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Capítulo 6

— O que foi meu bem? - Perguntou entre o beijo. — Não sentiu saudades? - ele fez uma cara confusa.

— Porquê você está aqui? - Perguntei enquanto ele continuava me apertando.

— Já era hora de voltar. Voltei ontem e decidi te fazer uma surpresa, mas pro meu desgosto você não estava em casa, então eu fui pra minha casa, deixei a hora passar tentei ligar, mas não estava disponível, deixei amanhecer, mas não voltei a ligar pra você, liguei pra Lia primeiro e ela disse que não dormiste em casa e que provavelmente estavas com a Weza, então eu pensei pode ser isso... Vamos tentar solucionar isso.

Olhou pensativo pra Weza.

— Liguei pra Weza e olha só... você não estava com ela também, deves imaginar o quão preocupado eu fiquei - falou enquanto caminhava pelo quarto com as mãos nos bolsos.

— Eu não vi o seu carro lá fora.

— Pensei em te fazer uma surpresa novamente, mas pro meu maldito e fodido azar - riu de desgosto. — Você ainda não estava aqui, a Lia disse que eu podia esperar talvez voltasses cedo e cá estou eu. Graças a Deus é o meu dia de sorte.

Ele sentou na minha cama.

— Mas agora minha princesa, eu quero saber onde é que você estava, não dormiste na casa da Weza isso eu sei, onde é que estavas?

— Eu dormi na casa...de um amigo. - Falei simplesmente.

— Mm entendo perfeitamente... - parou por um tempo. — Então agora é assim? Você dorme na casa dos teus amigos sem avisar antes?

O quê?

— Desde quando é que eu tenho que pedir permissão pra fazer alguma coisa?

— Desde que você é minha namorada, e eu mereço saber pelo menos - falou quando caminhava na minha direção.

— Como é que é? Você sumiu por um mês, ficou sem falar comigo, durante um longo e fodido mês, eu fiquei sem notícias suas e agora que voltaste achas que podes exercer algum poder em mim? O quê, veio dar uma de namorado preocupado? Esquece isso Chace.

— Vim dar uma? Eu fiquei preocupado porra, você não dormiu na casa da sua amiga, o teu celular estava desligado, oh espera, eu tinha que adivinhar que você decidiu dormir na casa do teu amigo que eu não conheço certo? - Perguntou sarcástico.

— Chace eu não quero brigar, o Bruno nem tem nada a ver com isso, se vieste pra isso vai embora.

— Eu estou bem pouco me fodendo pra se o teu amigo do caralho tem ou não nada a ver com isso, é por causa desse filho da p**a que nós estamos a gritar um com o outro porra.

— Você é o único que está a gritando, atenção, e eu se fosse a ti agradecia ao filho da p**a por ter me levado pra casa dele, caso contrário eu estaria bêbada e provavelmente morta a essa hora.

Ele olhou pra mim por uns breves segundos, parecia refletir sobre o que eu falei.

— Você estava bêbada? - Perguntou com os olhos arregalados.

— Sim, eu estava e daí?

— Com um estranho?

Confirmei.

— E daí que alguma coisa poderia ter acontecido contigo Theo, quão difícil é pra você entender o ponto da coisa? - Ele falou e sinceramente parecia sério e preocupado.

— Mas não aconteceu Chace, graças ao filho da p**a pela qual estamos a gritar um com o outro.

— Você não nota que isso é errado, você não pode sair por aí, sozinha a beber a torta e a direita, apagar e um estranho te levar pra casa. Meu Deus Theo, o mundo é tão perigoso e você toma essas atitudes bem infantis, já pensou se alguma coisa errada acontecesse, Meu Deus se ele te violasse? Ou se você caísse no meio da rua. Ou, quero nem pensar nas possibilidades, não voltes a fazer isso Any!

— Chace...

Bom...eu realmente fui uma estúpida por ter feito aquilo, mas eu não saí de casa sozinha, pra ser sincera preferia ficar em casa a chorar por você né.

— Any... - ele esfregou as têmporas... só me chamava assim quando estava a implorar por alguma coisa.

— Eu não posso prometer nada.

Eu definitivamente não ia fazer de novo, mas ele não tinha que saber.

— E porque não? Hamm Theo? Achas que a qualquer momento podes voltar pra cama dele não?

Eu fechei os meus olhos por um momento.

— Chace vai embora...

— Theo!

— Saí da porra da minha casa agora! - gritei.

— O quê que se passa com você Theo? - Murmurou parecendo cansado.

— Vai embora Chace, por todo fodido amor que você sente por mim, vai embora, por favor- Falei com os olhos já marejados.

— Essa conversa não terminou aqui, você tá cansada da sua noite embriagada, eu vou deixar você descansar hoje, mas amanhã eu vou voltar e nós vamos passar o dia juntos, eu... – tentou se redimir. — Desculpa ter gritado com você - falou e meio que parecia arrependido – A gente se vê amanhã. - Ele levantou se e antes de sair do quarto me deu um beijo castro nos lábios.

Merda.

Às vezes, estou pra baixo

Às vezes, estou quebrado

Porque às vezes essa cidade

Não é nada além de fumaça

Existe um segredo?

Existe um código?

Podemos fazer melhor?

Porque estou perdendo a esperança

Diga-me como viver neste mundo

Diga-me como respirar e não sentir dor

Diga-me, porque eu acredito em algo

Eu acredito em nós

Depois dos destroços

Depois da poeira

Eu ainda ouço o uivo

Eu ainda sinto a pressa

Sobre os tumultos

Acima de todo o barulho

E através de toda a preocupação

Ainda ouço sua voz

Então me diga como viver neste mundo

Diga-me como respirar e não sentir dor

Diga-me, porque eu acredito em algo

Eu acredito em nós

Diga-me como respirar e não sentir dor

Diga-me, porque eu acredito em algo

Eu acredito em nós

Depois dos destroços

Depois da poeira

Eu ainda ouço o uivo

Eu ainda sinto a pressa

Sobre os tumultos

Acima de todo o barulho

E através de toda a preocupação

Ainda ouço sua voz

Então me diga como viver neste mundo

Diga-me como respirar e não sentir dor

Diga-me, porque eu acredito em algo

Eu acredito em nós

Então me diga como viver neste mundo

Diga-me como respirar e não sentir dor

Diga-me, porque eu acredito em algo

Eu acredito em nós

Diga-me, quando a luz apagar

Que mesmo no escuro podemos encontrar uma saída

Diga-me agora, porque eu acredito em algo

Eu acredito em nós

Nós costumávamos ser crianças vivendo apenas por diversão

Em assentos de cinema, aprendendo a beijar

Correndo pelas ruas pintadas de ouro

Nós nunca acreditamos que cresceríamos assim

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