Alice Albuquerque
Eu a agradeço por tudo mas digo que não irei aceitar, ele foi muito grosseiro comigo e não vou aceitar ele agir assim. Ela disse que sente muito e já estava gostando da minha companhia, eu a abraço, me despeço dela e volto ao meu trabalho na clínica. Comi um lanche no caminho de volta a clínica, pois já estava atrasada, chego na clínica e minha companheira Brenda avisa que o dr Esteves quer falar comigo, então sigo até sua sala. Bato na porta peço licença e ele me dá permissão para entrar e pede que eu me sente. Então ele começa dizendo que está muito contente com meu trabalho durante todos esses anos, que nunca terá uma secretária como eu, por fim diz que estou demitida. É sério isso gente?! Precisava ter ficado me bajulando tanto se iria me demitir sem mais nem menos. Mesmo assim eu o agradeço pela oportunidade e por toda ajuda que tive esses anos trabalhando lá, me despedi da minha companheira e fui para casa. Confesso que fiquei um pouco decepcionada com essa demissão, logo agora que rejeitei a proposta do insuportável CEO de gelo. Mas resolvi que iria descansar um pouco até encontrar outro emprego. Fui para casa, tomei um banho relaxante, liguei para meus pais, estava com saudade e acabei contando a notícia a eles, me deram total apoio nas minhas decisões e me fizeram prometer que irei passar um final de semana com eles. Meus pais moram no interior de São Paulo, eu resolvi vir morar na cidade grande depois de uma difícil desilusão amorosa, queria mudar de vida e começar do zero, esquecer todo sofrimento que estava tendo lá. Depois de organizar toda minha casa, resolvi descansar um pouco, peguei uns salgadinhos, deitei no sofá, liguei a TV e coloquei um filme, passou alguns minutos meu celular começou a tocar, olhei na tela e vi que era do Grupo Reis, achei melhor não atender, pois pela hora não deveria ser dona Marlene e sim o Sr. Gelo. Hoje foi um dia difícil, primeiro a discussão no elevador, depois na sala dele e por fim fui demitida, não quero continuar discutindo com ele, só quero descansar e relaxar até pensar o que fazer da minha vida. O filme já estava na metade, quando ouvi a campainha tocar, achei estranho pois Sr. Olavo não me avisou que estava subindo ninguém, abri a porta devagar e quando olhei quem era, levei um susto, Sr. coração de gelo em pessoa, na minha porta. A: “O que você está fazendo aqui?” Falei sem rodeios e quando olhei em seus olhos vi que estava me encarando de cima a baixo e então me dei conta que estava de pijama. P: “É assim que recebe suas visitas?” Tentei me esconder atrás da porta e ele deu sua risadinha sarcástica. Mas não me deu tempo de resposta e continuou. P: “Já que resolveu dar uma de difícil, tive que vir pessoalmente.” A: “Chega. Quem não está com saco para pessoas como você sou eu, se não te atendi é por que não quero falar com você.” Tentei fechar a porta mas fui impedida por uma mão grande e forte. P: “Eii calma… eu vim em paz, preciso conversar com você.” Ele fala sério e com seu tom autoritário de sempre. Fiquei meio constrangida devido estar de pijama e ele não parar de me encarar. Ele percebeu meu desconforto e começou a rir, uma gargalhada gostosa e ao mesmo tempo se achando, tipo dono de si, aquela pessoa que sabe que pode tudo e sabe do efeito que está causando em mim. Eu fiquei ainda mais sem jeito, gostei de vê-lo dessa forma, mais espontâneo, mas não quis demonstrar isso a ele pois nem nos conhecemos direito. Então o convidei para entrar e pedi que esperasse me trocar. Quando voltei para a sala, ele estava em pé olhando meus porta retratos no aparador. P: “Quem são esses? A: “Meus pais.” P: “Por que não moram com você ?” A: “Eles não gostam da cidade grande.” Procuro ser curta para não aprofundar esse assunto novamente. P: “Hum, bom vou ser direto, vim pedir desculpas pelo que aconteceu hoje na empresa e preciso que aceite ser minha secretária.” Eu juro que fiquei sem reação e mexida com essa atitude dele, pois desde que nos vimos ele foi muito grosseiro, agora está na minha casa pedindo desculpas, sinto que é verdadeiro. A: “Tudo bem, eu também lhe devo desculpas, tenho a língua um pouco solta e quando fico nervosa não me seguro.” Ele solta um risinho sarcástico e volta a falar. P: “Confesso que nunca ninguém foi capaz de falar comigo do jeito que vc falou hoje. Gostei de ver que não se deixou abalar com minhas provocações, por isso pedi que Marlene não a deixasse sair, porém mais uma vez você me afrontou, e quando liguei para me desculpar novamente me ignorou.” A: “Não tive um dia bom, então não queria discutir novamente com você...” P: “Como sabia que era eu quem estava ligando?” Interrompeu minha fala e vi surpresa em seus olhos, mas logo volta seu olhar penetrante e desconcertante sobre mim.Alice Albuquerque Eu não consigo entender como ele pode estar me causar certos sentimentos, eu sempre tive nojo e repulsa de homens no geral. Me concentro para responder sua pergunta e não ficar pensando em coisas indecentes. A: “Eu imaginei que seria você devido ao horário, não acho que dona Marlene viva na empresa como você.” P: “Então quer dizer que você acha que eu vivo na empresa?” A: “É o que diz alguns sites e páginas de fofocas. Kkkk incluindo levar suas modelos para lá também.” P: “Pelo visto gosta de páginas de fofocas e de saber sobre minha vida! Já que é a segunda vez que fala isso hoje.” A: “Não gosto de saber sobre sua vida, só procurei me informar melhor quando descobri que teria uma entrevista na sua empresa.” P: “Por que na minha empresa?” Fiquei confusa com sua pergunta e também um pouco pensativa sobre o que ele estava querendo saber. A: “Por que vocês publicaram em vários meios de comunicação que estavam com uma vaga de auxiliar administrativo a
Pedro Reis Meu dia já amanhece péssimo com a notícia que minha secretária se demitiu, fiquei nervoso pois minha agenda estava lotada de reuniões e a maluca resolveu me deixar na mão logo hoje?! Quando chego na empresa sou surpreendido com uma destrambelhada trombando comigo no elevador, e ainda por cima quis me dar lição de moral. Mas não parou por aí, soube que teria uma candidata à vaga de auxiliar administrativo e então pedi a Marlene para ver se a mesma tinha competência de ser minha secretária e ela afirmou pois a garota já trabalhava como secretária. Quando ela chega em minha sala com a tal garota fico nervoso e surpreso com quem vejo, a mesma garota do elevador. Peço que Marlene nós deixe a sós, assim ela faz, a garota ficou sem jeito quando me viu mas não parou de me enfrentar e tivemos outra discussão. E a afronta dela não parou por aí, me deixou falando sozinho e ainda bateu a porta da sala na minha cara. Essa mulher vai ser minha perdição, já está me deixando d
Pedro Reis Pego o telefone e ligo para Alice, porém ela não me atende, resolvo ir até sua casa, quando chego consigo convencer o porteiro a me deixar subir sem avisa-la, pois tenho certeza que ela não aceitaria me receber se soubesse que estou aqui. Toco a campainha e quando ela abre vejo sua cara de surpresa, mas eu não fico muito atrás, ela abriu a porta de pijama, isso mexeu comigo de uma forma que não gostei. Aquele fino pedaço de pano não estava me ajudando a concentrar no que vim fazer. Tento ser sarcástico e ela me dá uma resposta que me fez pensar no que aconteceu na empresa, ela realmente ficou sentida com a forma que a tratei pois ela repetiu exatamente o que eu disse no elevador. Fiquei incomodado, não queria ter tratado ela daquela forma, mas meu dia foi uma bosta e acabei descontando nela. Ela me dá permissão para entrar e diz que vai se trocar, graças a Deus, não sei se conseguiria conversar com ela daquele jeito. Vejo algumas fotos, dela e um casal mais vel
Alice Albuquerque Acordo animada para meu primeiro dia no Grupo Reis, confesso que ansiosa também, como será que vai ser trabalhar diretamente com o Sr. Gelo, preciso controlar minha língua para não o chamar assim pessoalmente. Levanto faço minhas higienes, separo um vestido preto, na altura do joelho, colado ao corpo, coloco uma sandália nude de salto não muito alto pois não sei como será minha rotina, deixo meus cabelos semi preso. Saio de casa no meu carrinho velho, mas é meu e não devo nada a ninguém. Chego na empresa adiantada, estaciono meu carro em um estacionamento próximo, desço e sigo para a recepção, Júlia faz meu cadastro e me entrega um crachá que terei que usar para poder entrar na empresa todo dia, a agradeço e subo para o meu andar. Resolvo parar no andar de dona Marlene, mas ainda é cedo e ela não chegou, então vou direto para o décimo andar, chegando encontro tudo quieto e uns papéis desorganizados em cima da mesa, pego todos e vou colocando em ordem alfabé
Alice Albuquerque Renan é adorável, está sendo muito atencioso e estou me divertindo com ele. Estávamos quase terminando as visitas quando vejo Pedro vindo em nossa direção com a cara fechada parecia que ia soltar fogo pelas narinas. Então paro de rir da piadinha que Renan acabou de fazer e o encaro parado em nossa frente. P: “Alice estou te procurando a quase uma hora, não estou pagando seu salário para ficar de risadinhas com moleques nos corredores da minha empresa.” Ele termina a sua fala disparando um olhar fuzilador para Renan. A: “Não estou de risadinhas com moleques pelos corredores, o Renan está me apresentando a sua empresa a pedido de dona Marlene.” Fecho a cara igualmente a ele e continuo o encarando, então Renan da uma tossidinha chamando nossa atenção, ele encosta no meu braço e diz… R: “Alice minha querida, vou deixar vocês a sós e voltar ao meu trabalho. Qualquer coisa sabe onde me encontrar.” Pedro nos interrompe e acaba sendo muito grosseiro com Renan
Alice Albuquerque Pedro está agindo muito estranho, parece até que ficou com ciúmes de me ver andando com Renan. Mas isso não tem cabimento, só pode ser coisa da minha cabeça. Ele nem se quer me deixou pegar a minha bolsa, fomos direto ao restaurante que aconteceria a reunião com os chineses, ele apenas pegou meu celular. Fiquei brava com a atitude dele de querer mandar em mim, mas não quis criar atritos com ele logo no primeiro dia. Então entrei no carro e fiquei em silêncio o caminho todo. A reunião correu tudo bem, ele me fez ficar sentada na mesa ao lado da mesa em que ele estava com os chineses, simplesmente sem fazer nada, só olhando eles conversar. Fico pensando se todas as reuniões serão assim ?! Um tédio total. Pedro se despede dos chineses e então eles vem se despedir de mim, apertamos as nossas mãos e eles vão embora. Vou até a mesa onde eles estavam e começo preparar os documentos que estavam em cima da mesa para podermos ir de volta a empresa, pois está quase
Alice Albuquerque Fico meio sem jeito com o que ele me disse, não deixa de ser verdade que eu preferiria estar com Renan em outro lugar mais simples do que estar em um restaurante muito chique com meu chefe Sr. Gelo, mas não posso fazer desfeita com ele e também preciso avisar Renan, não vou deixar ele ficar me esperando a toa. A: “Você pode por gentileza me dar licença?” Olho para ele que faz cara de indiferença, então levanto em direção ao banheiro e ligo para a Julia e peço que transfira para dona Marlene. Ela atende rápido e peço desculpas por estar incomodando ela e peço que me passe o telefone de Renan, ela prontamente me passa mas me fala uma coisa que me deixa pensativa. M: “Alice querida, tenha paciência com Pedro, é tudo novo para ele.” Fala isso e desliga o telefone sem nem me dar espaço para perguntas. Adiciono o número de Renan e mando uma mensagem dizendo que não poderei comparecer no almoço. Volto para a mesa e vejo Pedro mexendo no celular. Quando vou pu
Alice Albuquerque Olho no relógio e vejo que já está na minha hora de ir embora, então resolvo encarar o Sr. Gelo, bato na porta e espero que ele me dê permissão para entrar. A: “Licença, você vai precisar de mais alguma coisa ?” P: “Não.” A: “Estou indo, boa noite!” Digo e me viro para sair mas ele me chama. P: “Alice… você conseguiu organizar a minha agenda?” A: “Sim, está toda organizada até os compromissos dos próximos meses, falta somente alguns pequenos ajustes, mas conforme for tendo novos compromissos é só irmos acrescentando.” P: “E você fez tudo isso sozinha?” A: “Claro, por acaso tem outra secretária que eu não esteja sabendo? Eu aprendo fácil. Kk” Ele fica me olhando fixo por um tempo, acho que tempo demais, então resolvo me despedir novamente. A: “ Bom já deu minha hora, vou indo. Boa noite, até amanhã e tenha um bom descanso!” P: “ Eu te levo para casa, só espere um minuto.” A: “Não precisa, eu vim no meu carro. Obrigada!” P: “Mas onde você