CAPÍTULO 35 Maria Eduarda Duarte Senti os dedos de Maicon explorando meu corpo com uma precisão que beirava a crueldade. Quando ele começou pelos meus ombros, a pressão de suas mãos era intensa e firme, quase como se ele estivesse tentando dominar cada músculo meu. A sensação era uma mistura de prazer e desconforto, fazendo com que minha pele ficasse em alerta a cada toque. Ele desceu pelo meu pescoço, e seus dedos se arrastavam com uma força calculada, deixando um rastro de calor por onde passavam. Quando ele chegou aos meus seios novamente, a forma como ele os segurava era decidida e implacável, mas a sua boca ao sugá-los, me deixava arrepiada e mole. Eu arqueava as costas involuntariamente com cada toque dele, sentindo o prazer e a pressão de seus dedos que pinçavam e exploravam com uma intensidade que me tirava o fôlego. Suas mãos continuaram descendo pela minha cintura e quadris, cada toque seu era uma declaração de domínio. Ele explorava cada curva com
CAPÍTULO 36 Maicon Prass Fernandes Quando olhei dentro dos olhos de Maria Eduarda e senti as vibrações do seu corpo, eu vi que ela não estava mentindo, realmente não havia sido de ninguém, e só isso já foi motivo suficiente para cuidar dela e não deixar que se assustasse ou se machucasse durante a consumação. Porém, com a prova bem ali na minha frente, é claro que não deixaria ficar assim, imediatamente liguei para o Don: — Maicon. — Don, está ocupado agora? — fiz sinal para que a italiana levantasse da cama, e ela levantou, linda, completamente nua, mas um pouco inquieta, olhando para o lençol e para si mesma. — Pode falar — o Don respondeu, e fui até a cama. — Tenho um assunto de extrema importância. Aquele Anton Kim é um tremendo de um salafrário, falso, pelo visto quer morrer, e estou ligando para pedir autorização para mandá-lo até o diavolo em muitas parcelas. — Uau, vejo que meu consigliere está bastante irritado. Algum motivo em especial? Porq
CAPÍTULO 37 Maicon Prass Fernandes Nem entrei com o carro quando vi o portão aberto. Meu peito doeu forte, não sei se foi pela adrenalina, ou apenas outra falha cardíaca, mas me apoiei no carro, com muito ódio por perder segundos tão preciosos outra vez, por ainda não ter conseguido um doador compatível. Com a arma em punho e uma pistola reserva que tirei do porta-luvas, entrei com cautela, procurando pelos meus soldados, mesmo que a dor estivesse me matando. Meus homens não estavam no local de sempre, e observei tudo o que eu conseguia ver sem entrar na casa, mas não encontrei nada suspeito, então apenas me concentrei para aguentar a dor que persistia. De repente o Colt começou a latir muito, virei imediatamente, saindo de onde eu estava e ficando em área de risco, para ver exatamente o que acontecia. Vi alguns homens no meu jardim e Colt atacando um deles, meu cachorro pulou sobre o indivíduo que acabou caindo no chão, e previ o pior. Fui ráp
CAPÍTULO 38 Maria Eduarda Duarte Fiquei tão irritada com o Maicon que nem cheguei a pegar no celular, apenas vesti um pijama e logo estranhei um latido do cachorro. Quando fui fechar a janela, me assustei ao ver alguém e ser puxada. Uma fita foi colocada na minha boca, e por mais que eu tentasse me desvencilhar, o homem era grande e muito forte, acabei arrastada até um portão pequeno que ficava nos fundos da casa, que inclusive, não tinha visto ainda. Me debati e me esforcei, gritei sem que o som saísse por várias vezes, me assustando quando vi quem me esperava num carro preto que fui forçada a entrar. Senti doer a minha boca quando ele tirou a fita com voracidade. — Seu idiota, meu marido vai te matar! — gritei e levei um tapa na cara. — Cala a boca vadia! O seu marido sou eu, como ousa dizer que tem outro! — assustada olhei para os lados, havia dois homens nos bancos da frente, e mais aquele louco ali comigo, como iria fugir? — Você é louco? Eu já ca
CAPÍTULO 39 Maicon Prass Fernandes Droga, ela não falou mais comigo, será que está bem? De soslaio eu cuidei de cada movimento da italiana, mas ela estava estranha demais. Tive vontade de retroceder e não ter tirado a mão dela. Tive vontade de tocá-la, dizer que ficaria tudo bem, mas não consegui erguer a mão, apenas mexi os dedos, um após o outro, alternando no volante. Olhando-a assim parece um anjo, mas quando me lembro como realmente é, volto a usar a razão. Quando chegamos eu abri a porta pra ela, fui ajudá-la, mas ao olhar seu rosto com marca de dedos meu sangue borbulhou. — Na acredito que aquele verme fez isso! Ele vai pagar caro! — falei segurando o rosto dela. — E você se importa, consigliere? — pasmo parei para tentar entender o que ela dizia. — Claro que me importo, Anton vai se arrepender — encarei seu olhar que estava pesado, ela parecia irritada. — Não pode manchar sua reputação com o Don, é por isso que se preocupa... — franzi as so
CAPÍTULO 40 Maria Eduarda Duarte Não sei se o que sinto é só raiva do Maicon, porque meu peito dói e sinto vontade de chorar, mas não consegui. Pra ele o carro vale muito, e eu não valho nada... Por que diabos criei esperanças com um homem que não deixa sua esposa sentar no seu carro? Sou tão desprezível assim? Ele não imagina como me doeu tirar a minha mão de cima dele, me senti nojenta, asquerosa, não quero saber dele mais perto de mim, não quero sofrer. Um nó horrível se instalou na minha garganta, mas me mantive firme, até olhei para dentro do carro pra ter certeza de que não sujei nada quando desci, mas não parecia ter sujado. Quando chegamos em casa, ele nem se deu ao trabalho de me responder quando o acusei. Está certo que o cachorro estava machucado, e pode ser patético eu pensar assim, mas poxa... é horrível sentir que o cachorro é tão mais importante que eu, ele tem sentimentos pelo Colt, se pelo menos tivesse um pouquinho desse carinho, dessa
CAPÍTULO 41 Maicon Prass Fernandes Tentei ser direto, deixar que o Don resolvesse aquilo de uma vez, a minha sede de vingança não conseguia mais adiar a tortura daquele Anton, eu estava a ponto de explodir de raiva. Quando todos foram embora e ficaram apenas meus homens, fui em direção do quarto com Maria Eduarda. Avistei o Alex levando o Colt para cuidar dele num espaço que tenho na casa, então apressei o passo para acompanhar Maria primeiro, só que ela não gostou, ainda no corredor, vi que as coisas não eram tão simples. — Pare de andar tão rápido, estou dolorida — disse de cara fechada. — Já vou chamar a médica, descanse um pouco... — eu mal falei e fui empurrado de repente para a parede fria do corredor, ainda bem que estou sempre em alerta, poderia ter me desequilibrado. — Eu não preciso de médica! Porque não pergunta se estou bem? — me empurrou novamente, mas mal me mexi — Você só sabe se fazer de bom marido perto do Don, mas a verdade é que não me dá a mínim
CAPÍTULO 42 Maicon Prass Fernandes Se eu já estava irritado, agora fiquei ainda mais. Saindo do quarto não tranquei, não quero mais confusão, deixei a Maria Eduarda lá, se quiser andar pela casa, que ande, os portões estarão trancados pra ela, e Anton com meus homens, mal consegue andar. Fui até o Alex e vi que já havia enfaixado a pata do Colt, que estava dormindo com o efeito do sedativo. — Como ele está? Acha que precisamos chamar um veterinário ou até o levar até uma clínica? — perguntei. — É melhor não chamar a atenção, e o Colt é forte, também bem bravo, deveria cuidar dele aqui, deixar um pouco sedado, não pode levantar o osso quebrou, coloquei tala. Acredito que a Duda possa te ajudar com isso quando voltar a trabalhar — comecei a tossir. — Até parece, ela morre de medo dele e ele avança nela, sem chance. — Então fique mais alguns dias em casa, o deixe dormir mais, tem grande chance dele voltar ao normal se cuidar. — É uma pena ela ser assim