Alice Albuquerque Reis ** DOIS MESES DEPOIS ** Hoje eu acordei um pouco indisposta, com o estômago ruim, um pouco de tontura e umas cólicas, eu acho que deve ser porque a minha menstruação está chegando mas o dramático do Pedro não me deixou ir junto com ele trabalhar. Quando terminamos de tomar o café da manhã eu chamei a minha mãe, a Ângela e o Theo para irmos passear no shopping. Pedro já foi para a empresa, hoje ele tinha várias reuniões. Subi até meu quarto, coloquei uma roupa mais confortável para podermos passear bastante. Desço até a sala e encontro a minha mãe, a Ângela e o Theo prontos , só me esperando para podermos sair. Eu fui no meu carro dirigindo, os nossos seguranças estão logo atrás nos acompanhando no carro deles. Parei o meu carro no estacionamento da entrada da frente do shopping, um dos seguranças veio nos ajudam a tirar o carrinho do Theo do porta malas, montou ele para mim e eu coloquei o Theo sentado para podermos entrar no shopping. Estamos pa
Alice Albuquerque Reis Estamos a uns vinte minutos aqui aflitos esperando por notícias, até que vejo o Liam saindo do quarto, ele nos vê e vem falar com nós. A: “Como elas estão ?” L: “Elas estão bem, mas a Júlia não quer aceitar fazer a cesárea, ela não está com dilatação o suficiente e a bolsa estourou não podemos esperarmos muito tempo.” A: “Eu posso falar com ela ?” L: “É claro que pode, eu ia justamente te pedir isso ! Vou aproveitar para ligar para nossas famílias.” Entro no quarto devagar, me deparo com a minha amiga triste, passando a mão na barriga. A: “Eu posso saber porque da tristeza se esse momento era para ser somente de alegria ?” J: “Há há há engraçadinha! Você já sentiu as dores das contrações e ainda vem tirar uma com a minha cara ?!” A: “Kkkk… eu só vim saber como vocês estão ?! Sabia que eu estava no shopping comprando um presente ?!” Tento descontrai-la para ver se ela se abre e me conta por que não quer fazer a cesárea. J: “Para mim ou para
Alice Albuquerque Reis Pedro voltou ao quarto, trouxe junto a minha mãe, a Ângela e o Theo, fico feliz de ver meu bebê que estende as mãozinhas para eu pegar ele. Eu estou sentada na cama brincando com o Theo, quando o médico entra no quarto com uma prancheta na mão e também alguns papéis. Médico: “Boa noite ! Como está se sentindo senhora Reis ?” A: “Estou bem doutor, já posso ir ver minha amiga e minha afilhada ?!” Médico: “Vamos com calma senhora, ainda precisamos fazer uma ultrassom para ver como está seu bebê…” P: “Como assim doutor ? Minha esposa está grávida ?” Eu olho para a minha mãe e para a Ângela que estão com o mesmo sorrisinho cúmplice de hoje cedo. Médico: “Então vocês ainda não sabiam ?!” A/P: “Não !” A: “Na verdade eu comecei a suspeitar disso hoje mais cedo mas ainda não tinha feito nenhum teste para ter certeza !” Todos ficam me olhando por um segundo, depois o médico volta a falar que já pediu para preparar a sala de ultrassom para vermos com
Alice Albuquerque Tenho 27 anos, pele branca, cabelos longos e castanho escuro, olhos azuis e meço 1,56 de altura. Sou formada em nutrição e administração. Hoje acordei animada, tenho uma entrevista de emprego na hora do almoço, estou buscando novos desafios, estou cansada da rotina da clínica em que trabalho. Levanto e faço minhas higienes, me arrumo e vou para o trabalho. Ocorre tudo bem até na hora do meu almoço quando saio para ir até a entrevista de emprego. Estou ansiosa com essa entrevista, é uma empresa muito renomada e abrange vários ramos. Embora a fama do poderoso CEO Pedro Reis não seja uma das melhores, não estou me importando com isso pois não terei contato com ele, além do mais o que ele faz ou deixa de fazer não é problema meu. Me inscrevi para a vaga de auxiliar administrativo, pelo que pesquisei eu ficarei em um setor com mais ou menos umas cinco pessoas. Quando chego na empresa fico de boca aberta com a fachada deslumbrante, toda de mármore preto com as
Alice Albuquerque P: “Sente-se por favor!” A: “Obrigada!” Ele solta uma risadinha sarcástica, fico irritada mas preciso me controlar, gostaria muito desse trabalho e do salário também não vou mentir. P: “Me diga o porque trabalhar para mim?” A: “Se me permite a correção, trabalhar para a sua empresa é uma grande oportunidade de aprendizado e crescimento profissional.” P: “Falou certo, a empresa é MINHA então não deixaria de trabalhar para MIM.” P: “Me fale sobre você?” Essa pergunta me pegou um pouco desprevenida, sempre que ouço isso me dá uma espécie de bloqueio, pois acabo lembrando de coisas indesejadas que já vivi e acabou afetando quem eu sou. A: “Me chamo Alice, tenho 27 anos, sou formada em administração e nutrição. Mais alguma coisa que queira saber?” Tento desconversar, quem sabe ele muda de assunto e eu não precise ficar me explicando. P: “Mora sozinha ?” A: “Sim.” P: “Não tem família?” A: “Tenho, porém meus pais não moram aqui em São Paulo.”
Alice Albuquerque Eu a agradeço por tudo mas digo que não irei aceitar, ele foi muito grosseiro comigo e não vou aceitar ele agir assim. Ela disse que sente muito e já estava gostando da minha companhia, eu a abraço, me despeço dela e volto ao meu trabalho na clínica. Comi um lanche no caminho de volta a clínica, pois já estava atrasada, chego na clínica e minha companheira Brenda avisa que o dr Esteves quer falar comigo, então sigo até sua sala. Bato na porta peço licença e ele me dá permissão para entrar e pede que eu me sente. Então ele começa dizendo que está muito contente com meu trabalho durante todos esses anos, que nunca terá uma secretária como eu, por fim diz que estou demitida. É sério isso gente?! Precisava ter ficado me bajulando tanto se iria me demitir sem mais nem menos. Mesmo assim eu o agradeço pela oportunidade e por toda ajuda que tive esses anos trabalhando lá, me despedi da minha companheira e fui para casa. Confesso que fiquei um pouco decepciona
Alice Albuquerque Eu não consigo entender como ele pode estar me causar certos sentimentos, eu sempre tive nojo e repulsa de homens no geral. Me concentro para responder sua pergunta e não ficar pensando em coisas indecentes. A: “Eu imaginei que seria você devido ao horário, não acho que dona Marlene viva na empresa como você.” P: “Então quer dizer que você acha que eu vivo na empresa?” A: “É o que diz alguns sites e páginas de fofocas. Kkkk incluindo levar suas modelos para lá também.” P: “Pelo visto gosta de páginas de fofocas e de saber sobre minha vida! Já que é a segunda vez que fala isso hoje.” A: “Não gosto de saber sobre sua vida, só procurei me informar melhor quando descobri que teria uma entrevista na sua empresa.” P: “Por que na minha empresa?” Fiquei confusa com sua pergunta e também um pouco pensativa sobre o que ele estava querendo saber. A: “Por que vocês publicaram em vários meios de comunicação que estavam com uma vaga de auxiliar administrativo a
Pedro Reis Meu dia já amanhece péssimo com a notícia que minha secretária se demitiu, fiquei nervoso pois minha agenda estava lotada de reuniões e a maluca resolveu me deixar na mão logo hoje?! Quando chego na empresa sou surpreendido com uma destrambelhada trombando comigo no elevador, e ainda por cima quis me dar lição de moral. Mas não parou por aí, soube que teria uma candidata à vaga de auxiliar administrativo e então pedi a Marlene para ver se a mesma tinha competência de ser minha secretária e ela afirmou pois a garota já trabalhava como secretária. Quando ela chega em minha sala com a tal garota fico nervoso e surpreso com quem vejo, a mesma garota do elevador. Peço que Marlene nós deixe a sós, assim ela faz, a garota ficou sem jeito quando me viu mas não parou de me enfrentar e tivemos outra discussão. E a afronta dela não parou por aí, me deixou falando sozinho e ainda bateu a porta da sala na minha cara. Essa mulher vai ser minha perdição, já está me deixando d