Imagens dos seus braços roxos e machucados nas mãos me incomodaram, e acabei pegando uma maleta de primeiros socorros, havia uma pomada que a ajudaria a melhorar. Quando abri a porta, eu iria apenas entregar tudo a ela, mas ao vê-la deitada daquele jeito tão natural, parei para observá-la. Vestia algo tão natural, uma calça confortável de seda e uma blusinha tão pequena, deixando sua barriga completamente à mostra. Seu semblante tranquilo retratava uma mulher mais simples, sem tantos enfeites, cabelos bagunçados sobre o lençol claro. “Por que precisa ser tão bonita?“ Dei alguns passos e deixei a maleta no chão. A cama era de solteiro, mas sentei num canto e não resisti tocar a sua barriga tão reta e umbigo tão de
CAPÍTULO 23 Maria Eduarda Duarte Odeio quando ele faz essas coisas, e fico completamente irritada quando me deixa falando sozinha e vira as costas. Respirei fundo, e depois de vestir uma roupa, acabei deitando novamente. “Tanto faz que quer decidir tudo, mas eu só queria descansar. Nem sei como é feito esse tipo de exame, completamente desnecessário, inclusive.“ Estranhei que ele voltou tão rápido, só dei uma olhada e deitei a cabeça novamente. — Já está vestida? — só perguntou isso. — Me deixe em paz. — resmunguei. Ele veio até a mim e teve coragem de levantar a coberta, verificando, o olhei com raiva, ele virou as costas e falou da porta: — Já podem entrar! — logo uma mulher de aparentemente uns cinquenta anos, entrou com a Débora, a enfermeira que já conheço. — Fiquem à vontade, vou esperar do lado de fora, e lembre-se do que eu disse. — ouvi ele dizer, mas logo saiu e encostou a porta. A médica se apresentou e cumprimentei ambas, então pr
CAPÍTULO 24 Maria Eduarda Duarte Dormi com raiva, esse consigliere pagaria por isso, ele vai ver. Acordei bem cedo, me vesti, peguei minhas coisas e saí pela porta principal, mas os seguranças ficaram feito estátuas parados na minha frente. — Eu preciso sair, vão sair da frente ou vou precisar puxar a minha arma? — blefei. Nenhum deles respondeu, mas como eu também não tinha nenhuma pistola teria quê mudar a estratégia, então com raiva eu dei a volta e corri apressada até a outra saída, um lugar mais isolado e com árvores, inclusive muito bonito. Senti a perna doer enquanto o vento gelado espalhava meus cabelos e arrepiava meu pescoço desnudo, mas não tive opções, Maicon não me deixaria sair, ainda mais para comprar algo que eu queria, teria que subir na árvore em questão de segundos e pular para o lado de fora depois. Calculei a distância e contei os segundos, mas antes que eu chegasse, me desesperei com um latido alto, e num reflexo vi um cachorro grande e p
CAPÍTULO 25 Maicon Prass Fernandes Acordei com as palavras da doutora na cabeça, não poderia deixar Maria Eduarda se esforçar devido à perna, então chamei uma das nossas empregadas para voltar pra casa. Quando ela chegou, logo expliquei: — Sim, chefe. — Preciso que organize o primeiro quarto e deixe bem limpo e arejado para minha esposa. Quando ela acordar, traga as coisas dela e arrume nesse quarto para que ela não se esforce, sua perna está machucada. — a mulher me olhou estranho. — Senhor Fernandes, acho que sua esposa já acordou, talvez até tenha melhorado, a vi correndo pelo jardim. — arregalei os olhos, incrédulo, aquela peste não faria isso, faria? Imediatamente fui até a janela de um dos quartos e puxei a cortina. — Maldição! Essa mulher realmente é uma peste. — quando vi o meu cachorro Colt do outro lado do jardim, meu peito doeu e precisei colocar a mão — Merda, o Colt vai ficar irritado— respirei com dificuldades. Mesmo com dor, fui andando devag
CAPÍTULO 26 Maicon Prass Fernandes Quando chegamos no reduto, Maria Eduarda entrelaçou seus dedos nos meus e se calou. Fui entrando, mas era estranho demais ter uma mulher enroscada em mim, ainda mais no meu local de trabalho. Ela cumprimentou realmente a todos como uma mulher madura, me surpreendendo, e seus olhos brilharam ao olhar lá dentro. — Vamos esperar o Don aqui, você não pode andar muito, já extrapolou os limites, hoje. — Está bem. — respondeu com serenidade, até estranhei. Quando o Don chegou, olhou estranho pra mim, e Maria Eduarda abraçou meu braço de maneira mais carinhosa, encostando a cabeça. Fiquei sem saber o que fazer, não pensei que ela levaria isso tão a sério. — Primo... meu marido é ótimo, me deixou vir com ele. — ela contou para o Don, e virei meu corpo todo tentando ver o rosto dela, franzindo a sobrancelha. — Que bom que estão se entendendo... você chegou na hora certa, tenho algumas questões para resolver — o Don disse, olhando