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6• Convencendo ela.

Pedro Reis

Pego o telefone e ligo para Alice, porém ela não me atende, resolvo ir até sua casa, quando chego consigo convencer o porteiro a me deixar subir sem avisa-la, pois tenho certeza que ela não aceitaria me receber se soubesse que estou aqui.

Toco a campainha e quando ela abre vejo sua cara de surpresa, mas eu não fico muito atrás, ela abriu a porta de pijama, isso mexeu comigo de uma forma que não gostei. Aquele fino pedaço de pano não estava me ajudando a concentrar no que vim fazer.

Tento ser sarcástico e ela me dá uma resposta que me fez pensar no que aconteceu na empresa, ela realmente ficou sentida com a forma que a tratei pois ela repetiu exatamente o que eu disse no elevador.

Fiquei incomodado, não queria ter tratado ela daquela forma, mas meu dia foi uma bosta e acabei descontando nela. Ela me dá permissão para entrar e diz que vai se trocar, graças a Deus, não sei se conseguiria conversar com ela daquele jeito.

Vejo algumas fotos, dela e um casal mais velho, já sei que são seus pais, o Liam não conseguiu me passar muitas coisas pessoais, apenas coisas dos últimos seis anos. Preciso saber tudo sobre ela, espero que Liam seja rápido.

Ela volta já com uma roupa descente e eu acabo perguntando novamente sobre seus pais. Ela responde somente o que eu perguntei e evita falar dos seus pais, ainda não entendo o porque mas vou descobrir. Fico com algumas dúvidas sobre sua família, mas vou esperar as informações que Liam me trará.

Tivemos um diálogo até que agradável, eu pedi desculpas pela forma que a tratei e pedi que aceitasse ser minha secretária.

P: “Eu quero que seja minha secretária, ofereço o dobro do salário que Marlene te passou hoje mais cedo. Mas preciso que comece imediatamente.”

A: “Sr. Pedro, não posso aceitar….

Não gosto da forma que ela me chama de senhor, parece até que está me provocando com isso, mas não vou falar nada por enquanto.

P: “Como não pode aceitar? Está ficando louca?”

Ela quer me deixar louco só pode, acabo sendo um pouco rude em minhas palavras e ela me interrompe aparentemente nervosa.

A: “Não me interrompa novamente, me deixe terminar de falar por favor?!”

A: “Ou não chegaremos a nenhum acordo. Odeio ser interrompida!”

Fala seria e com um tom autoritário e me deixa instigado, imaginando como será ser dominado por ela?!

Pare já com isso Pedro, o que você está pensando, está ficando maluco? Interrompo meus pensamentos e volto a prestar atenção em Alice.

A: “Eu não posso aceitar o dobro do salário, pois o que a dona Marlene havia me passado hoje mais cedo, já é mais do que o suficiente para manter minhas despesas. Não recusei a proposta para que você aumentasse meu salário e não quero que me ofenda achando que só penso em dinheiro. Aceito trabalhar como sua secretária, porém com uma condição!”

P: “Qual???”

Fico curioso em saber qual sua condição.

A: “Eu quero ser tratada com educação, sem ofensas e sem provocações. E qualquer situação que me faça sentir mal deixo de ser sua secretária imediatamente.”

P: “Só isso? Achei que fosse me pedir algo mais vantajoso.”

Não aguento a piada e acabo a provocando, mas ela não deixa barato e retruca comigo.

A: “Se for para continuar com suas gracinhas e insinuações pode ir embora e não me procure mais.”

Fala toda bravinha e se levanta do sofá, acabo agindo no impulso e a seguro pelo braço, no exato momento em que toquei sua pele, senti uma espécie de choque, um arrepio percorreu meu corpo inteiro, algo que nunca senti antes. Quando olhei em seus olhos pude ver que ela também sentiu isso, solto rapidamente seu braço e volto a falar.

P: “Desculpa, eu prometo que serei educado, cauteloso e tentarei evitar ao máximo minhas provocações.”

Então ela aceita minha proposta, e depois nos despedimos falo que amanhã ela já deve começar a trabalhar às oito horas da manhã, digo que Marlene já estará a aguardando para ensinar tudo o que deve saber.

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