Em uma velocidade impressionante Fiona adormeceu ao som daquelas gotas de chuva que caiam sobre uma casa muito simples de telha. O som dos trovões era persistente, fazendo com que o som ficasse ainda mais atraente e com o efeito relaxante.
No entanto, depois de algumas horas de sono, Fiona sentiu que algo estava para acontecer. Sendo despertada de seu sono, ela abriu os olhos e viu uma silhueta ao longe que se aproximava lentamente da janela escura do seu quarto. Quanto mais essa silhueta se aproximava, mais claramente ela conseguia ver a criatura que a tinha ido visitar naquela noite. E de repente o seu rosto se encostou no vidro transparente da janela e olhando fixamente para o rosto de Fiona, disse através de transmissão de pensamento, pois a criatura não mexia com os lábios, mas conseguia passar a sua mensagem claramente para a criança:
– Fiona, nós precisamos de sua ajuda. A rainha precisa de você.
Ao ouvir essas palavras, a criatura se foi. E Fiona se levantando em tempo recorde de sua cama, foi até a janela, mas viu que a criatura havia se perdido em meio a escuridão. Então voltou a se deitar e se envolver nos cobertores. Conforme ela tentava pegar no sono novamente, ela não conseguia se esquecer do rosto diferenciado daquela criatura, pois ele tinha uma pele muito clara, olhos grandes na cor amarela e com as pupilas muito parecidas com as de um gato, pois era estreitas e escuras em formato de um risco. As suas orelhas também eram diferentes, pois eram estreitas e alongadas, muito diferentes do formato que as orelhas dos humanos têm. Quanto à roupa, ela não conseguia se lembrar muito bem, pois ela apenas conseguiu ver, claramente, do pescoço para cima. E vou que ele usava um chapéu, ou uma touca, na cor verde, cuja ponta ficava caída para um dos lados da cabeça.
Enquanto estava deitada na sua cama, Fiona encarava fixamente o teto sobre a sua cabeça e se sentia tomada pela dúvida, se permanecia na cama para tentar dormir, ou se ligava o computador a fim de procurar mais a respeito dessa criatura, pois ela estava começando a se sentir confusa, se ela realmente viu aquela criatura ou se foi apenas uma visão que a invadiu em um momento de sono muito pesado. Pensando em não desobedecer nem o seu pai, nem a sua madrasta, ela resolveu continuar deitada na sua cama, tentando pegar no sono novamente.
O dia amanheceu e os raios solares fizeram com que Fiona se lembrasse de novo daquela criatura que ela nunca tinha visto antes, e sobre a mensagem que ele tinha passado para ela. Pensando em contar para o seu pai quando ele chegasse em casa, ela tentou ensaiar o seu texto, mas cerca de alguns segundos depois ela mesma se certificou de que ninguém acreditaria nela, pois nem ela mesma tinha certeza do que tinha visto. Então ela decidiu que seria melhor não contar a ninguém, pelo menos por enquanto, pois talvez essa visão tenha ocorrido apenas naquela noite e não vai mais acontecer. Ou talvez, se ela contasse a alguém, dependendo do que essa pessoa acreditasse poderia confundir as suas ideias, dizendo que aquela figura poderia se o espírito de sua mãe que estava tentando se comunicar, ou algum ser das trevas fingindo ser alguém do bem, a fim de enganá-la. Enfim, tomada por esses questionamentos e hipóte
Fiona, por sua vez, teve curiosidade de ver como estava o céu naquele instante, se era possível ver as faíscas nas nuvens, as quais eram causadas pelas descargas atmosféricas. Mas quando ela se aproximou da janela para direcionar os seus olhos para o céu, ela viu que ele estava repleto de estrelas e sem nuvens. Então ela ficou em dúvida de onde poderia estar vindo aquele som de chuva e de trovões. Sentindo um pouco de medo daquela situação, Fiona voltou a se deitar na cama e mergulhar embaixo de seu cobertor.Alguns minutos depois, a mesma criatura que tinha aparecido na janela de seu quarto na noite passada, mais uma vez apareceu. Depois de chamar o seu nome, ele acrescentou mais uma mensagem:– Fiona, venha comigo! A rainha precisa de você.Ouvindo esse som, Fiona levantou um pouco a coberta para deixar os seus olhos descobertos. E quando ela viu a criatura na janela, ela se assu
No instante em que Fiona e o seu mais novo amigo Flan atravessaram o portal mágico, ela sentiu um vento soprar o seu rosto, mas não era um vento comum. Ele era tão forte que arrepiou cada fio de seus cabelos. Em concomitância com o ar fresco que refrescava o seu rosto, ela sentia uma onda de medo e de adrenalina que percorria o seu corpo ao sentir que estava sendo puxada para o interior daquele universo que ela nunca imaginou que pudesse existir. Cada segundo que passava, ela ficava mais amedrontada. E essa sensação fez com que ela fechasse os olhos, mas não conseguia falar, pois por mais que ela tentasse, a sua ansiedade era tão grande que não permitia que os seus lábios emitissem som algum.Quando a sensação que atraía o corpo de Fiona parou, ela se sentiu que o medo a estava deixando, pois no mesmo instante sentiu alivio tanto na mente quanto em seu coração. Por isso ela
Depois de Fiona passar algumas horas caminhando ao lado de Flan por aquele imenso jardim, ela finalmente perguntou:– Eu estou adorando tudo isso, mas eu tenho uma dúvida... Por que você me trouxe para este lugar?Após andar por alguns instantes de cabeça baixa e sem dar nem uma palavra, Flan finalmente quebrou o silêncio e respondeu:– Eu te trouxe, pois nós precisamos de você no Reino das Esmeraldas.– Precisam de mim? Por quê?– A rainha teve uma filha há alguns anos, mas a sua única filha foi sequestrada por uma bruxa que vive em outro reino, o qual se chama Reino das Trevas.– Então a filha da rainha está vivendo neste outro reino? É só irmos até lá e pegarmos a menina de volta! – Disse Fiona, como se o problema fosse um dos mais simples de se resolver.– Sim. Mas tem um problema...
Ao longo da conversa, a rainha disse a Fiona o motivo pelo qual ela precisava muito de sua ajuda. Entretanto, o duende Flan já havia conversado sobre isso, brevemente, com ela. Mas Fiona ficou com uma dúvida:– Eu estou preocupada com o tempo que isso tudo vai durar, pois meu pai me espera em casa.Abrindo um sorriso doce e gentil, a rainha respondeu: – Não se preocupe, criança. Enquanto você estiver aqui conosco, o tempo não estará passando na Terra. E quando você voltar para a sua casa, vai ver que os ponteiros do relógio estarão marcando o mesmo horário.– Esse resgate vai demorar muito tempo?– Só depende de você. Nós temos muitos amigos e animais, os quais podem ser parceiros nesse resgate. Pode contar comigo para o que você precisar. Inclusive, você terá grandes recompensas por estar nos ajudando.– O
Aos poucos Fiona percebeu que os cavalos alados estavam reduzindo a sua altura de vôo, de uma forma tão lenta que era quase imperceptível, a fim de continuarem passando segurança a todos.Logo depois, Fiona notou que o passeio tinha terminado quando os animais já estavam com as suas patas próximas ao chão, pousando sobre a relva verde e perto das flores, que por sua vez exalavam um perfume delicioso de lavanda, o qual era uma das fragrâncias favoritas de Fiona.A rainha desceu do cavalo alado com muita facilidade, bem como o duende Flan. Mas Fiona não teve a mesma praticidade, necessitando mais uma vez da ajuda de Flan. Quando os três estavam no chão, Fiona sentiu o orvalho da relva molhar a pele dos seus pés, através da fina sapatilha. Mas ela não deixou que isso a tirasse do foco, pois ela estava interessada em conhecer o local onde viviam os unicórnios.E mai
Quando eles voltaram do passeio, desceram de seus cavalos alados e entraram novamente na casa da rainha, Fiona foi invadida por um pensamento e, ao mesmo tempo, por uma dúvida, a qual estava corroendo o seu pequeno e puro coração. Então ela de repente perguntou:– Rainha, a vossa alteza tinha me falado sobre recompensas. Quais tipos de recompensas?– Converse com Flan e fale com ele o que você gostaria de ter, ou o que você gostaria de viver que eu te darei.– Eu nem preciso pensar muito a respeito disso. O que eu mais queria era poder conhecer a minha mãe que faleceu em um acidente de carro quando eu ainda era muito pequena. E hoje em dia, o meu pai é casado com uma mulher que não gosta de mim.Enquanto a rainha ficava calada, ela provavelmente estava pensando em algo que ninguém ousava tentar adivinhar, mas em breve ela quebrou o silêncio, dizendo: – A sua
As fadas e os duendes receberam a ordem da rainha, que era referente ao contato que eles deveriam fazer com as fadas madrinhas. E no mesmo instante, eles foram até elas e informaram sobre a urgência de executar o seu plano.As três fadas, por sentirem imensa gratidão tanto pela rainha quanto por todos os seres que habitavam o Reino das Esmeraldas, veio com pressa à casa da rainha. E quando Flan e Fiona ouviram um som na porta da casa, Fiona se assustou, pois ano sabia ainda quem estava do lado de fora da casa. Mas rapidamente uma das fadas tratou de abrir e acabar com o medo de Fiona.Quando ela abriu a porta, Fiona viu três mulheres. As três pareciam ser da mesma idade, não eram muito jovens, mas também não pareciam ter muita idade, mas a idade correta, Fiona não sabia dizer. Entretanto, reparou no jeito de cada uma delas a fim de conseguir diferenciá-las. A que estava mais a frente tinha