Capítulo 20 - Felipe e Martha

Naquela quarta-feira, 22 de dezembro de 1993, sob as ordens do “capitão” Lúcio, me apresentei ao trabalho a bordo do Desert Rose. Varrer, lavar, enxugar, esfregar… Ainda que o piloto fizesse muito pelo barco, havia sempre o que limpar.

No mesmo dia, vi Manoel a distância, mas não tive coragem de falar com ele. Precisava dar um tempo ao meu pai. Os Niechtenbahl não apareceram, nem mesmo Wolf, que pensei ser presença garantida em meu primeiro dia em sua lancha.

Os Ruiter também não se fizeram presentes. Minha mãe me levou comida no barco e revelou que meu pai já sabia do trabalho ali. No final da tarde, Lúcio me dispensou e, após despedir-me de Eliza, tomei o rumo da casa de Felipe.

Ao entrar pela porta da frente, algo que Felipe sempre dizia para eu fazer, encontrei a casa vazia. Então, fui até a piscina e lá estavam Ana e Andrea, na

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