— As coisas desmoronaram rápido demais. Eu pensei que estivéssemos bem... que estivesse tudo bem. Mas quando ele voltou de uma viagem que fez cm o irmão... algo já não estava bem. - falei pensativa.
— Você acha que aconteceu alguma coisa lá onde eles estavam?
— Eu não sei..., mas se tivesse acontecido não vejo o porquê de me ocultarem Bruno. O chace mudou, muito, houve tempos em que ele nem me deixava tocar nele. Oque que faz um homem não querer nem um toque da própria namorada?
— Sinceramente... nem imagino.
— Eu tentei conversar, dar tempo, eu estive sempre aí pra tudo, pra ele, mas ele não consegue nem me dizer o que o aflige. - falei triste.
— Algumas pessoas só precisam de mais tempo, talvez ele seja uma dessas pessoas.
— Pode ser, ninguém sabe mesmo. - Falei pensativa e cabisbaixa.
— Theo você não precisa e nem deve ficar triste por isso, todos os relacionamentos tem dessas cenas, eu, por exemplo estava num relacionamento de dois anos e eu achava que estava tudo perfeito até que ela cansou de fingir que ainda queria estar comigo. Eu cheguei na casa dela e ela me contou tudo e a gente terminou.
— Eu sinceramente achei que estivesse tudo bem, que eu era feliz, que ela era feliz, que nós éramos felizes..., mas não...nós não éramos felizes e eu... eu só fico triste por não ter notado. Eu posso dizer que amava aquela mulher, mas eu não soube dar valor. Não digo que não tínhamos os nossos altos e baixos, tínhamos sim, mas eu não ligava, não me importava e hoje ela está com quem se importa. Se eu tivesse uma segunda oportunidade putz Theo, eu fazia tudo certo, todos os possíveis.
— Ainda a amas?
-Nunca deixei de amar, terminamos há dois anos atrás, seriam quatro anos. Eu nunca deixei e não deixaria de amar Theo, as pessoas não desamam...nunca, e se o fazem é porque nunca amaram na verdade.
— Sentes saudades? – perguntei.
- Imensas...sabe aquela frase de " As pessoas só valorizam quando perdem"? são uma merda...porque chega a fazer sentido. Eu sinto e acho que não é bem assim, as pessoas, todas elas sabem bem que o que tem ao seu redor, sabem perfeitamente o valor que tem, mas acham que nunca vão perder por isso não se vêm na posição ou obrigação de estar a mostrar que o que nos rodeia tem valor.
— A vida é irónica – falei
— Pois é... mas não posso, digo, nós não podemos estar a chorar pelo leite que nos mesmos derramamos. A vida é curta demais pra isso.
— Sabe é estranho eu estar conversando isso contigo, porque nem com a minha irmã eu falo sobre. Era suposto eu considerar você um estranho, mas eu não consigo, sei lá. Você deve ser alguma coisa pra mim.
— Eu posso ser tudo o que quiseres babe. –falou quando encostou no assento com um sorriso presunçoso no rosto.
— Não é a primeira vez que eu falo você e você responde com uma insinuação, muito sexual na verdade. – Falei sorridente.
— Não faço a mínima ideia do que você está falando Theo.
— Não fazes?
— Nem já. – falou em sorrisos.
— Haa – falei sarcástica e mais assuntos aleatórios surgiram depois.
....
— Bom dia! - falei quando alcancei o último degrau das escadas, olhando pra um Chris preguiçoso no sofá e uma Lia a preparar o café na cozinha.
— Bom dia abelhinha.
Eu acho que nunca realmente descrevi o Chris, ele é alto, não tão magro, cabelos castanhos escuros curtos, mas ondulados, olhos pretos e um sorriso avassalador. Ele trabalha numa academia, é instrutor, mas o corpo dele não é tão musculado e exagerado que nem aqueles homens que parece que foram almofadados na tv. O Chris tem um corpo chique.... será que essa expressão existe? Não sei, mas que ele tem, ele tem.
— Bom dia Theo, eu não vi você chegar, nem a sair na verdade, como é que foi o encontro? - Perguntou a Lia quando terminou de preparar o café da manhã e se sentou.
— Muito agradável pra ser sincera - Falei quando alcancei a mesa e sentei também e logo depois o Chris fez o mesmo trajeto.
— Tão agradável assim, pra estares com esse sorrisão? Acho que da próxima vez eu também- Falou a lia
— Ahh então eu vou também, estou mesmo interessado em conhecer esse rapaz e ter um "um-para-um" com ele sabem...cenas de homens.
— Cenas de homens? Desde quando? Eu sempre achei que você amasse o Chace - Falei sarcástica
E me deixem dizer que amar é um termo muito fraco para qualquer que seja o que o Chace sente pelo Chris e o Chris por ele. Parece que são.... Sei lá....eu não diria irmãos porque é bem mais do que isso.
— O Chace é dos meus T, é dos meus homens, é o meu homem e vai ser sempre. - falou orgulhoso e eu sorri.
— O seu Homem? Lia o Chris é gay - falei em gargalhadas — Mana você tem concorrência - falei quando a Lia caiu em gargalhadas.
— Riam-se, riam-se, he's my man.- Falou ainda mais orgulhoso do que antes.
— Oh meu Deus do céu. - Eu gargalhava e fui interrompida pelo celular da Lia que rapidamente atendeu.
— Mãe....tudo bem sim, e com o pai?.... Sim em casa.... claro que não.... A gente não esqueceu mãe.... Não se preocupes.... Sim estaremos aí. - A Lia desligou e eu e o Chris olhamos pra ela e ela estava.... Como explicar?.... Petrificada?
— O que é?
— A nana fez anos hoje, é o 85º aniversário e a gente esqueceu completamente. - Falou
— Putz!- Xinguei em voz alta.
— A gente tem que ir e agora mesmo.
— Agora? Lia são dez horas, não é muito cedo? - perguntou o Chris.
— Cedo? - Ela perguntou com ironia — são quatro horas de viagem, e eu nem preparei nada, ainda temos que passar num super mercado qualquer e comprar alguma coisa, o carro não tem combustível, e está imundo, e nem uma prenda sequer nós compramos. Meu Deus, porquê que eu não lembrei antes? - Falava mais sozinha do que com o Chris.
— Tudo bem, é simples mana ainda temos muito tempo, são só quatro horinhas, e sim, esquecemos, mas há tempo de preparar algo sim. Vamos fazer assim, eu preparo alguma coisa pra levarmos, você vai comprar alguma coisa pra Nana e o Chris vai abastecer e levar o carro numa estação de serviço qualquer. - Falei prestativa, pois só eu sei como a Lia fica quando as coisas não estão sobre o controle dela.
— Ok...Tudo bem então, Vamos.
— Esse bairro é tão calmo - Falou o Chris quando me ajudava a descer com a travessa do carro. — Pois, não mudou absolutamente nada aqui. - Falei quando a gente se dirigia até a porta, tocamos a campainha e em seguida ela foi aberta pela minha mãe. — Vocês chegaram tarde, isso era um almoço, não um lanche. – Começou logo com um sermão. — Senhora Simths, é um prazer vê-la- Falou o Chris ao cumprimentar a minha mãe, ela aceitou o cumprimento sorrindo e depois olhou pra mim. — Você não acha que este vestido é muito curto pra sua idade Theoany? — Eu estou bem obrigada mãe, é sempre maravilhoso ver você preocupada comigo. - Falei sarcástica. — Respeito menina! - Falou quando passei por ela e fui recebida por uma abraço caloroso das minhas sobrinhas, a Grace e Kim. — Tiaaaaaa! - gritaram. — Heiiiiii, - Falei quando me baixei e retribuí na mesma intensidade, e depois elas foram saudar o Chris e a Lia. Quando alcancei o
- Eu gostei de acreditar nisso, e sinceramente...- fui interrompida com a voz do Eli, era a Weza, fiz um sinal com a mão e atendi. - Theo... porquê... o celular...- eu ouvia entre cortes. - Weza, eu não estou ouvindo absolutamente nada, espera, eu vou procurar um lugar. - falei quando olhei pro sinal e eu realmente não tinha rede, entrei em casa pra sair do barulho e ainda não ouvia nada, então subi até ao terraço onde não tinha ninguém e estava bem escuro por acaso, mas a chamada tinha caído e quando eu tentava ligar, dava chamada encerrada. Digitei uma mensagem para a Weza que sinceramente não sei se ela recebeu, parei por um minuto e admirei o ambiente lá em baixo, a nana estava muito feliz e sorridente, as crianças não paravam de correr e gritar como sempre, estava perfeito. Quando recebi uma mensagem, mas não era da Weza. "Muito interessado numa próxima saída, mas dessa vez sem a parte melancólica"- ri da mensagem que o Bruno mandou e quando esta
— Pronto! Chegamos no parque que havia bem perto da casa da Nana e estavam todos lá, todos... até o Chace.Estavam todos equipados, todos até não, só as crianças, os adolescentes e os jovens, nenhum adulto decidiu participar, mas haviam muitas toalhas, caixas térmicas, comidas e até churrasco lá, parecendo um piquenique. Sinceramente não estava a entender absolutamente nada. — Pelo amor de Deus você pode explicar o que tá acontecendo aqui? - perguntei pro Owen. — A nana não gosta de ver as pessoas irem embora com as caras amuadas, então ela propôs que a gente fizesse jogos, uma espécie de mini campeonato sabe. Eu e o Chris aquiescemos. — Mas qual a finalidade disso? - o Chris perguntou com a boca cheia. — Mas tem sempre que ter uma contra partida? A gente faz isso por amor sabem, estar em família...conviver...amor ao próximo, essas coisas bobas de família sabem. — Me poupa Owen. — Ela está dando o prêmio de 2000$.
Acordei cedo, depois dos jogos de ontem na casa da Nana, meu corpo estava a pedir descanso, mas as aulas, os possíveis gritos da Lia se eu não me preparar em menos de 15 minutos, seriam piores que tudo. Fiz todas as minhas higienes matinais, me preparei e desci em direção a cozinha, eram 7h40 min quando desci, e encontrei a Lia a terminar de preparar a lancheira dela, e o Chris equipado para, o dia. — Bom dia família. Gritei desnecessariamente. — Jesus Cristo, a Theo acordou de livre e espontânea vontade. - o Chris fez uma cara de surpresa. —Que milagre, Deus operou, será que é hoje que encontro uma mala de 10.000$ na rua? — Mas você já nasceu assim ou é mesmo o teu passatempo favorito, gozar comigo?
Ele olhou fixamente pra mim por quase três minutos em silencio, com a mão no queixo, o braço apoiado na mesa. Aquele movimento era intrigante e sexy, eu gostei de ver, gostei demais.Foco Theo.— Tudo bem. - falou por fim com um sorriso largo no rosto.—Tudo bem?— Sim, tudo bem, quando estiveres pronta pra viajar é só me avisares.Eu olhei petrificada pra ele, eu achei que eu era louca por fazer essa proposto a um estranho, mas aparentemente ele é mais louco do que eu.— Não queres fazer perguntas? - perguntei ainda espantada.— Não. - ele riu.
Quando o avião pousou, tivemos que alugar uns tantos taxis pra nos levar ao local de destino, e segundo a Weza o nosso destino era a ilha Hanauma Bay para o dia de hoje, Hanauma Bay é uma praia paradisíaca que fica localizada em Honolulu , uma das ilhas mais visitadas do Havaí segundo a Weza claro, a nossa guia turística.Primeiramente paramos no The Kahala Hotel and Resort, ficava a possivelmente 8,5 km de baia de Hanauma Bay. O hotel era enorme, não sei se estava a ficar emocionada demais mas aquilo era espantoso demais.— Por incrível que parece eu também nunca estive nesta parte do Havaí. - o Bruno murmurou.— Eu também já estive aqui, mas esse hotel principalmente é uma novidade pra mim. -o Gray acrescentou.— É simplesmente lindo.— Espero que a estagia seja tão maravilhosa quanto a vista. - a Melissa terminou quando a Weza e o Dame voltavam da recepção.— Bom, como eu já havia feito as reservas foi muito mais r
O Chace realmente me convidou a entrar na água com ele, mas eu não aceitei com muita educação, tudo que eu menos preciso agora era ficar seminua com o Chace tão próximo de mim. Não que ele fosse fazer alguma coisa, mas achei que a decisão mais acertada. Pelo menos acho que foi sim.Quando finalmente entrei na agua me senti tão conectada com o mar, prendi a respiração por um bom tempo e mergulhei, a agua até que não incomodou tanto assim as minhas vistas, era tudo tão azul e limpo, eu conseguia ver aquelas pedras que ficam na em baixo no mar, vi um monte de pernas, boias, algas e plantas da agua , era tudo tão lindo, mas eu tive que subir de novo porque estava a ficar sem ar.Quando emergi soltei o ar dos meus pulmões e boiei, fechei os meus olhos, e fiquei assim por um bom tempo, a agua era tão azul, tão limpa, tão reconfortante que estava agradável demais, quase peguei no sono ou realmente peguei no sono, não me lembro mais a quanto tempo eu estava na agua
Quando terminei de me preparar me olhei uma última vez no espelho e fiquei assim durante um tempo. Andei até a porta e saí, o Chace já estava na sala esperando por mim. — Muito linda! - Eu sorri de canto. — Igualmente. -falei quase que em um sussurro. Saímos da suíte em direção ao restaurante, segundo o que o Dame falou ao Chace, era o central daqui do hotel então não íamos demorar a chegar, quando o elevador chegou até ao res do chão, fomos nos informar melhor na recepção e seguimos os passos dela. Quando entramos no restaurante identificamos rapidamente todos, era realmente a maior mesa que tinha lá, e eles pareciam bem irritados e impacientes. — Eu acho que já nem tenho fome. - Ouvi o Gray a reclamar quando chegamos. — Peço imensas desculpas, mil, com mais mil milhões, e mais mil trilhões. - Comecei. — Eu não peço desculpas por nada, vocês me deixaram lá. - O Chace falou quando puxou uma cadeira pra mim e em seguida sentou.