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Capítulo 11

Quando eram 22h, voltei a subir ao meu quarto e ouvi músicas aleatórias para adormecer, no momento ouvia Idfc do Blackbear.

Me conte lindas mentiras

Olhe nos meus olhos

Diga que me ama

Mesmo que seja mentira

Porque eu tô pouco me fodendo, mesmo

E você ficou fora a noite toda

Eu não sei onde você esteve

Você está gaguejando todas as palavras

Não está fazendo nenhum sentido

Mas eu tô pouco me fodendo mesmo

Porque eu tenho muitos sentimentos por você

Eu ajo como se não me importasse

Como se eles nem existissem

Porque eu tenho muitos sentimentos por você

Eu ajo como se não me importasse

Porque eu estou assustado pra caralho

(Ooh-ooh-ooh-ooh)

Eu sou apenas um tolo por você

E talvez você seja boa demais para mim

(Ooh-ooh-ooh-ooh)

Eu sou apenas um tolo por você

Mas eu tô pouco me fodendo

Eu tô pouco me fodendo

Eu tô pouco me fodendo

(Ooh)

(Ooh)

(Ooh)

(Ooh)

Você me contaria mentiras?

Olhe nos meus olhos

Diga que me ama

Mesmo que seja falso pra caralho

Eu não tô pouco me fodendo mesmo

E você ficou fora a noite toda

Eu não sei onde você esteve

Você provavelmente tá transando

Você provavelmente está dando um oral

Mas eu tô pouco me fodendo mesmo

Porque eu tenho sentimentos por você

Eu sou apenas um tolo por você

E talvez você seja boa demais para mim

(Ooh-ooh-ooh-ooh)

Eu sou apenas um tolo por você

Mas tô pouco me fodendo

Eu tô pouco me fodendo

Eu tô pouco me fodendo

Pouco mesmo

Oh, sim

Oh, sim

Oh, sim

Mhhhh

Oh, yeah

Oh oh oh oh oh

Eu sou apenas um tolo por você

Oh oh oh oh oh

Mas eu tô pouco me fodendo

Eu tô pouco me fodendo

E a história se repete...

....

– Ah eu não entendi. - falei quando o filme terminou.

– O que exatamente? - o Chris perguntou meio distraído.

– Acho que todo filme mesmo. – falei coçando a cabeça.

Hoje eu estava meio lerda.

– Eu vou explicar pra você. Eles eram cinco e foram sempre amigos, só que um deles sofria bullying pelos próprios amigos. Ele era meio nerd então os outros gozavam com a inteligência dele, só que ele era meio tapado e deixava as coisas acontecerem sabe.

– Isso eu entendi Chris.

– Só que aí eles crescem e um deles morre aparentemente por acidente.

– Sim.

– Só que não foi um acidente, o nerd já planeava isso faz tempo.

Um deles morre, eles conversam sobre começar um negócio onde os quatro são sócios, mas não têm dinheiro pra financiar, aí o nerd diz que tem alguém que pode ajudar e ficou tudo bonito.

– Foi o que eu pensei.

–Mas do nada o negócio vai a falência, às ações deles não valem nada e eles devem 400 mil a um cara que afinal é da máfia. Eles não têm esse dinheiro, então o mafioso faz um negócio com eles porque a sobrinha foi sequestrada pelo sobrinho de outro mafioso, e aí, esse cara que sequestrou a sobrinha dele tem um irmão então ele diz, tragam o irmão dele pra mim que eu faço a troca com a minha sobrinha e fica tudo bom entre nós.

– Só que aí deu uma reviravolta que eu não entendi.

–Pois é, mas lembra do nerd? O cara que ele foi pedir o dinheiro é tio dele. Ele conversou com tio pois descobriu que o irmão do cara que Supostamente " sequestrou a sobrinha do tio dele" é um bufo sabe, aqueles caras que são da máfia mas dão informações a polícia.

E o nerd conversou com tio dele e contou que o sobrinho é um deles, e o tio disse que daria 2 mil dólares pra quem encontrasse o sobrinho.

Ele armou isso tudo com o tio dele pra foder com os amigos que sempre gozavam com ele.

Ele fez os amigos sequestrarem e matarem alguém, e ele ficou com os dois mil dólares. - O Chris falou

– Foi muita inteligência por parte desse nerd.

– Pois foi, interessante de mais pra ser verdade.

— Vamos ver outro? – perguntei porque hoje era dia de maratona de filmes, e a gente já tinha visto uns três. Ele sequer respondeu quando ouvi o meu celular tocando do meu quarto, pedi licença e deixei o Chris e uma lia dorminhoca no sofá e fui buscar o meu celular.

Quando entrei no quarto ele parou de tocar, quando peguei pra ver quem era voltou a chamar, era o Bruno.

Ligação on:

– Hey Theo

– Hey Bruno.

–Espero não estar incomodado.

–Não, não estava a fazer nada de interessante mesmo. - falei e sentei na minha cama

–Oh, isso é bom...mm... Você por acaso...Mmm... quer sair comigo? - perguntou entre cortes.

–Pode ser, quando?

— Hoje.

–Hoje?...não é tarde já? - perguntei e olhei as horas, eram oito da noite já.

–Tens toda razão, eu deveria ter ligado mais cedo, eu peço desculpas por incomodar Theo. - falou e eu pude notar que estava cabisbaixo.

–Não...- pensei por segundos. –Porquê não mesmo? Podes me pegar daqui a trinta minutos?

–Sério? Claro...eu passo aí daqui a pouco.

— Claro, depois então.

— Depois Theo. - falou e desligou.

....

– Eu acho que não devia ter escolhido romance. - falou o Bruno.

– Porquê?

– O caminho todo até ao cinema você não parava de falar, mas depois do filme e no caminho até aqui, você ficou completamente silenciosa.

– Eu peço imensa desculpa se estou a deixar você desconfortável...é que... Foi um filme interessante...e triste.

– Triste porque ele partiu? Ele tinha que partir, a doença que ele tinha podia matar ela. - O Bruno falou quando deu um gole na sua coca.

– Não, porque... embora ele a amasse, ele se apercebeu que não podiam ficar juntos, por causa das circunstâncias. - falei pensativa.

– Acho que de alguma maneira, você se identificou com isso.

— Nem por isso... O Chace e eu, terminamos.

– Eu não tive tempo de me desculpar pela última vez. Eu não devia ter agido daquela maneira. Me desculpe por isso.

– Aguas passadas Bruno. - falei ainda pensativa.

– E você... quer falar sobre isso?

– Isso? - perguntei

– Você e o... Chace.

Ele falava, mas eu notava que ele estava meio hesitante.

– Eu acho que seria um desconforto pra você ouvir uma mulher reclamando de um outro homem. - falei meio sem jeito.

– Ah, mas você não estaria reclamando, somos duas pessoas adultas que decidiram ter uma conversa. Toda gente conversa, não precisa se sentir acanhada comigo, se quiser falar, estarei ouvindo.

– É... Mas é difícil.

– Às vezes falar com um estranho chega a ser mais confortável e fácil que falar com um conhecido.

– Pois é.- falei por fim depois de segundos.

Cá vai então.

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