CAPÍTULO 21 Maicon Fernandes Com raiva caminhei a passos duros, esfregando a mão nos cabelos. Além de Maria Eduarda continuar com os mesmos pensamentos ignorantes, ainda é frágil na cama... como vou transar com ela se não puder morder? Tá certo que minhas submissas estavam preparadas pra isso, mas essa mulher, nem preparando vai aceitar, vou enlouquecer. Ela ficou lá dentro, ouvi um trovão e vi que iria chover, suas coisas ainda estavam lá fora, mas eu não me estressaria com isso, precisava esfriar a cabeça, primeiro. — Podemos recolher as malas, chefe? — um dos soldados se aproximou na garagem, apontando para as coisas dela. — Não. Ninguém encosta naquilo, nem muito menos fala com a minha mulher, porque se eu descobrir que falou, corto a língua. — entrei no carro, eles já conhecem as regras, apenas lembrei. — Claro, chefe. Saí de casa para comprar uma roupa mais confortável pra ela, mas não consegui evitar quando vi uma loja de equipamentos de proteção in
CAPÍTULO 22 Maicon Prass Fernandes Deixei Maria Eduarda no quarto mais simples da casa, aquêle que nem os empregados utilizaram ainda, porque tem muitos e aquele é o mais inferior. Entrei no meu quarto e nem quis comer, fui direto tomar um banho. Imagens dos seus braços roxos e machucados nas mãos me incomodaram, e acabei pegando uma maleta de primeiros socorros, havia uma pomada que a ajudaria a melhorar. Quando abri a porta, eu iria apenas entregar tudo a ela, mas ao vê-la deitada daquele jeito tão natural, parei para observá-la. Vestia algo tão natural, uma calça confortável de seda e uma blusinha tão pequena, deixando sua barriga completamente à mostra. Seu semblante tranquilo retratava uma mulher mais simples, sem tantos enfeites, cabelos bagunçados sobre o lençol claro. “Por que precisa ser tão bonita?“ Dei alguns passos e deixei a maleta no chão. A cama era de solteiro, mas sentei num canto e não resisti tocar a sua barriga tão reta e umbigo tão de
CAPÍTULO 23 Maria Eduarda Duarte Odeio quando ele faz essas coisas, e fico completamente irritada quando me deixa falando sozinha e vira as costas. Respirei fundo, e depois de vestir uma roupa, acabei deitando novamente. “Tanto faz que quer decidir tudo, mas eu só queria descansar. Nem sei como é feito esse tipo de exame, completamente desnecessário, inclusive.“ Estranhei que ele voltou tão rápido, só dei uma olhada e deitei a cabeça novamente. — Já está vestida? — só perguntou isso. — Me deixe em paz. — resmunguei. Ele veio até a mim e teve coragem de levantar a coberta, verificando, o olhei com raiva, ele virou as costas e falou da porta: — Já podem entrar! — logo uma mulher de aparentemente uns cinquenta anos, entrou com a Débora, a enfermeira que já conheço. — Fiquem à vontade, vou esperar do lado de fora, e lembre-se do que eu disse. — ouvi ele dizer, mas logo saiu e encostou a porta. A médica se apresentou e cumprimentei ambas, então pr
CAPÍTULO 24 Maria Eduarda Duarte Dormi com raiva, esse consigliere pagaria por isso, ele vai ver. Acordei bem cedo, me vesti, peguei minhas coisas e saí pela porta principal, mas os seguranças ficaram feito estátuas parados na minha frente. — Eu preciso sair, vão sair da frente ou vou precisar puxar a minha arma? — blefei. Nenhum deles respondeu, mas como eu também não tinha nenhuma pistola teria quê mudar a estratégia, então com raiva eu dei a volta e corri apressada até a outra saída, um lugar mais isolado e com árvores, inclusive muito bonito. Senti a perna doer enquanto o vento gelado espalhava meus cabelos e arrepiava meu pescoço desnudo, mas não tive opções, Maicon não me deixaria sair, ainda mais para comprar algo que eu queria, teria que subir na árvore em questão de segundos e pular para o lado de fora depois. Calculei a distância e contei os segundos, mas antes que eu chegasse, me desesperei com um latido alto, e num reflexo vi um cachorro grande e p
CAPÍTULO 25 Maicon Prass Fernandes Acordei com as palavras da doutora na cabeça, não poderia deixar Maria Eduarda se esforçar devido à perna, então chamei uma das nossas empregadas para voltar pra casa. Quando ela chegou, logo expliquei: — Sim, chefe. — Preciso que organize o primeiro quarto e deixe bem limpo e arejado para minha esposa. Quando ela acordar, traga as coisas dela e arrume nesse quarto para que ela não se esforce, sua perna está machucada. — a mulher me olhou estranho. — Senhor Fernandes, acho que sua esposa já acordou, talvez até tenha melhorado, a vi correndo pelo jardim. — arregalei os olhos, incrédulo, aquela peste não faria isso, faria? Imediatamente fui até a janela de um dos quartos e puxei a cortina. — Maldição! Essa mulher realmente é uma peste. — quando vi o meu cachorro Colt do outro lado do jardim, meu peito doeu e precisei colocar a mão — Merda, o Colt vai ficar irritado— respirei com dificuldades. Mesmo com dor, fui andando devag
CAPÍTULO 26 Maicon Prass Fernandes Quando chegamos no reduto, Maria Eduarda entrelaçou seus dedos nos meus e se calou. Fui entrando, mas era estranho demais ter uma mulher enroscada em mim, ainda mais no meu local de trabalho. Ela cumprimentou realmente a todos como uma mulher madura, me surpreendendo, e seus olhos brilharam ao olhar lá dentro. — Vamos esperar o Don aqui, você não pode andar muito, já extrapolou os limites, hoje. — Está bem. — respondeu com serenidade, até estranhei. Quando o Don chegou, olhou estranho pra mim, e Maria Eduarda abraçou meu braço de maneira mais carinhosa, encostando a cabeça. Fiquei sem saber o que fazer, não pensei que ela levaria isso tão a sério. — Primo... meu marido é ótimo, me deixou vir com ele. — ela contou para o Don, e virei meu corpo todo tentando ver o rosto dela, franzindo a sobrancelha. — Que bom que estão se entendendo... você chegou na hora certa, tenho algumas questões para resolver — o Don disse, olhando
CAPÍTULO 27 Maicon Prass Fernandes — Posso treinar tiro, Consigliere? Gostaria de acertar as mãos ou os pés desses idiotas, sou péssima de mira. — Maria Eduarda pediu educadamente, antes que eu falasse com o Don, lhe dei uma olhada e ele assentiu, então assenti pra ela, vendo o pavor no rosto daqueles dois que ainda seriam torturados se Maria não os matasse, mas virei as costas, enquanto terminavam de arrancar os olhos dele. — Precisamos falar com o senhor Kim. — aconselhei o Don. — Sim, como está de licença essa semana, eu resolvo... aliás, já fez o que eu pedi? Sua esposa parece bem melhor, posso acreditar que resolveu? — engoli seco. — Ela está machucada, dei um tempo para que se recupere, mas está tudo sobre controle, ainda tenho seis dias, fique tranquilo. — Eu sempre fico, confio em você. Pode levar sua esposa e fazer o que precisa fazer, eu vou até o Kim na Rússia com nossos homens. — Agende antes, marque uma conversa de paz, e exija uma explicação pra
CAPÍTULO 28 Maria Eduarda Duarte Estranhei o jeito dele, mas já era de se imaginar que só estava se aparecendo para o Don, e não adiantava reclamar de mim, porque bem sei que ele estava gostando, e me comportei no reduto. — MAICON! “Que droga! Gritar não resolve com esse homem, parece uma pedra de gelo.“ — Desisti. Conheci meu novo quarto e fiquei de boca aberta quando vi. Era como se ele tivesse comprado a loja que fomos e mandado decorar pra mim, havia de tudo. Por um momento voltei até a porta para ver se ele realmente não havia entrado, mas ele não estava ali. “É, realmente saiu.“ — Fui até a janela ao ouvir um ronco familiar e estranhei quando vi aquele Maserati cinza saindo como se de um lugar subterrâneo. “Não pode ser... Aquele carro realmente é dele?“ “O quanto você mudou em quatro anos, Maicon?“ — Fiquei me perguntando enquanto via que ele dirigia muito rápido, já do lado de fora da casa. — Senhora, você não gostou do quarto? Se achar e