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Capítulo 3

Acordei com a maior dor de cabeça da minha vida, eu não pretendia beber, nunca mais.

Era mentira isso.

Pisquei várias vezes e sinceramente não reconheci aquele lugar, eu não estava no meu quarto, eu, de certeza não estava no meu quarto, nem de longe, esse quarto era grande muito grande e cheira a brisa marítima, os tons da decoração são cinza quando no meu quarto é um castanho leve.

Eu estava na cama e quando levantei me apercebi que ela ficava no meio do quarto, tinham duas portas aqui, uma do lado esquerdo e outra do direito, penso que são, a casa de banho e um armário possivelmente.

Levantei da cama e vi um analgésico e um copo de água, na banca perto da cama, não hesitei em beber para que aquela dor aguda parasse.

Sentei na cama e tentei me lembrar da noite passada.

Eu saí com a Weza, fomos a uma boate onde encontramos o Damon e depois acho que vi o Mart, a Weza e o Dame desapareceram e eu fiquei lá sozinha até um estranho chegar, lembro que ele era bonito, e ficou conversando comigo até provavelmente a hora que saí de lá, ou seja, saímos, lembro de entrarmos num carro e depois não me lembro de mais nada.

Será que é na casa desse estranho que eu estou? Meu pai, fui sequestrada? Qual foi a minha de entrar num carro preto de noite com um estranho? Fiquei maluca? Não é possível, se a Lia soubesse meu Deus, eu seria morta, feita em pedacinhos e muito bem queimada, não, não, e se a minha mãe soubesse? Eu definitivamente deveria pensar em maneiras de fugir do país.

Como é que ele se chama mesmo?...alguma coisa com B, Bráulio? Bernardo? Brandon?

Pensei durante uns breves segundos e o nome veio como uma lâmpada na minha cabeça.

Bruno

Bem no momento em que me lembro do nome dele ouço uma batida na porta e depois ela é aberta. E um Bruno com os cachos húmidos um sorriso radiante entrou no quarto e fechou a porta.

— Bom dia - falou quando se aproximou e sentou na cama.

— Mmm, Bom dia - falei e dei espaço pra ele sentar porque veio sentar perto de mim.

— Como está a sua cabeça?

— Boa, o analgésico me fez muito bem obrigada - falei com um breve sorriso.

— Você se ...Mmm... lembra de mim? - Perguntou um pouco indeciso.

— Sim Brunozinho, lembro muito bem - falei e sorri com a alcunha estúpida que achei pra ele.

— Não me chames assim, tudo em mim é grande - falou com o maior sorriso do mundo.

— Os homens não dizem sempre isso pra impressionar? -Perguntei provocativa.

— Quer confirmar? - Respondeu no mesmo tom.

— Que tal outro dia? - Rimos por um bom momento e depois perguntei.

— Porquê que eu não estou em casa?

— Bom você está em casa, na minha casa - falou brincalhão.

— Sim, quero dizer na minha casa?

— Bom eu perguntei onde é que você vive quando entramos no carro

e você disse que queria ir pra casa da sua amiga Weza e quando eu ia perguntar onde é, você adormeceu, tentei inutilmente te acordar, o que não aconteceu, como não podíamos ficar no carro pra sempre trouxe pra minha casa.

Bom sim tirando a pergunta que eu não ouvi a história é exatamente conforme eu me lembro antes de adormecer.

— Obrigada, foi muito bom da sua parte trazer uma estranha pra sua casa, foste muito atencioso.

— Nós conversamos por duas horas não podia deixar você lá. – falou com uma expressão séria.

— Ainda assim, era uma completa estranha, já imaginou se eu tivesse planejado aquilo tudo, fingir que estava bêbada só pra te atacar quando você quisesse me levar pra casa? ou se eu tentasse matar você ou alguma coisa assim, e se... e se...

— Você é meio paranoica? - ele riu.

— Honestamente nem sei como é que entrei no seu carro, eu definitivamente estava bêbada.

— Só não se preocupe muito com isso.

— Obrigada - falei e não sei porquê, mas corei.

— Não agradeças. O que você acha de descer pra comer?

E de repente o meu estômago fez um barulho intenso, eu estava com fome mesmo.

— Acho que isso é um sim certo?

— Sim, mas eu podia usar o banheiro antes?

— À-vontade, tem umas roupas acho que confortáveis no armário caso queiras te trocar, depois só tens que descer as escadas.

— Obrigada mais uma vez - falei e lhe dei um beijo na bochecha e parecia até mentira, mas ele corou.

— Não agradeças - falou e com um sorriso amplo saiu do quarto fechando a porta.

Terminei o meu banho e coloquei um vestido de flores simples e confortável que encontrei no armário, tirei o meu celular da carga onde eu acho que o Bruno deixou e, assim que o liguei fiquei espantada.

10 chamadas não atendidas de Weza.

7 chamadas não atendidas de Lia.

5 chamadas não atendidas do Dame.

E quatro chamadas não atendidas da última pessoa que eu achei que podia me ligar, Chace, o meu namorado.

Voltei a desligar o celular o coloquei na minha bolsa na cadeira perto do armário e abri a porta do quarto, eu realmente tinha fome.

Desci as escadas cautelosamente, porque a casa era enorme e linda, tudo tão maravilhoso, tudo moderno e sofisticado. Enquanto descia ouvi vozes desconhecidas o que queria dizer que ele não vivia sozinho.

Será que a namorada dele está aqui?

Pensei em voltar a subir as escadas, mas o cheiro de café com leite falou mais alto eu realmente tinha fome.

Continuei a descer até ao fim e estava num corredor onde tinham quatro passagens uma esquerda outra a direita, uma afrente de mim e outra atrás das escadas. Fui por onde bateu o instinto, passei pelo caminho de frente e saí numa sala bem grande e muito bonita, creio que seja a sala de estar, fiquei perdida a olhar os mínimos detalhes que formavam aquela sala quando uma voz me tirou da minha admiração.

— Theoany- virei e vi o Bruno agora com os cachos secos e outra vestimenta, creio que não havia tomado banho quando subiu.

— Obrigada por aparecer acho que me perdi, essa casa é... enorme.

E quando terminei de falar olhei para um Bruno que não parecia estar aí, embora estivesse.

— Hey! - Exclamei e mesmo assim ele não parecia estar aí. — Bruno, falei e belisquei o braço dele.

— Ah, desculpa mm... eu... Esse vestido é confortável? - perguntou completamente atrapalhado.

— Sim muito obrigada - falei e dei uma volta pra ele ver.

— Ok, vamos — ele me puxou não pelo mesmo corredor por onde eu vim, passamos por uma porta e chegamos à cozinha maravilhosa

Quando entramos as vozes pararam eu estava atrás do Bruno e lógico não vi ninguém, mas pelas vozes tinham pelo menos 3 pessoas aqui, homens.

— Bom, pessoas está é a Theoany, uma amiga. - falou quando me puxou de trás dele e eu avistei a cozinha que era maravilhosa, ainda mais do que a sala. E também três caras extremamente lindas. Não que eu fosse trair o Chace e não o achasse bonito ele é, uma beleza arrebatadora, embora nestes últimos meses se tornou num completo idiota, é um idiota lindo e independente de tudo, eu o amo.

Mas beldades como as que eu estava a ver agora tinham que ser reconhecidas. Eu fiquei perdida durante um tempo, até que saí do meu transe.

— Prazer, eu sou o Dakota Stuart Irmão do Bruno. - Apresentou- se a primeira beldade que tinha um piercing no nariz e uma tatuagem no braço notei porque ele estava com uma camisa de mangas curtas.

— Anh, olá Theoany - estendi a mão e apertei e ele era quente ou estava quente naquele momento.

Depois veio o segundo da mesma altura que o Dakota, só que esse usava óculos e tinha olhos verdes, o cabelo desarrumado, ele era simplesmente lindo.

— Prazer Theoany, Edward Lawrence, Irmão do Bruno.

— O prazer é todo meu - Falei e dei o meu sorriso mais lindo.

Até se desfazer quando o terceiro se aproximou de mim e me deu um abraço.

Ele era a definição de... De... Tem nem palavra até.

Olhos azuis, cabelo castanho claro ondulado, lábios muito rosados sem dizer que ele, tinha o melhor sorriso de todos os tempos. Em comparação ao Dakota ele tinha um piercing no lábio inferior.

— Kyle Stuart, irmão do Bruno. - Ele sorriu.

— Prazer - falei perplexa até nos ossos.

— Prazer só na cama.

— Disso eu não duvido - murmurei baixinho e me virei ao Bruno, ele que estava com sorriso dos infernos.

— O quê? - Perguntei.

— Vem vamos comer - ele me puxou entre o olhar sugestivo dos seus irmãos e sentamos na mesa onde eles estavam.

Isso vai ser interessante.

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