Alice Albuquerque Reis Pedro voltou ao quarto, trouxe junto a minha mãe, a Ângela e o Theo, fico feliz de ver meu bebê que estende as mãozinhas para eu pegar ele. Eu estou sentada na cama brincando com o Theo, quando o médico entra no quarto com uma prancheta na mão e também alguns papéis. Médico: “Boa noite ! Como está se sentindo senhora Reis ?” A: “Estou bem doutor, já posso ir ver minha amiga e minha afilhada ?!” Médico: “Vamos com calma senhora, ainda precisamos fazer uma ultrassom para ver como está seu bebê…” P: “Como assim doutor ? Minha esposa está grávida ?” Eu olho para a minha mãe e para a Ângela que estão com o mesmo sorrisinho cúmplice de hoje cedo. Médico: “Então vocês ainda não sabiam ?!” A/P: “Não !” A: “Na verdade eu comecei a suspeitar disso hoje mais cedo mas ainda não tinha feito nenhum teste para ter certeza !” Todos ficam me olhando por um segundo, depois o médico volta a falar que já pediu para preparar a sala de ultrassom para vermos com
Alice Albuquerque Tenho 27 anos, pele branca, cabelos longos e castanho escuro, olhos azuis e meço 1,56 de altura. Sou formada em nutrição e administração. Hoje acordei animada, tenho uma entrevista de emprego na hora do almoço, estou buscando novos desafios, estou cansada da rotina da clínica em que trabalho. Levanto e faço minhas higienes, me arrumo e vou para o trabalho. Ocorre tudo bem até na hora do meu almoço quando saio para ir até a entrevista de emprego. Estou ansiosa com essa entrevista, é uma empresa muito renomada e abrange vários ramos. Embora a fama do poderoso CEO Pedro Reis não seja uma das melhores, não estou me importando com isso pois não terei contato com ele, além do mais o que ele faz ou deixa de fazer não é problema meu. Me inscrevi para a vaga de auxiliar administrativo, pelo que pesquisei eu ficarei em um setor com mais ou menos umas cinco pessoas. Quando chego na empresa fico de boca aberta com a fachada deslumbrante, toda de mármore preto com as
Alice Albuquerque P: “Sente-se por favor!” A: “Obrigada!” Ele solta uma risadinha sarcástica, fico irritada mas preciso me controlar, gostaria muito desse trabalho e do salário também não vou mentir. P: “Me diga o porque trabalhar para mim?” A: “Se me permite a correção, trabalhar para a sua empresa é uma grande oportunidade de aprendizado e crescimento profissional.” P: “Falou certo, a empresa é MINHA então não deixaria de trabalhar para MIM.” P: “Me fale sobre você?” Essa pergunta me pegou um pouco desprevenida, sempre que ouço isso me dá uma espécie de bloqueio, pois acabo lembrando de coisas indesejadas que já vivi e acabou afetando quem eu sou. A: “Me chamo Alice, tenho 27 anos, sou formada em administração e nutrição. Mais alguma coisa que queira saber?” Tento desconversar, quem sabe ele muda de assunto e eu não precise ficar me explicando. P: “Mora sozinha ?” A: “Sim.” P: “Não tem família?” A: “Tenho, porém meus pais não moram aqui em São Paulo.”
Alice Albuquerque Eu a agradeço por tudo mas digo que não irei aceitar, ele foi muito grosseiro comigo e não vou aceitar ele agir assim. Ela disse que sente muito e já estava gostando da minha companhia, eu a abraço, me despeço dela e volto ao meu trabalho na clínica. Comi um lanche no caminho de volta a clínica, pois já estava atrasada, chego na clínica e minha companheira Brenda avisa que o dr Esteves quer falar comigo, então sigo até sua sala. Bato na porta peço licença e ele me dá permissão para entrar e pede que eu me sente. Então ele começa dizendo que está muito contente com meu trabalho durante todos esses anos, que nunca terá uma secretária como eu, por fim diz que estou demitida. É sério isso gente?! Precisava ter ficado me bajulando tanto se iria me demitir sem mais nem menos. Mesmo assim eu o agradeço pela oportunidade e por toda ajuda que tive esses anos trabalhando lá, me despedi da minha companheira e fui para casa. Confesso que fiquei um pouco decepciona
Alice Albuquerque Eu não consigo entender como ele pode estar me causar certos sentimentos, eu sempre tive nojo e repulsa de homens no geral. Me concentro para responder sua pergunta e não ficar pensando em coisas indecentes. A: “Eu imaginei que seria você devido ao horário, não acho que dona Marlene viva na empresa como você.” P: “Então quer dizer que você acha que eu vivo na empresa?” A: “É o que diz alguns sites e páginas de fofocas. Kkkk incluindo levar suas modelos para lá também.” P: “Pelo visto gosta de páginas de fofocas e de saber sobre minha vida! Já que é a segunda vez que fala isso hoje.” A: “Não gosto de saber sobre sua vida, só procurei me informar melhor quando descobri que teria uma entrevista na sua empresa.” P: “Por que na minha empresa?” Fiquei confusa com sua pergunta e também um pouco pensativa sobre o que ele estava querendo saber. A: “Por que vocês publicaram em vários meios de comunicação que estavam com uma vaga de auxiliar administrativo a
Pedro Reis Meu dia já amanhece péssimo com a notícia que minha secretária se demitiu, fiquei nervoso pois minha agenda estava lotada de reuniões e a maluca resolveu me deixar na mão logo hoje?! Quando chego na empresa sou surpreendido com uma destrambelhada trombando comigo no elevador, e ainda por cima quis me dar lição de moral. Mas não parou por aí, soube que teria uma candidata à vaga de auxiliar administrativo e então pedi a Marlene para ver se a mesma tinha competência de ser minha secretária e ela afirmou pois a garota já trabalhava como secretária. Quando ela chega em minha sala com a tal garota fico nervoso e surpreso com quem vejo, a mesma garota do elevador. Peço que Marlene nós deixe a sós, assim ela faz, a garota ficou sem jeito quando me viu mas não parou de me enfrentar e tivemos outra discussão. E a afronta dela não parou por aí, me deixou falando sozinho e ainda bateu a porta da sala na minha cara. Essa mulher vai ser minha perdição, já está me deixando d
Pedro Reis Pego o telefone e ligo para Alice, porém ela não me atende, resolvo ir até sua casa, quando chego consigo convencer o porteiro a me deixar subir sem avisa-la, pois tenho certeza que ela não aceitaria me receber se soubesse que estou aqui. Toco a campainha e quando ela abre vejo sua cara de surpresa, mas eu não fico muito atrás, ela abriu a porta de pijama, isso mexeu comigo de uma forma que não gostei. Aquele fino pedaço de pano não estava me ajudando a concentrar no que vim fazer. Tento ser sarcástico e ela me dá uma resposta que me fez pensar no que aconteceu na empresa, ela realmente ficou sentida com a forma que a tratei pois ela repetiu exatamente o que eu disse no elevador. Fiquei incomodado, não queria ter tratado ela daquela forma, mas meu dia foi uma bosta e acabei descontando nela. Ela me dá permissão para entrar e diz que vai se trocar, graças a Deus, não sei se conseguiria conversar com ela daquele jeito. Vejo algumas fotos, dela e um casal mais vel
Alice Albuquerque Acordo animada para meu primeiro dia no Grupo Reis, confesso que ansiosa também, como será que vai ser trabalhar diretamente com o Sr. Gelo, preciso controlar minha língua para não o chamar assim pessoalmente. Levanto faço minhas higienes, separo um vestido preto, na altura do joelho, colado ao corpo, coloco uma sandália nude de salto não muito alto pois não sei como será minha rotina, deixo meus cabelos semi preso. Saio de casa no meu carrinho velho, mas é meu e não devo nada a ninguém. Chego na empresa adiantada, estaciono meu carro em um estacionamento próximo, desço e sigo para a recepção, Júlia faz meu cadastro e me entrega um crachá que terei que usar para poder entrar na empresa todo dia, a agradeço e subo para o meu andar. Resolvo parar no andar de dona Marlene, mas ainda é cedo e ela não chegou, então vou direto para o décimo andar, chegando encontro tudo quieto e uns papéis desorganizados em cima da mesa, pego todos e vou colocando em ordem alfabé