Ethan,
Ela vem ao meu chamado, e se abaixa para me ouvir. — Dança para mim, em particular? — Aí sai mais caro, chefe. — Eu pago! Pago o preço que você pedir. — Ela sorrir e aponta para o lado. Vou até lá e falo com a gerência. Pago 100 dólares para ela dançar para mim por 10 minutos. Ela desde do palco e eu vou atrás dela. Coloco a mão na frente, como se estiver pegando na cintura dela, medindo para ver se meus pensamentos realmente estava certos. Ela abre a porta e manda eu entrar e me sentar na cadeira. Ela vai até o aparelho eletrônico, coloca uma música e começa a dançar no pole dance. As luzes começam a piscar num tom avermelhado, mas eu fico focado nela, pois é tudo que me interessa. Levo o copo da bebida até a minha boca, dou um gole para molhar a minha garganta, que começa a secar com tanto desejo que estou por ela. A dançarina parece desafiar a gravidade quando sobe no poste e dança lá em cima. Ela roda e vai descendo, e, ao pisar no chão, começa a fazer movimentos sensuais. Ela dança certinho com a batida da música, o que me deixa mais vidrado. Ela usa um conjunto preto de couro, justo o suficiente pra deixar qualquer um sem ar. As botas de cano alto faz um barulho suave quando tocavam o chão, e o olhar dela... porrä, que olhar. Selvagem. Desafiador. Como se soubesse exatamente o efeito que está me causando. Meu pau está tão duro, que está começando a me incomodar. Ela se vira de costas, j**a o cabelo para um lado, e desliza as mãos pela própria pele como se estivesse me provocando, mesmo com seu rosto doce. Ela se vira, olhando bem para mim e sorrir. Não me mexo, apenas minha barriga que sobe e desce rápido por causa da minha respiração acelerada. Merda! Eu já tinha visto muita coisa nessa vida, mas essa mulher, dançando desse jeito, era algo que não se apagaria da minha memória tão cedo... Nunca mais irei esquecer. Me levanto e vou caminhando lentamente até ela. Ela segura a minha gravata, e puxa, para ficar mais perto do poste do poli dance, pula nele, e cruza as pernas em minha cintura. — Acho que devo arrancar esse ferro daqui, ele está nos atrapalhando. — Falo e ela sorri e nega com a cabeça. — O ferro é exatamente para atrapalhar. — Fala e me puxa mais contra o ferro, que, mesmo sendo fino, não me deixa encontrar nela onde eu quero encostar. — Está bem, então, vamos para o quarto, pois me deixou de päu duro! — Desculpe, senhor, mas eu não faço programa, sou apenas dançarina da boate. — Suas palavras me vieram como um balde de água fria... Fria não, gelada. — Eu pago o dobro, o triplo, dou mil dólares para você se deitar comigo agora. — Desculpe, mas como eu disse, não faço programas. Mas lá fora tem muitas meninas bonitas que vão adorar se deitar com um homem bonito e generoso como o senhor. — Ela me solta e coloca os pés no chão. Eu nunca levei um fora de mulher nenhuma, e ela está me dando, sendo que trabalha em um puteiro? — Ok, não irei insistir mais. Tenha uma boa noite. — Tiro uma nota de 100 dólares e jogo no chão para ela. Mesmo que eu já tenha pago, ela merece mais. Saio do quartinho e volto até o bar, peço mais uma dose de vodka e acendo um cigarro. Estou nervoso, e agora só o cigarro que vai me acalmar. Hoje, pela primeira vez posso me divertir sem o senhor James para vir me buscar, não posso, porque a dançarina não faz programa. Pior que se eu fechar os olhos, ainda posso ver ela na minha mente dançando. Vejo ela saindo do quartinho e fala no ouvido de uma das meninas. Ela entrega algo para ela, e sobe novamente no palco. A mulher se aproxima de mim e se senta ao meu lado. É linda também, mas tem tem muita maquiagem, a dançarina mal usava. — Minha amiga falou que você deixou isso aqui cair. — Ela estende a nota de 100 dólares que eu deixei para ela pegar. Olho para a dançarina, e ela olha para mim por um tempo, mas depois desvia o olhar e começa a dançar no palco. — Não deixei cair, eu dei para ela de gorjeta. — Não se dá gorjeta jogando dinheiro no chão. Porque está tão nervoso? — Você faz programa? — Desvio a pergunta dela, e ela balança a cabeça concordando. Olho para a dançarina e puxo a amiga dela para me beijar. Quero que ela veja o que está perdendo por ter me negado. Ela se afasta um pouco, e aponta para o mesmo lugar que eu tive que pagar para ter a dançarina dançando para mim. Me levanto e vou lá. Dessa vez, deixo mais 200 dólares, mas dessa vez eu tenho uma hora com a prostituta ao meu dispor. Todas as bücetas são iguais, ela pode ter me negado, mas a amiga dela vai sofrer no meu päu por uma hora. Peço uma garrafa de vodka, duas latas de energético, e subimos para o quarto. Me sento na cama, e ela começa a tirar a roupa sensualizando, e isso já começa a me deixar animado. Enquanto ela vai tirando as peças dela, vou tirando a minha, seguro em meu päu, e ela vem, se jogando em cima de mim. (...) — Droga, não era para isso acontecer! — Saio de dentro dela e percebo que a camisinha estourou. Pior que eu nem posso colocar a culpa nela, pois eu trouxe a camisinha, e eu mesmo que coloquei no meu päu. — Droga! — Ela reclamar e se afasta, correndo para o banheiro. Vou atrás dela ainda pelado, e vejo ela tentando lavar com a mangueira. — Você não toma anticoncepcional? — Sim, mas eu não confio só na pílula, por isso só transo com camisinha. Olha, faz o seguinte, deixa seu telefone, porque posso precisar de você para resolver esse problema. Sem entender o que ela está falando, pego uma caneta e papel e deixo meu número com ela. Ela se veste e sai. Espero que ela não tenha engravidado, ou isso vai me trazer sérios problemas com os meus pais.Marina,Fui abandonada ainda criança em um orfanato. Não me lembro muito, tinha apenas cinco anos de idade. Tudo que eu sei foi o que as freiras me contaram. Mas o bom é que dentro desse orfanato, conheci uma pessoa muito especial. Não sabia que nossa amizade seria tão intensa, mas foi e é até hoje.Crescemos juntas como duas irmãs inseparáveis. Ninguém queria nos adotar, já que éramos grandes, mas não sentíamos falta de ter pais, pois uma supria a necessidade da outra. Até mesmo quando as freiras brigavam com a gente, estávamos unidas.Luma é mais velha que eu por dois meses, então ela completou 18 anos primeiro e saiu do orfanato. Sempre vinha me visitar. Disse que encontrou um emprego, e já tinha casa para nós duas morarmos. E assim que completei os meus 18 anos, ela veio me buscar e fomos morar juntas, pois não tinha nada que faria a gente se separar.— Má, só não se assuste, pois sem faculdade, não consegui um trabalho em nenhuma empresa. Menti para as freiras, para não brigarem
Marina,Corro até ela e a chamo. Ela olha para trás. Vejo o quanto preocupada ela está.— O que está acontecendo?— Aquele cara lá... Má, estourou a camisinha.— Mas você não toma o remédio?— E se não funcionar? Imagina eu, sendo mãe? Mãe prostituta? Que futuro essa criança vai ter? — Ela passa a mão nos cabelos, e fica pensativa. — Apesar que é meu sonho ser mãe. Aliás, de todas as mulheres, né?— Nem de todas. Se fosse, nós duas não teríamos sido largadas em um orfanato. — Abaixo a minha cabeça, e ela se aproxima de mim e me abraça forte. Ela nunca falou dos pais dela. Não sei se é porque ela é forte e eles realmente não fazem falta na vida dela, ou ela não fala para não me deixar mais deprimida.— Vamos fazer assim. Vou confiar no remédio. Se tiver que acontecer, vai, e nós duas seremos as melhores mães do mundo. Tudo bem? Só que vamos trabalhar bastante, para que eu não tenha que vir grávida e nem pese nas nossas contas.Concordo com ela, e ela parece aliviada. Voltamos à rotina
Marina,Todos os meses venho até o túmulo da Luma visitá-la. Mesmo depois desse tempo todo, minha ficha ainda não caiu. Sempre fomos nós duas em tudo. Agora me sinto tão sozinha. Mesmo com o Dante, não tenho ninguém para conversar, para desabafar, para contar os meus segredos.Luma teve uma tromboembolismo pulmonar, um pequeno coágulo no começo, que foi aumentando depois. Processei o hospital, mas ainda está em andamento o processo. Ganhei a primeira instância, mas eles recorreram e estou esperando.A Karen, a esposa do vizinho que nos ajudou a levar a Luma para o hospital, fica com o Dante para que eu possa trabalhar na boate. Ainda sou apenas dançarina, o que está sendo um pouco apertado para mim, já que não ganho muito. Coloco a rosa sobre o túmulo dela, com lágrimas, me despeço da minha amiga.— Depois eu volto com mais fofoca... — Paro de falar para chorar. — Eu sinto tanto a sua falta, preciso muito de você. Não está sendo fácil, amiga, e se não fosse pelo Dante, eu me juntava a
Ethan,Saio da boate e vou direto para minha casa. Não estou satisfeito, pois eu queria a dançarina, e não a amiga dela. Pensei que ela sentiria até ciúmes, mas não, ela nem ligou por eu levar outra para o quarto. O pior de tudo foi a camisinha ter estourado, mas, como ela disse que toma remédio, eu não preciso me preocupar.Pela manhã, faço a minha higiene matinal e vou direto para a empresa. Preciso valer a minha estadia aqui, para não ter que voltar para a Califórnia. Mas, acho que alguns aqui nem sabiam da minha chegada, já que estão me olhando espantados. Entro na minha sala, e tem um homem sentado nela. Ergo uma sobrancelha, e cruzo os braços.— Em que posso ajudar? — Ele me pergunta, como se não soubesse quem sou eu. Seu olhar me deixa irritado, pois parece até que eu não sou ninguém.— Pode, pode me ajudar se retirando da minha cadeira. Sou Ethan Forth, e sou o CEO da empresa. — Ele arregala os olhos e se levanta. Passo por ele, bato a mão na cadeira e me sento.— Eu não sabia
Ethan,Olho para os seus lábios, que me dá uma vontade enorme de beijar. Mas, quando eu me aproximo, ela vira o rosto e se solta da minha mão.— Desculpa, eu tenho que ir. Ainda tenho muito chão para limpar.— Espera. — Fico na frente da porta para ela não passar. — Te procurei em todas as boates. Onde você estava?— Aquela boate fechou. Tive que ir para outra. Estou agora na Southern Lights Club.— Trabalha lá e aqui? — Ela nega com a cabeça. — Não entendi. Então, porque está aqui na minha empresa?— Sou de uma agência. Eles me mandaram para cá. Bom, senhor, me deixe passar. Como eu disse, ainda tenho muito chão para limpar, e à noite ainda tenho que ir para a boate.— Quanto você ganha lá por dia?— Depende dos clientes.— Te pago 500 dólares para dançar para mim essa noite.— Passa lá na boate à noite, aí eu danço. Porém, como eu disse da primeira vez, eu não faço programa, só danço.— Se eu der mil dólares, você dança na minha casa? — Ela nega com a cabeça. Bufo e reviro os olhos,
Marina,— O senhor é muito atirado, e é o tipo de homem que eu devo correr. — Ele fica sem entender, e para me olhando com uma expressão de desentendido. — Sei que deve falar isso para todas as mulheres. Então, peço que volte a se sentar na cadeira para que eu possa trabalhar.— Eu não preciso dizer isso a mulher nenhuma, já que todas se jogam em cima de mim. Porque você é diferente?— Eu sei que o trabalho aqui não é digno, mas não quero me sujar mais do que isso. Você pode ficar pelado, pode bater punheta ou fazer o que quiser, desde que fique em seu lugar. Não sou garota de programa, mesmo trabalhando aqui. Sou uma dançarina de pole dance, e isso é tudo.Ele levanta as mãos em forma de rendição, e volta a se sentar na cadeira. Fecha a calça e coloca uma perna em cima da outra. Seguro na barra de ferro, e volto a dançar.Algumas horas depois, minhas pernas começam a doer, mas vai valer a pena o dinheiro que vou ganhar dele. Vou poder pagar o meu aluguel, pagar a Karen e comprar algu
Marina,Olho para a mão dele que está estendida, esperando para que eu toque. Penso, penso, até que resolvo aceitar. Levanto a minha mão e toco na dele.— Eu vou te respeitar, você vai decidir as regras, pode deixar.— Assim eu espero. — Ele se levanta e pega na minha mão, fazendo eu me levantar também. Segura em minha cintura, e me dá um beijo no rosto.— Vamos embora, não precisa ficar mais aqui presa.— Tem certeza? Você pagou...— Eu sei, mas você se machucou, vamos embora. Espera, me dá seu número de celular primeiro. — Ele me dá o celular dele, e eu anoto o meu número e entrego para ele. Ele segura na minha mão, e vai me levando devagar até a saída da sala. Beija a minha mão, e vai embora. Fico sem entender muito bem tudo que aconteceu aqui dentro.Fui apenas para dançar para ele a noite toda, e saí com uma proposta de ser sua namorada de mentirinha. Já ouvi falar que todo rico é doido, mas esse, passou dos limites. Subo no palco, e continuo o meu trabalho, afinal, não posso ir
Ethan,Está com ela no momento que o meu pai me ligou, foi perfeito. Se fosse combinado, não teria dado tão certo. Bom, vou juntar o útil ao agradável. Vou tirar meu pai da minha cola, e de prêmio, vou conhecer melhor a Marina e tê-la sempre ao meu lado, sempre que eu quiser.Chego em casa, tomo um banho, e me deito para dormir um pouco. Depois de conversar com ela, estou até com o corpo mais relaxado. Mal fecho os meus olhos e já sou despertado com o meu celular tocando. Atento sem abrir os olhos.— Estaremos saindo daqui de madrugada para ir na sua casa conhecer a sua namorada. — Meu pai fala sério na linha. — Mas se você estiver mentindo, se prepare, pois vou bloquear a metade do dinheiro que você tem no banco, isso se eu não tirar logo tudo.— Pai, o senhor é muito controlador. Porque não deixa eu viver a minha vida do jeito que eu quero? — Ele fica mudo na linha por um tempo, mas quebra o silêncio quando eu o chamo.— Eu já fui como você, já fiz tudo isso que você está fazendo. E