— Sério? Esse era o barzinho? - perguntei quando entramos no tal dito bar que a minha querida amiga recomendou, isso tá mais pra uma boate isso sim.
— Weza! - Exclamei perto da orelha dela, com a música assim era impossível falar baixo.
— Olha, avistei o Damon, vamos.
Atravessamos a multidão e paramos numa área calma. Não era a VIP, mas era muito melhor do que ficar perto daqueles corpos suados.
— Olá amorzinho - a Weza saudou o Damon com um Beijo e um abraço caloroso.
— Vocês atrasaram um pouco, olha como a boate está cheia.
— Coisinhas de mulher meu amor.
E por uns breves segundos eles esqueceram que eu estava aí.
— Theo, senti saudades - ele me abraçou e me deu beijinhos na bochecha em cumprimento.
— Eu também Dame - falei e fiz o mesmo gesto.
E a gente sentou, o Damon estava com os amigos como sempre, porém não estavam juntos naquele momento, parece que cada um foi caçar as suas presas.
...
1 hora se passou e eu já estou tonta, já vou no meu oitavo copo de vodca, a Weza e o Dame desapareceram faz exatamente uma hora, um dos amigos do Dame apareceu aqui o Mart, mas na mesma velocidade que ele veio, sumiu também.
Olhei ao redor da boate e era realmente muito bom o ambiente, vejo pessoas dançando, cantando, saltitando, brincando, sorrindo, outras, se pegando bem a vista de todos. Estava completamente perdida nos meus pensamentos, quando uma voz desconhecida falou pra mim.
— Posso sentar aqui? - Perguntou um desconhecido e quando me virei realmente gostei do que vi.
— Claro, tenho a máxima certeza de que eles não vão voltar agora.
— Obrigado.
Depois que se sentou não pude evitar, ele era muito bonito, muito agradável de se olhar, olhos castanhos, cabelo comprido e meio cacheado castanho claro com madeixas loiras, era alto, estrutura corporal encantadora, só pra não falar que estava vestido de uma maneira muito casual e que na verdade lhe assentou bem pra esse tipo de ambiente.Quando saio dos meus devaneios olho pra cima e me apercebo que o estranho estava olhando pra mim, ele provavelmente notou que eu estava reparando-o, porque ele estava com um sorriso presunçoso e sugestivo.
— Viu alguma coisa interessante? - perguntou o desconhecido e deu um gole no seu copo que tenho quase a certeza que vodca também.
— E se eu tivesse? - Perguntei pra entrar no jogo.
— Eu adoraria lhe dar esse "algo interessante" ou talvez mais - ele encostou no assento.
— Isso é algum tipo de insinuação? - perguntei quando fiz o mesmo gesto.
— Podemos dizer talvez... Tenho observado você durante um bom tempo e notei que parece muito pensativa, numa boate o que é realmente estranho.
Em nenhum momento eu notei que estava constantemente a fugir da minha realidade, ultimamente não paro de pensar no meu relacionamento e isso me afasta de tudo.
— Aí está, está pensando nesse exato momento - falou quando estreitou os olhos.
— Qual é o mal de pensar?
— Não tem mal nenhum, é que pelas feições que você faz quando pensa, nota-se uma inquietação grandíssima, o que é provável que seja o motivo que faz você franzir o cenho constantemente.
— Bom... É verdade, não consigo evitar- falei depois de digerir o que ele disse.
— Se você está tão pensativa porquê que veio pra uma boate afinal?
— A minha amiga me trouxe, disse que eu tinha que me divertir um pouco pra me distrair de " pensar demais" - falei quando fiz gesto de aspas com os dedos.
— Aprecio muito amigos assim.
— É eu também, mas ela me abandonou e foi pra não sei onde com o namorado - falei e o fiz sorrir.
E que sorriso
— Qual o seu nome?
— Theo. - falei e dei um gole na minha bebida.
—Theo? De...
— Theo de Theoany.
Eu prefiro que as pessoas me chamem Theo porque elas praticamente massacram o meu nome na pronúncia.
— Theoany é um nome muito bonito, prazer eu sou o Bruno - falou quando estendeu a mão pra mim.
— O prazer é todo meu - falei e apertei a mão estendida.
— Bom isso pode ser o começo de uma grande amizade Theoany. - deu um enorme sorriso.
E novamente, que sorriso
...
Mais uma hora se passou e eu já não estou tão sóbria assim, posso até dizer que estou bêbada já, no caso estamos bêbados eu e o Bruno, ele não saiu de perto de mim em nenhum momento. Não entendo o porquê é que não vejo nem a minha amiga nem o Dame e não menos importante e ainda assim menos importante, os amigos dele, ninguém, absolutamente nenhum deles estava aqui.
O meu celular desligou e o Bruno está sem carga também, a boate parece mais frenética do que nunca, não faço ideia de que horas são, chegamos aqui as nove e meia e já estou aqui penso eu a duas horas, então deve ser por aí 11 horas.
Eu estava nesse exato momento a rir de uma piada que o Bruno contou, acho que foi pelo jeito engraçado que ele tentava dizer as palavras, porque sinceramente falar bem já não importava.
— Eu estava bem afrente do Dakota quando peguei numa tingela não... tigenla... não, não, — ele abanou a cabeça em negação com — tigelan - ele parecia perplexo por não conseguir dizer a palavra.
— Tigela Bruno. - falei enquanto ria da incapacidade de ele conseguir dizer a palavra, ele ficou tão fofo quando se apercebeu que a palavra era tigela e não as tentativas falhadas.
— Eu ia conseguir Theoany - falou com uma expressão de falso aborrecimento.
— Sim Brunozinho você ia conseguir - falei e de repente uma vontade imensa de dormir bateu em mim, eu estava cansada nunca havia bebido tanto.
— Não diz Brunozinho, eu sou grande. - falou com um sorriso muito malicioso.
— Eu acho... que eu... tenho de ir, embora - falei arrastando as palavras. — Os meus amigos não vão voltar, não voltaram a duas horas não é agora que eles vão... - não terminei de falar porque na minha tentativa falhada de levantar caí de bunda no chão.
— Merda. - falei ao fazer uma massagem na minha bunda dolorida.
— Vem, onde você mora? eu posso levar você - falou o Bruno quando levantou e me ajudou a levantar, e em sobressalto eu estava muito perto dele, eu consegui sentir o cheiro da vodca vindo da boca dele.
Olhei petrificada pra ele.
— Você é muito bonito. - falei sem pensar e corei no mesmo instante.
— E você é muito linda também. - falou com aquele sorriso gabarola como quem diz " eu sei que sou irresistível" e pensar nisso me fez sorrir.
— Vamos, eu vou te levar pra casa.
— Não dá, nós estamos bêbados. Brunozinho, você não pode guiar assim - falei quando senti que o aperto dele no meu corpo ficava mais forte.
— Eu não vou conduzir, vamos. - E ele me guiou até fora da boate num estacionamento e parou em um carro preto muito bonito eu não conheço marcas de carro então essa é a única descrição que eu posso dar.
Ele abriu a porta de trás, entramos no carro, apertou num botão qualquer e uma espécie de uma mini janela.
— Onde você mora? - perguntou.
— Não quero ir pra minha casa, me leva pra casa da Weza — falei e ouvi uma pergunta, mas a vontade de dormir me preencheu, eu apaguei.
Acordei com a maior dor de cabeça da minha vida, eu não pretendia beber, nunca mais.Era mentira isso.Pisquei várias vezes e sinceramente não reconheci aquele lugar, eu não estava no meu quarto, eu, de certeza não estava no meu quarto, nem de longe, esse quarto era grande muito grande e cheira a brisa marítima, os tons da decoração são cinza quando no meu quarto é um castanho leve.Eu estava na cama e quando levantei me apercebi que ela ficava no meio do quarto, tinham duas portas aqui, uma do lado esquerdo e outra do direito, penso que são, a casa de banho e um armário possivelmente.Levantei da cama e vi um analgésico e um copo de água, na banca perto da cama, não hesitei em beber para que aquela dor agu
— Então, como é que vocês se conhecem? - Perguntou o Edward com um olhar brincalhão ao Bruno e aí me apercebi de que eles provavelmente já sabiam o que eu vou dizer a seguir. — Nos conhecemos ontem... Numa boate- falei quando tirei a chávena de leite dos lábios. — Nunca tinham se visto antes é? - o Dakota Perguntou enquanto mastigava. — Não que eu me lembre. Mano se eu já tivesse visto o Bruno definitivamente não esqueceria, tem como esquecer? — E mesmo assim você subiu no carro de um estranho. Não devias fazer isso Theo, é perigoso. - O Edward falou. Eu aquiesci. Eu tenho que sair do país imediatamente. — Quantos anos você tem Theoany? - perguntou o Dakota, e por uns breves segundos olhei pro Bruno e vi uma certa curiosidade também. Por um certo segundo uma questão pairava sobre mim. O nome dos dois irmãos do Bruno é Stuart, mas o Edward também é irmão do Bruno e o último nome
— Calminha boy, qual é a pressa? Perguntou a beldade número 5. — Nós estávamos de saída já, falou o Bruno quando me arrastava para o fim das escadas. — Vocês? Vocês se conhecem? Perguntou agora a beldade número 6. — Sim, está é a Theoany uma amiga "MINHA" olhei pra ele que falou a palavra minha num tom mais alto do que as anteriores. — Theoany, prazer eu sou Ian Lawrence, irmão do touro perto de ti - falou e apertou a minha mão. — Prazer - falei e sorri pra ele, que fez a mesma coisa só que de uma maneira maliciosa. — E eu sou o Tyler Stuart, o irmão mais velho da princesa atrás de ti- falou e me deu beijinhos na bochecha e eu lógico sou humana corei. — Muito prazer - falei timidamente. Mais velho? — Quantos anos vocês têm? - Perguntei curiosa. — Eu tenho 24 - o Ian falou. — Eu 27. - O Tyler falou sorrindo. — E você? — 20. - falei — Tão pequena, tão bonita. - O Ian falou malicioso
— O que foi meu bem? - Perguntou entre o beijo. — Não sentiu saudades? - ele fez uma cara confusa. — Porquê você está aqui? - Perguntei enquanto ele continuava me apertando. — Já era hora de voltar. Voltei ontem e decidi te fazer uma surpresa, mas pro meu desgosto você não estava em casa, então eu fui pra minha casa, deixei a hora passar tentei ligar, mas não estava disponível, deixei amanhecer, mas não voltei a ligar pra você, liguei pra Lia primeiro e ela disse que não dormiste em casa e que provavelmente estavas com a Weza, então eu pensei pode ser isso... Vamos tentar solucionar isso. Olhou pensativo pra Weza. — Liguei pra Weza e olha só... você não estava com ela também, deves imaginar o quão preocupado eu fiquei - falou enquanto caminhava pelo quarto com as mãos nos bolsos. — Eu não vi o seu carro lá fora. — Pensei em te fazer uma surpresa novamente, mas pro meu maldito e fodido azar - riu de desgosto. — Você ainda não estava aqu
Então me diga como viver neste mundoDiga-me como respirar e não sentir dorDiga-me, porque eu acredito em algoEu acredito em nós Diga-me, quando a luz apagarQue mesmo no escuro podemos encontrar uma saídaDiga-me agora, porque eu acredito em algoEu acredito em nós Eu acredito em algoEu acredito em nós E cá estou eu novamente, na cama as duas da manhã a ouvir música porque eu não consigo dormir. Não com ele na minha cabeça, não com ele a comandar os meus pensamentos, não com ele a tirar a minha concentração.Desde que o Chace saiu eu não saí do quarto, não fui almoçar com os amigos do namorado da minha irmã, ela veio aqui saber se eu estava bem e eu menti, disse que era apenas
Flashback off Sem me aperceber eu adormeci. — Theo! - falou uma voz no meu pescoço enquanto roçava o nariz. — Theo! - falou novamente a voz que eu agora sabia que era do meu namorado, mas agora na minha orelha com uma mordida. — Chace vai embora- falei e puxei a manta mais pra cima pra cobrir a cabeça toda. — Não minha princesa, eu combinei de passar o dia contigo - falou quando tirou a manta da minha cara expondo toda luz. — Não tenho vontade, quem deixou você entrar aqui? - Perguntei quando voltei a puxar a manta. — Você está dormindo demais são 11h30. Sério? — E por favor nós vamos fazer dois anos de namoro eu acho que posso ver a minha namorada quando me apetecer. - falou e puxou toda manta de mim e atirou no chão. — Chace vai embora, eu não estou bem - menti. — Mas eu estou, é só juntar o útil ao agradável, vai Any. —Você está sendo completamente desagradável. - Res
Eu continuava afundada no sofá quando o Chace puxou uma cadeira e a colocou bem afrente de mim. Olhei pra ele durante muito tempo e senti que eu tinha que o fazer, agora, naquele momento, senti os meus olhos marejados só de pensar. — Você quer me dizer alguma coisa Theo, algo que te inquieta, eu posso ver isso, me diz o que é. — Sabe eu só... Eu só... Parei por alguns segundos, eu tinha que me controlar eu não podia desmoronar, ainda não. — Eu só... gostaria de não te amar tanto...Gostaria de não ter você tão profundamente dentro de mim, de não fazer de você prioridade na minha vida... Porque agora...agora vai ser muito difícil pra mim, agora eu vou chorar durante dias...agora eu vou ficar triste porque eu tenho um monte de sentimentos inexplicáveis por você, agora...depois de quase dois anos eu fiquei viciada em você e eu sei que é errado, mas não no que você é agora...no que você era, naquele Chace que eu falava sem medo de errar que me ama.
Hoje era dia de universidade, e embora eu não quisesse ir a lugar nenhum hoje, não podia ficar deitada na minha cama a pensar em acabar com o Chace porque eu já o fiz, inacreditavelmente, mas eu o fiz. E nem sei se foi realmente a coisa certa. Não deixei de o amar, nem de longe, quem me dera até que fosse assim, mas não é. As aulas foram péssimas, eu estava de muito mau humor, eu quis ficar em casa e fingir que estava doente, mas infelizmente isso não aconteceu, a minha maravilhosa irmã praticamente me arrastou até ao carro. Normalmente o Chris me dava boleia, mas logo hoje a Lia decidiu fazer isso. Quando andava em direção a saída vi a Weza e quando ela me viu não hesitou em me dar um abraço caloroso. — Como você está? - perguntou e me apercebi que ela já sabia do desfecho. — Quem contou a você? — O Chace ligou ao Dame e não estava nem um pouco feliz, eles brigaram por celular durante tecnicamente uma hora, ele ficou bem chateado