CAPÍTULO 31 Maicon Prass Fernandes Se a minha intenção era punir, posso dizer com toda a certeza que falhou. Aquela peste ficou gostosa demais naquela roupa, vou precisar comprar mais alguns modelos, de preferência menor para que eu possa arrancá-los. Aquele modelo com saia, sua cintura aparente e semblante sedutor ao me encarar estavam me deixando louco, sem saber se continuava exigindo o meu retrovisor intacto, ou se pegava ela. Até que vi seu olhar fixo em mim e zombei, perguntando se costumava babar. — Eu nem estou olhando pra você, não é o único que está aqui. — Suas palavras me irritaram, também me deixaram em alerta, virei para trás imediatamente, procurando quem seria o maledetto que morreria, pois dei ordens para que ninguém ficasse aqui fora. A minha Colt já veio para minha mão — É brincadeira, não tem ninguém ali — ela tentou me enganar, provavelmente percebeu que alguém morreria, mas como não vi ninguém naquela direção, deixei passar. — Se olhar
CAPÍTULO 32 Maria Eduarda Duarte Que raiva desse homem, suas palavras sempre rudes, seu tom sempre grosseiro e autoritário e suas mãos sempre me apertando, nunca acariciando. — Você atirou em alguém e agora está excitado... — falei entre beijos, mas com o coração apertado, um incômodo esquisito, era como se eu não soubesse onde colocar as mãos. Seu toque nos meus braços era bom, mas me apertava e sua mudança repentina de humor estava me fazendo tentar fugir dali, embora eu tenha ficado com medo dele, ainda cedi, seu beijo é instigante, bom demais. — Já esqueci, agora quero você — falou como algo banal, pelo visto Maicon não se importava comigo, só queria sentir prazer e eu estava assustada. Ele voltou a me beijar, só que senti algo estranho, uma agonia maior, um aperto no coração, que não pude evitar, acabei falando, mesmo que isso destruísse a minha dignidade, porque eu preferia, a destruir a minha alma. — Maicon, para... eu estou com medo. Estou toda molhada, eu, eu — e
CAPÍTULO 33 Maria Eduarda Duarte Meu coração ainda batia depressa, mas agora eu já não sabia se era devido ao medo ou a emoção, tanto de ter chorado, quanto dele acreditar em mim. — Vamos tirar essa roupa molhada — ele disse com naturalidade quando me colocou no chão e ligou o chuveiro, apenas assenti. Maicon não é estilo delicado, ele não arrancou nada, mas também não fez cerimônia e foi logo jogando tudo no chão, me deixando de lingerie. Enquanto me olhava no espelho, as lágrimas começaram a escorregar pela minha face, e eu não consegui conter o choro. Era uma sensação estranha, mas, ao mesmo tempo, libertadora. A água quente do chuveiro caía sobre mim, misturando-se com as minhas lágrimas, e eu me senti vulnerável e exposta. Senti o toque gentil de Maicon na minha pele, ele estava me lavando e fiquei sem reação, parecia tão natural pra ele. Ele parecia saber que eu precisava de um abraço, segurou meu corpo cobrindo as minhas costas, me trazendo pra
CAPÍTULO 34 Maria Eduarda Duarte Pensei que ele me colocaria sobre a cama, mas derrubou os itens de beleza que estava sobre a cômoda e me colocou ali, fazendo barulho, nem vi o que chegou a cair. Antes que eu voltasse a olhar pra ele, Maicon ergueu meus cabelos com as duas mãos, os colocando para trás para beijar a minha boca de forma voraz, me segurando para que eu não encostasse na parede com a sua força. Fiquei tão mole que só percebi que minhas mãos estavam soltas depois de alguns segundos, e o segurei também. Ser beijada por ele é diferente de tudo que já vivi, também não sou santa, já beijei alguns rapazes, sei como é ser beijada, mas nada se compara a esse consigliere do diavolo, que me arranca até o ar com essa pegada rude, que, ao mesmo tempo, que reclamo, quero de novo. Seu beijo dessa vez estava mais intenso. Temi que ele me mordesse, porém, não diria nada hoje, da outra vez ele ficou bravo, vou deixar pra me impor novamente, caso ele faça. Nossos corpos molhad
CAPÍTULO 35 Maria Eduarda Duarte Senti os dedos de Maicon explorando meu corpo com uma precisão que beirava a crueldade. Quando ele começou pelos meus ombros, a pressão de suas mãos era intensa e firme, quase como se ele estivesse tentando dominar cada músculo meu. A sensação era uma mistura de prazer e desconforto, fazendo com que minha pele ficasse em alerta a cada toque. Ele desceu pelo meu pescoço, e seus dedos se arrastavam com uma força calculada, deixando um rastro de calor por onde passavam. Quando ele chegou aos meus seios novamente, a forma como ele os segurava era decidida e implacável, mas a sua boca ao sugá-los, me deixava arrepiada e mole. Eu arqueava as costas involuntariamente com cada toque dele, sentindo o prazer e a pressão de seus dedos que pinçavam e exploravam com uma intensidade que me tirava o fôlego. Suas mãos continuaram descendo pela minha cintura e quadris, cada toque seu era uma declaração de domínio. Ele explorava cada curva com
CAPÍTULO 36 Maicon Prass Fernandes Quando olhei dentro dos olhos de Maria Eduarda e senti as vibrações do seu corpo, eu vi que ela não estava mentindo, realmente não havia sido de ninguém, e só isso já foi motivo suficiente para cuidar dela e não deixar que se assustasse ou se machucasse durante a consumação. Porém, com a prova bem ali na minha frente, é claro que não deixaria ficar assim, imediatamente liguei para o Don: — Maicon. — Don, está ocupado agora? — fiz sinal para que a italiana levantasse da cama, e ela levantou, linda, completamente nua, mas um pouco inquieta, olhando para o lençol e para si mesma. — Pode falar — o Don respondeu, e fui até a cama. — Tenho um assunto de extrema importância. Aquele Anton Kim é um tremendo de um salafrário, falso, pelo visto quer morrer, e estou ligando para pedir autorização para mandá-lo até o diavolo em muitas parcelas. — Uau, vejo que meu consigliere está bastante irritado. Algum motivo em especial? Porq
CAPÍTULO 37 Maicon Prass Fernandes Nem entrei com o carro quando vi o portão aberto. Meu peito doeu forte, não sei se foi pela adrenalina, ou apenas outra falha cardíaca, mas me apoiei no carro, com muito ódio por perder segundos tão preciosos outra vez, por ainda não ter conseguido um doador compatível. Com a arma em punho e uma pistola reserva que tirei do porta-luvas, entrei com cautela, procurando pelos meus soldados, mesmo que a dor estivesse me matando. Meus homens não estavam no local de sempre, e observei tudo o que eu conseguia ver sem entrar na casa, mas não encontrei nada suspeito, então apenas me concentrei para aguentar a dor que persistia. De repente o Colt começou a latir muito, virei imediatamente, saindo de onde eu estava e ficando em área de risco, para ver exatamente o que acontecia. Vi alguns homens no meu jardim e Colt atacando um deles, meu cachorro pulou sobre o indivíduo que acabou caindo no chão, e previ o pior. Fui ráp
CAPÍTULO 38 Maria Eduarda Duarte Fiquei tão irritada com o Maicon que nem cheguei a pegar no celular, apenas vesti um pijama e logo estranhei um latido do cachorro. Quando fui fechar a janela, me assustei ao ver alguém e ser puxada. Uma fita foi colocada na minha boca, e por mais que eu tentasse me desvencilhar, o homem era grande e muito forte, acabei arrastada até um portão pequeno que ficava nos fundos da casa, que inclusive, não tinha visto ainda. Me debati e me esforcei, gritei sem que o som saísse por várias vezes, me assustando quando vi quem me esperava num carro preto que fui forçada a entrar. Senti doer a minha boca quando ele tirou a fita com voracidade. — Seu idiota, meu marido vai te matar! — gritei e levei um tapa na cara. — Cala a boca vadia! O seu marido sou eu, como ousa dizer que tem outro! — assustada olhei para os lados, havia dois homens nos bancos da frente, e mais aquele louco ali comigo, como iria fugir? — Você é louco? Eu já ca