CAPÍTULO 28 Maria Eduarda Duarte Estranhei o jeito dele, mas já era de se imaginar que só estava se aparecendo para o Don, e não adiantava reclamar de mim, porque bem sei que ele estava gostando, e me comportei no reduto. — MAICON! “Que droga! Gritar não resolve com esse homem, parece uma pedra de gelo.“ — Desisti. Conheci meu novo quarto e fiquei de boca aberta quando vi. Era como se ele tivesse comprado a loja que fomos e mandado decorar pra mim, havia de tudo. Por um momento voltei até a porta para ver se ele realmente não havia entrado, mas ele não estava ali. “É, realmente saiu.“ — Fui até a janela ao ouvir um ronco familiar e estranhei quando vi aquele Maserati cinza saindo como se de um lugar subterrâneo. “Não pode ser... Aquele carro realmente é dele?“ “O quanto você mudou em quatro anos, Maicon?“ — Fiquei me perguntando enquanto via que ele dirigia muito rápido, já do lado de fora da casa. — Senhora, você não gostou do quarto? Se achar e
CAPÍTULO 29 Maria Eduarda Duarte Assim que saiu, peguei aquela roupa e ataquei no chão. Não satisfeita, juntei novamente e ataquei de novo, só pra descontar a raiva, mas aí, Ivete entrou. — Senhora, o chefe pediu para eu trazer seu café. — a fuzilei. — Ué, não quer que eu faça o café? Esse homem é louco, Ivete! Primeiro disse que eu faria o café ontem, depois mudou de ideia, agora me exigiu que vestisse isso — apontei para o uniforme no chão — O que mais ele quer? Já que passou a tarefa do café pra você? — Senhora, acalme-se. Seu marido é o Consigliere, é ele quem dita as ordens. Com todo o respeito, muitas mulheres já tentaram se jogar nos braços dele, nenhuma conseguiu nem entrar nessa casa, então tenha um pouco de paciência, que ele se acalma com a senhora. — mostrei o dedo indicador negando, enquanto ela colocou a bandeja sobre a comoda. — Aquele homem não vai se acalmar nunca, Ivete. Ele quer se vingar de mim, tenho certeza, enquanto eu não me desculp
CAPÍTULO 30 Maria Eduarda Duarte — Sente-se pra não forçar a perna e comece a lustrar. Os seus braços estão bons, é só cuidar com a perna — cruzou os braços dele e manteve seu olhar em mim. — Você é doido, ou o quê? Meus braços continuam roxos, sabia? — respirei fundo, meio perdida e ele sorriu fazendo aquele deboche de costume — Mas eu limpo, não tem problema, combinei com você, não é? Você vai ver como faço aquilo que prometo, e não é o único a ser o todo-poderoso. Não deve ser difícil de resolver isso, afinal é apenas um retrovisor — me fuzilou com os olhos. — É... sabe quanto custa um retrovisor novo para esse carro? Aposto que não, então faça o favor de cumprir o que prometeu sem reclamar — puxou a cadeira, batendo forte na calçada ao me encarar. — Então, é só isso que quer? Tantas coisas e escolheu me vestir como palhaça e rir de mim ao apresentar o circo? — ele olhou na direção das árvores e vi seu sorriso debochado de novo. — Estou bem satisfeito de
CAPÍTULO 31 Maicon Prass Fernandes Se a minha intenção era punir, posso dizer com toda a certeza que falhou. Aquela peste ficou gostosa demais naquela roupa, vou precisar comprar mais alguns modelos, de preferência menor para que eu possa arrancá-los. Aquele modelo com saia, sua cintura aparente e semblante sedutor ao me encarar estavam me deixando louco, sem saber se continuava exigindo o meu retrovisor intacto, ou se pegava ela. Até que vi seu olhar fixo em mim e zombei, perguntando se costumava babar. — Eu nem estou olhando pra você, não é o único que está aqui. — Suas palavras me irritaram, também me deixaram em alerta, virei para trás imediatamente, procurando quem seria o maledetto que morreria, pois dei ordens para que ninguém ficasse aqui fora. A minha Colt já veio para minha mão — É brincadeira, não tem ninguém ali — ela tentou me enganar, provavelmente percebeu que alguém morreria, mas como não vi ninguém naquela direção, deixei passar. — Se olhar
CAPÍTULO 32 Maria Eduarda Duarte Que raiva desse homem, suas palavras sempre rudes, seu tom sempre grosseiro e autoritário e suas mãos sempre me apertando, nunca acariciando. — Você atirou em alguém e agora está excitado... — falei entre beijos, mas com o coração apertado, um incômodo esquisito, era como se eu não soubesse onde colocar as mãos. Seu toque nos meus braços era bom, mas me apertava e sua mudança repentina de humor estava me fazendo tentar fugir dali, embora eu tenha ficado com medo dele, ainda cedi, seu beijo é instigante, bom demais. — Já esqueci, agora quero você — falou como algo banal, pelo visto Maicon não se importava comigo, só queria sentir prazer e eu estava assustada. Ele voltou a me beijar, só que senti algo estranho, uma agonia maior, um aperto no coração, que não pude evitar, acabei falando, mesmo que isso destruísse a minha dignidade, porque eu preferia, a destruir a minha alma. — Maicon, para... eu estou com medo. Estou toda molhada, eu, eu — e
CAPÍTULO 33 Maria Eduarda Duarte Meu coração ainda batia depressa, mas agora eu já não sabia se era devido ao medo ou a emoção, tanto de ter chorado, quanto dele acreditar em mim. — Vamos tirar essa roupa molhada — ele disse com naturalidade quando me colocou no chão e ligou o chuveiro, apenas assenti. Maicon não é estilo delicado, ele não arrancou nada, mas também não fez cerimônia e foi logo jogando tudo no chão, me deixando de lingerie. Enquanto me olhava no espelho, as lágrimas começaram a escorregar pela minha face, e eu não consegui conter o choro. Era uma sensação estranha, mas, ao mesmo tempo, libertadora. A água quente do chuveiro caía sobre mim, misturando-se com as minhas lágrimas, e eu me senti vulnerável e exposta. Senti o toque gentil de Maicon na minha pele, ele estava me lavando e fiquei sem reação, parecia tão natural pra ele. Ele parecia saber que eu precisava de um abraço, segurou meu corpo cobrindo as minhas costas, me trazendo pra
CAPÍTULO 34 Maria Eduarda Duarte Pensei que ele me colocaria sobre a cama, mas derrubou os itens de beleza que estava sobre a cômoda e me colocou ali, fazendo barulho, nem vi o que chegou a cair. Antes que eu voltasse a olhar pra ele, Maicon ergueu meus cabelos com as duas mãos, os colocando para trás para beijar a minha boca de forma voraz, me segurando para que eu não encostasse na parede com a sua força. Fiquei tão mole que só percebi que minhas mãos estavam soltas depois de alguns segundos, e o segurei também. Ser beijada por ele é diferente de tudo que já vivi, também não sou santa, já beijei alguns rapazes, sei como é ser beijada, mas nada se compara a esse consigliere do diavolo, que me arranca até o ar com essa pegada rude, que, ao mesmo tempo, que reclamo, quero de novo. Seu beijo dessa vez estava mais intenso. Temi que ele me mordesse, porém, não diria nada hoje, da outra vez ele ficou bravo, vou deixar pra me impor novamente, caso ele faça. Nossos corpos molhad
CAPÍTULO 35 Maria Eduarda Duarte Senti os dedos de Maicon explorando meu corpo com uma precisão que beirava a crueldade. Quando ele começou pelos meus ombros, a pressão de suas mãos era intensa e firme, quase como se ele estivesse tentando dominar cada músculo meu. A sensação era uma mistura de prazer e desconforto, fazendo com que minha pele ficasse em alerta a cada toque. Ele desceu pelo meu pescoço, e seus dedos se arrastavam com uma força calculada, deixando um rastro de calor por onde passavam. Quando ele chegou aos meus seios novamente, a forma como ele os segurava era decidida e implacável, mas a sua boca ao sugá-los, me deixava arrepiada e mole. Eu arqueava as costas involuntariamente com cada toque dele, sentindo o prazer e a pressão de seus dedos que pinçavam e exploravam com uma intensidade que me tirava o fôlego. Suas mãos continuaram descendo pela minha cintura e quadris, cada toque seu era uma declaração de domínio. Ele explorava cada curva com