Fiona é uma garotinha linda que possui cabelos lisos, com os fios na cor castanho claro. Seu tom de pele é bem clarinho e ela possui olhos também na cor castanho claro. De apenas nove anos, Fiona é muito encantadora, inteligente, mas também muito bagunceira como a maior parte das crianças, pois ela gosta de ficar em seu quarto brincando com as suas bonecas e com os seus outros brinquedos, espalhando tudo, durante todas as vezes que ela chegava da escola. Contudo, ela não se considera uma criança feliz, pois a sua mãe faleceu em um acidente de carro quando ela ainda tinha por volta de seus três anos de idade. E desde esse dia fatídico, ela passou a morar com o seu pai, que se chama Kevin, e com a sua madrasta, que se chama Antônia.
Kevin é um homem alto, magro, de cabelos castanhos escuros e de olhos com um tom mais voltado para o preto. Devido a sua aparência ser bem diferente da de Fiona, todos costumam dizer que ela se parece muito com a mãe, que por sua vez também tinha tanto os cabelos, quanto os olhos castanhos claros. Já a sua madrasta, Antônia, é uma mulher alta, de cabelos lisos, os quais têm a raiz naturalmente com um tom mais escuro e com os fios mais claros quanto mais se aproximam das pontas. Ela tem os olhos castanhos escuros, e atualmente é casada com Kevin. Por ela não gostar nem um pouco quando as pessoas se lembram da mãe de Fiona, ela sente que nesses momentos, alguns sentimentos ruins invadem o seu coração, fazendo com que ela sempre pense que a Fiona não deveria existir em sua vida. Entretanto, como ela não tem a opção de se ausentar da criação da pequena menina enquanto estiver casada com Kevin, ela investe o seu tempo pensando em diversas formas de se livrar da criança, nem que seja por algumas horas do dia.
Por mais que Fiona seja uma criança agitada, ela passa a maior parte do seu dia em seu quarto, o qual é uma gracinha, com três paredes pintadas em um tom de rosa pastel, e uma pintada da mesma cor, mas com um papel de parede, o qual é composto por pequenas flores. Seu espaço é preenchido por uma cama com um tamanho infantil, um guarda roupa de cor também rosa claro, e na parede são fixadas várias prateleiras, as quais comportam os seus mais de dez bichinhos de pelúcia.
Próximo à cama de Fiona tem uma escrivaninha, sobre a qual ela pode contar com um computador que ela utiliza para fazer as suas pesquisas e demais trabalhos escolares. E sobre esse mesmo móvel tem uma biblioteca, com alguns livros infantis de gêneros e personagens que Fiona adora.
Por Fiona ainda não ter muitas responsabilidades além da escola, ela passa a maior parte do dia se divertindo com os seus brinquedos e assistindo aos filmes infantis que ela tanto ama. Entretanto, a sua madrasta não gosta nem um pouco de vê-la dentro de casa se divertindo o tempo todo, enquanto o seu pai fica na empresa o dia inteiro trabalhando.
Na esperança de que Fiona ficasse longe de casa durante a maior parte do dia, Antônia pensou que ela deveria se ocupar através de cursos e algumas modalidades de esportes.
Era sexta-feira à noite, e tanto Kevin quanto Antônia estavam sentados no sofá da sala enquanto assistiam a um filme de terror. A luz do cômodo estava apagada, deixando apenas uma penumbra, a qual era feita pela claridade da televisão. Entre um susto e outro, Antônia e Kevin saboreavam uma pipoca temperada, a qual era suficiente para encher dois potes com capacidade de um litro.Enquanto isso, Fiona estava em seu quarto, sentada sobre um tapete colorido e bastante infantil, o qual havia sido dado de presente por sua mãe quando ela ainda tinha os seus dois anos de idade, e por isso ela o tinha até os dias atuais. Quando Fiona começava a brincar com as suas bonecas, ela se esquecia tanto da hora quanto dos seus afazeres, os quais são referentes às lições de casa provenientes da escola.O filme estava tão bom e tão eletrizante que Kevin também não se lembrav
No dia seguinte era sábado, mas Kevin tinha o costume de acordar cedo, a fim de aproveitar bastante as horas do dia. Então se espreguiçando e olhando pela janela o lindo céu azul, ele se levantou e foi até o quarto de Fiona a fim de ver se estava tudo bem, e se ela já tinha despertado. Vendo ele que ela ainda estava em seu sono tranquilo, como o de todas as noites, ele foi até o banheiro escovar os seus dentes e posteriormente até a cozinha para preparar o seu café da manhã e os alimentos, tanto de Antônia quanto de Fiona para quando elas acordassem.Quando os raios dourados do sol entraram pelo quarto de Fiona, eles causaram uma claridade tão intensa que foi o suficiente para despertar a criança que parecia estar em um sono profundo. Quando ela abriu os seus pequenos olhos, ela olhou para a janela e viu que tinha um beija flor batendo rapidamente as suas asas enquanto bebia um pouco de
Em uma velocidade impressionante Fiona adormeceu ao som daquelas gotas de chuva que caiam sobre uma casa muito simples de telha. O som dos trovões era persistente, fazendo com que o som ficasse ainda mais atraente e com o efeito relaxante.No entanto, depois de algumas horas de sono, Fiona sentiu que algo estava para acontecer. Sendo despertada de seu sono, ela abriu os olhos e viu uma silhueta ao longe que se aproximava lentamente da janela escura do seu quarto. Quanto mais essa silhueta se aproximava, mais claramente ela conseguia ver a criatura que a tinha ido visitar naquela noite. E de repente o seu rosto se encostou no vidro transparente da janela e olhando fixamente para o rosto de Fiona, disse através de transmissão de pensamento, pois a criatura não mexia com os lábios, mas conseguia passar a sua mensagem claramente para a criança:– Fiona, nós precisamos de sua ajuda. A rainha precisa de você.<
O dia amanheceu e os raios solares fizeram com que Fiona se lembrasse de novo daquela criatura que ela nunca tinha visto antes, e sobre a mensagem que ele tinha passado para ela. Pensando em contar para o seu pai quando ele chegasse em casa, ela tentou ensaiar o seu texto, mas cerca de alguns segundos depois ela mesma se certificou de que ninguém acreditaria nela, pois nem ela mesma tinha certeza do que tinha visto. Então ela decidiu que seria melhor não contar a ninguém, pelo menos por enquanto, pois talvez essa visão tenha ocorrido apenas naquela noite e não vai mais acontecer. Ou talvez, se ela contasse a alguém, dependendo do que essa pessoa acreditasse poderia confundir as suas ideias, dizendo que aquela figura poderia se o espírito de sua mãe que estava tentando se comunicar, ou algum ser das trevas fingindo ser alguém do bem, a fim de enganá-la. Enfim, tomada por esses questionamentos e hipóte
Fiona, por sua vez, teve curiosidade de ver como estava o céu naquele instante, se era possível ver as faíscas nas nuvens, as quais eram causadas pelas descargas atmosféricas. Mas quando ela se aproximou da janela para direcionar os seus olhos para o céu, ela viu que ele estava repleto de estrelas e sem nuvens. Então ela ficou em dúvida de onde poderia estar vindo aquele som de chuva e de trovões. Sentindo um pouco de medo daquela situação, Fiona voltou a se deitar na cama e mergulhar embaixo de seu cobertor.Alguns minutos depois, a mesma criatura que tinha aparecido na janela de seu quarto na noite passada, mais uma vez apareceu. Depois de chamar o seu nome, ele acrescentou mais uma mensagem:– Fiona, venha comigo! A rainha precisa de você.Ouvindo esse som, Fiona levantou um pouco a coberta para deixar os seus olhos descobertos. E quando ela viu a criatura na janela, ela se assu
No instante em que Fiona e o seu mais novo amigo Flan atravessaram o portal mágico, ela sentiu um vento soprar o seu rosto, mas não era um vento comum. Ele era tão forte que arrepiou cada fio de seus cabelos. Em concomitância com o ar fresco que refrescava o seu rosto, ela sentia uma onda de medo e de adrenalina que percorria o seu corpo ao sentir que estava sendo puxada para o interior daquele universo que ela nunca imaginou que pudesse existir. Cada segundo que passava, ela ficava mais amedrontada. E essa sensação fez com que ela fechasse os olhos, mas não conseguia falar, pois por mais que ela tentasse, a sua ansiedade era tão grande que não permitia que os seus lábios emitissem som algum.Quando a sensação que atraía o corpo de Fiona parou, ela se sentiu que o medo a estava deixando, pois no mesmo instante sentiu alivio tanto na mente quanto em seu coração. Por isso ela
Depois de Fiona passar algumas horas caminhando ao lado de Flan por aquele imenso jardim, ela finalmente perguntou:– Eu estou adorando tudo isso, mas eu tenho uma dúvida... Por que você me trouxe para este lugar?Após andar por alguns instantes de cabeça baixa e sem dar nem uma palavra, Flan finalmente quebrou o silêncio e respondeu:– Eu te trouxe, pois nós precisamos de você no Reino das Esmeraldas.– Precisam de mim? Por quê?– A rainha teve uma filha há alguns anos, mas a sua única filha foi sequestrada por uma bruxa que vive em outro reino, o qual se chama Reino das Trevas.– Então a filha da rainha está vivendo neste outro reino? É só irmos até lá e pegarmos a menina de volta! – Disse Fiona, como se o problema fosse um dos mais simples de se resolver.– Sim. Mas tem um problema...
Ao longo da conversa, a rainha disse a Fiona o motivo pelo qual ela precisava muito de sua ajuda. Entretanto, o duende Flan já havia conversado sobre isso, brevemente, com ela. Mas Fiona ficou com uma dúvida:– Eu estou preocupada com o tempo que isso tudo vai durar, pois meu pai me espera em casa.Abrindo um sorriso doce e gentil, a rainha respondeu: – Não se preocupe, criança. Enquanto você estiver aqui conosco, o tempo não estará passando na Terra. E quando você voltar para a sua casa, vai ver que os ponteiros do relógio estarão marcando o mesmo horário.– Esse resgate vai demorar muito tempo?– Só depende de você. Nós temos muitos amigos e animais, os quais podem ser parceiros nesse resgate. Pode contar comigo para o que você precisar. Inclusive, você terá grandes recompensas por estar nos ajudando.– O