Alice Albuquerque
Tenho 27 anos, pele branca, cabelos longos e castanho escuro, olhos azuis e meço 1,56 de altura. Sou formada em nutrição e administração. Hoje acordei animada, tenho uma entrevista de emprego na hora do almoço, estou buscando novos desafios, estou cansada da rotina da clínica em que trabalho. Levanto e faço minhas higienes, me arrumo e vou para o trabalho. Ocorre tudo bem até na hora do meu almoço quando saio para ir até a entrevista de emprego. Estou ansiosa com essa entrevista, é uma empresa muito renomada e abrange vários ramos. Embora a fama do poderoso CEO Pedro Reis não seja uma das melhores, não estou me importando com isso pois não terei contato com ele, além do mais o que ele faz ou deixa de fazer não é problema meu. Me inscrevi para a vaga de auxiliar administrativo, pelo que pesquisei eu ficarei em um setor com mais ou menos umas cinco pessoas. Quando chego na empresa fico de boca aberta com a fachada deslumbrante, toda de mármore preto com as letras douradas escrito Grupo Reis. Paro na recepção para me identificar, uma moça muito simpática, chamada Julia pergunta meu nome e me mostra por onde seguir, quando chego no elevador para subir até o nono andar onde me foi passado, uma pessoa acaba trombando em mim, eu acabo ficando muito irritada e falo umas verdades para a pessoa que nem ao menos me dei o trabalho de olhar primeiro. A: “Você não olha por onde anda não ?” - “A senhorita que precisa prestar mais atenção por onde anda, já estou com problemas demais por hoje e não tenho tempo para lidar com pessoas desastradas como você.” A: “Pessoas como eu?! Estou aqui parada esperando o elevador e você está mexendo neste celular e nem se quer olha para frente, quem você pensa que é para tratar as pessoas deste jeito?” Quando olhei para o rosto dele, me subiu um leve arrepio pelo corpo e um frio na barriga, ele é um homem jovem, alto, todo de terno, cabelos negros bem penteados, com olhar penetrante, tive a impressão de o conhecer de algum lugar mas não me recordava ao certo. Ele também me olhou e deu uma risadinha sarcástica e continuou mexendo no celular. Me senti um pouco intimidada e desconcertada, mas também nervosa pela maneira que ele se acha o dono do mundo, mas resolvi continuar calada e esperar que chegasse até o andar que eu desceria. Não trocamos mais nenhuma palavra e eu nem me atrevi mais olhar para a cara dele. O elevador abriu as portas e eu caminhei para fora dele, mas não me aguentei de curiosidade e antes que as portas se fechassem o encarei para tentar lembrar de onde o conhecia, nesta mesma hora ele largou o celular e me olhou da mesma forma, novamente senti um frio na barriga, não sei explicar o que está acontecendo comigo, essas sensações estão me assustando. As portas do elevador se fecharam e antes pude ver o sozinho no rosto dele. Minha santa das malucas que homem é esse, conseguiu me intimidar e ao mesmo tempo me provocar somente com o olhar. Quem será ele? Procurei tirar isso da minha cabeça e me concentrar na minha entrevista, sigo caminhando pelo departamento. Vejo uma senhora muito elegante, bem concentrada e bem atrapalhada com alguns papéis. Vou até ela e lhe ofereço ajuda, ela me olha confusa e me pergunta quem sou. Me apresento e digo que vou fazer uma entrevista, ela também se apresenta, diz que era eu quem ela estava esperando, mas teve algumas mudanças do que estava programado. Ela falou que iríamos fazer a entrevista junto com o Sr. Pedro, pois a secretária dele se demitiu e ele precisa de uma substituta com urgência, dona Marlene disse que meu currículo tem os requisitos necessários e perguntou se eu aceitaria a nova oferta, confesso que fiquei meio indecisa pois sei a fama que esse tal de Sr. Pedro Reis tem, mas estou confiante que darei conta do trabalho, eu gosto de novos desafios e também o salário que ela me passou foi irrecusável, aceito a proposta. Então subimos para o décimo andar, chegando lá encontramos a recepção vazia e ouvimos uma voz masculina gritando, dona Marlene me chama e seguimos de encontro aquela voz que para mim era meio familiar. Quando paro na porta da grande sala, quase tenho um infarto quando vejo quem é o Sr Pedro, nada mais nada menos que o rapaz do elevador. Tive certeza que ele não me contrataria, vi minhas esperanças de mudança indo embora, quando ele me encarou, tinha um olhar muito imponente, mas tive a impressão de ver um olhar confuso de raiva e surpresa não sei ao certo, mas foi só impressão mesmo pois ele não deixou sua pose de durão cair e continuou com um olhar fixo em mim enquanto dona Marlene me apresentava. M: “Essa é Alice Albuquerque, a candidata que falei mais cedo. Elas tem todas as qualificações necessárias para ser sua… secretária.” Dona Marlene falou de modo sarcástico e parecida querer provoca-lo e confesso que conseguiu pois sua fisionomia ficou ainda pior. Ele pediu que ela se retirasse da sala e assim ela fez nos deixando a sós.Alice Albuquerque P: “Sente-se por favor!” A: “Obrigada!” Ele solta uma risadinha sarcástica, fico irritada mas preciso me controlar, gostaria muito desse trabalho e do salário também não vou mentir. P: “Me diga o porque trabalhar para mim?” A: “Se me permite a correção, trabalhar para a sua empresa é uma grande oportunidade de aprendizado e crescimento profissional.” P: “Falou certo, a empresa é MINHA então não deixaria de trabalhar para MIM.” P: “Me fale sobre você?” Essa pergunta me pegou um pouco desprevenida, sempre que ouço isso me dá uma espécie de bloqueio, pois acabo lembrando de coisas indesejadas que já vivi e acabou afetando quem eu sou. A: “Me chamo Alice, tenho 27 anos, sou formada em administração e nutrição. Mais alguma coisa que queira saber?” Tento desconversar, quem sabe ele muda de assunto e eu não precise ficar me explicando. P: “Mora sozinha ?” A: “Sim.” P: “Não tem família?” A: “Tenho, porém meus pais não moram aqui em São Paulo.”
Alice Albuquerque Eu a agradeço por tudo mas digo que não irei aceitar, ele foi muito grosseiro comigo e não vou aceitar ele agir assim. Ela disse que sente muito e já estava gostando da minha companhia, eu a abraço, me despeço dela e volto ao meu trabalho na clínica. Comi um lanche no caminho de volta a clínica, pois já estava atrasada, chego na clínica e minha companheira Brenda avisa que o dr Esteves quer falar comigo, então sigo até sua sala. Bato na porta peço licença e ele me dá permissão para entrar e pede que eu me sente. Então ele começa dizendo que está muito contente com meu trabalho durante todos esses anos, que nunca terá uma secretária como eu, por fim diz que estou demitida. É sério isso gente?! Precisava ter ficado me bajulando tanto se iria me demitir sem mais nem menos. Mesmo assim eu o agradeço pela oportunidade e por toda ajuda que tive esses anos trabalhando lá, me despedi da minha companheira e fui para casa. Confesso que fiquei um pouco decepciona
Alice Albuquerque Eu não consigo entender como ele pode estar me causar certos sentimentos, eu sempre tive nojo e repulsa de homens no geral. Me concentro para responder sua pergunta e não ficar pensando em coisas indecentes. A: “Eu imaginei que seria você devido ao horário, não acho que dona Marlene viva na empresa como você.” P: “Então quer dizer que você acha que eu vivo na empresa?” A: “É o que diz alguns sites e páginas de fofocas. Kkkk incluindo levar suas modelos para lá também.” P: “Pelo visto gosta de páginas de fofocas e de saber sobre minha vida! Já que é a segunda vez que fala isso hoje.” A: “Não gosto de saber sobre sua vida, só procurei me informar melhor quando descobri que teria uma entrevista na sua empresa.” P: “Por que na minha empresa?” Fiquei confusa com sua pergunta e também um pouco pensativa sobre o que ele estava querendo saber. A: “Por que vocês publicaram em vários meios de comunicação que estavam com uma vaga de auxiliar administrativo a
Pedro Reis Meu dia já amanhece péssimo com a notícia que minha secretária se demitiu, fiquei nervoso pois minha agenda estava lotada de reuniões e a maluca resolveu me deixar na mão logo hoje?! Quando chego na empresa sou surpreendido com uma destrambelhada trombando comigo no elevador, e ainda por cima quis me dar lição de moral. Mas não parou por aí, soube que teria uma candidata à vaga de auxiliar administrativo e então pedi a Marlene para ver se a mesma tinha competência de ser minha secretária e ela afirmou pois a garota já trabalhava como secretária. Quando ela chega em minha sala com a tal garota fico nervoso e surpreso com quem vejo, a mesma garota do elevador. Peço que Marlene nós deixe a sós, assim ela faz, a garota ficou sem jeito quando me viu mas não parou de me enfrentar e tivemos outra discussão. E a afronta dela não parou por aí, me deixou falando sozinho e ainda bateu a porta da sala na minha cara. Essa mulher vai ser minha perdição, já está me deixando d
Pedro Reis Pego o telefone e ligo para Alice, porém ela não me atende, resolvo ir até sua casa, quando chego consigo convencer o porteiro a me deixar subir sem avisa-la, pois tenho certeza que ela não aceitaria me receber se soubesse que estou aqui. Toco a campainha e quando ela abre vejo sua cara de surpresa, mas eu não fico muito atrás, ela abriu a porta de pijama, isso mexeu comigo de uma forma que não gostei. Aquele fino pedaço de pano não estava me ajudando a concentrar no que vim fazer. Tento ser sarcástico e ela me dá uma resposta que me fez pensar no que aconteceu na empresa, ela realmente ficou sentida com a forma que a tratei pois ela repetiu exatamente o que eu disse no elevador. Fiquei incomodado, não queria ter tratado ela daquela forma, mas meu dia foi uma bosta e acabei descontando nela. Ela me dá permissão para entrar e diz que vai se trocar, graças a Deus, não sei se conseguiria conversar com ela daquele jeito. Vejo algumas fotos, dela e um casal mais vel
Alice Albuquerque Acordo animada para meu primeiro dia no Grupo Reis, confesso que ansiosa também, como será que vai ser trabalhar diretamente com o Sr. Gelo, preciso controlar minha língua para não o chamar assim pessoalmente. Levanto faço minhas higienes, separo um vestido preto, na altura do joelho, colado ao corpo, coloco uma sandália nude de salto não muito alto pois não sei como será minha rotina, deixo meus cabelos semi preso. Saio de casa no meu carrinho velho, mas é meu e não devo nada a ninguém. Chego na empresa adiantada, estaciono meu carro em um estacionamento próximo, desço e sigo para a recepção, Júlia faz meu cadastro e me entrega um crachá que terei que usar para poder entrar na empresa todo dia, a agradeço e subo para o meu andar. Resolvo parar no andar de dona Marlene, mas ainda é cedo e ela não chegou, então vou direto para o décimo andar, chegando encontro tudo quieto e uns papéis desorganizados em cima da mesa, pego todos e vou colocando em ordem alfabé
Alice Albuquerque Renan é adorável, está sendo muito atencioso e estou me divertindo com ele. Estávamos quase terminando as visitas quando vejo Pedro vindo em nossa direção com a cara fechada parecia que ia soltar fogo pelas narinas. Então paro de rir da piadinha que Renan acabou de fazer e o encaro parado em nossa frente. P: “Alice estou te procurando a quase uma hora, não estou pagando seu salário para ficar de risadinhas com moleques nos corredores da minha empresa.” Ele termina a sua fala disparando um olhar fuzilador para Renan. A: “Não estou de risadinhas com moleques pelos corredores, o Renan está me apresentando a sua empresa a pedido de dona Marlene.” Fecho a cara igualmente a ele e continuo o encarando, então Renan da uma tossidinha chamando nossa atenção, ele encosta no meu braço e diz… R: “Alice minha querida, vou deixar vocês a sós e voltar ao meu trabalho. Qualquer coisa sabe onde me encontrar.” Pedro nos interrompe e acaba sendo muito grosseiro com Renan
Alice Albuquerque Pedro está agindo muito estranho, parece até que ficou com ciúmes de me ver andando com Renan. Mas isso não tem cabimento, só pode ser coisa da minha cabeça. Ele nem se quer me deixou pegar a minha bolsa, fomos direto ao restaurante que aconteceria a reunião com os chineses, ele apenas pegou meu celular. Fiquei brava com a atitude dele de querer mandar em mim, mas não quis criar atritos com ele logo no primeiro dia. Então entrei no carro e fiquei em silêncio o caminho todo. A reunião correu tudo bem, ele me fez ficar sentada na mesa ao lado da mesa em que ele estava com os chineses, simplesmente sem fazer nada, só olhando eles conversar. Fico pensando se todas as reuniões serão assim ?! Um tédio total. Pedro se despede dos chineses e então eles vem se despedir de mim, apertamos as nossas mãos e eles vão embora. Vou até a mesa onde eles estavam e começo preparar os documentos que estavam em cima da mesa para podermos ir de volta a empresa, pois está quase