Peguei na arma do médico

CAPÍTULO 103

Maria Eduarda Duarte

Eu mal conseguia respirar com tudo o que estava acontecendo lá fora. Os tiros, os gritos, o som dos carros blindados do Don chegando. O coração martelava no peito, mais pela preocupação com Maicon do que pelo medo. É teimoso como uma mula, mas isso não muda o fato de que eu o ame também por isso.

Francesco saiu apressado do banheiro assim que os tiros começaram, como se já estivesse preparado, provavelmente ouviu.

Corri até onde ele foi, mas me ignorou e fechou o compartimento antes que eu saísse, certamente ordens do poderoso Consigliere.

— Droga! Me deixa sair daqui! — gritei irritada, sem resposta, batendo nas coisas.

Vi o caos que se tornou, mas também vi como os homens do Don e o Maicon se sobressaíram. Vi o cardiologista trazendo o Daniel e pensei que pudesse sair, mas ele apontou uma arma pra mim.

— Se afasta, é ordem do Don — estranhei, porque o Don deixaria que ele apontasse uma arma, assim?

— Eu só quero ir até o meu marid
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