Sophia RomanoO mundo ao meu redor parece se desvanecer. As luzes, as vozes, os olhares curiosos e famintos das pessoas que me cercam… nada disso importa. Apenas ele. Só Giovanni me encarando daquele palco como se eu fosse algo que ele pudesse moldar e destruir à vontade.— Venha até aqui, Sophia. — A voz dele é um convite proibido, um comando suave que reverbera dentro de mim de uma forma que eu odeio admitir.As pernas pesam como chumbo. Minha mente grita que eu devo fugir, correr para o mais longe possível desse lugar, dessa insanidade, mas meus pés se movem.Cada passo é uma batalha entre o medo e a determinação. Entre a vontade de enfrentar Giovanni e o desespero de querer sair dali antes que seja tarde demais.Quando percebo, estou diante do palco. A plateia inteira parece ter parado para me observar, como se o espetáculo ainda não tivesse terminado. Como se o verdadeiro show fosse o que está prestes a acontecer entre mim e ele.Giovanni continua me encarando, com um sorriso cru
Sophia RomanoO salão está em silêncio absoluto. Cada pessoa ali presente parece estar prendendo a respiração, ansiosa para ver até onde eu sou capaz de ir. Meus olhos permanecem fixos nos de Giovanni, mesmo que cada instinto do meu corpo grite para que eu fuja daquele palco, daquele homem que me encara como se estivesse prestes a me devorar.Mas não vou recuar. Não agora.— Então… você quer que eu me entregue completamente. — Digo, tentando manter a voz firme, mas soando mais vulnerável do que gostaria.— Exatamente. — Giovanni murmura, os lábios curvados em um sorriso devastador. Ele está se divertindo. Aproveitando cada segundo da minha hesitação, do meu medo e da minha coragem.Ele continua próximo a mim, sua presença esmagadora preenchendo cada centímetro do meu espaço pessoal. A mão dele ainda está no meu queixo, seus dedos acariciam minha pele de maneira lenta, quase carinhosa, mas eu sei que aquilo é apenas um lembrete cruel de seu controle.— Então vamos ver até onde vai sua
Giovanni Bianchi Eles acham que sabem o que estão vendo.Acham que é apenas uma mulher se despindo diante de um homem. Acham que é sobre poder e humilhação. Alguns na plateia, sentados em poltronas douradas, olhos cravados no palco como se observassem um espetáculo erótico e exótico, nem sonham que o que acontece ali transcende o corpo. É alma sendo moldada.E ela… Sophia Romano.Tão linda no palco quanto vulnerável. Tão resistente quanto quebrável.Quando seus olhos encontram os meus, sei que ela já começou a ceder. O orgulho ainda luta, mas está enfraquecido. Eu vejo, sinto. Sua respiração se acelera, as pupilas dilatam, os dedos hesitam antes de cada gesto. Isso é entrega em sua forma mais pura. Não a entrega física, essa é fácil, qualquer corpo se deita, qualquer pele se desnuda. O que me interessa é o que vem depois. A rendição da alma. O colapso da vontade própria. E Sophia… ela é um projeto fascinante de subjugação.Ela fala em entrega, mas ainda não entendeu o que significa
A porta pesada do The Black Room se fechou atrás deles, selando Sophia em um mundo que não lhe pertencia, mas que, de alguma forma, parecia ter sido feito para ela.Seu coração batia frenético contra o peito, não por medo, mas pela promessa do desconhecido. O ar era carregado, denso com uma eletricidade que parecia vibrar em sintonia com seu próprio corpo. O perfume amadeirado de Giovanni envolvia seus sentidos, um lembrete constante da presença dominante dele, enquanto sua mão firme a guiava com precisão, pressionando a base de suas costas nuas.Ela sentia o calor dele, a força silenciosa que exalava de cada movimento, de cada toque, de cada palavra não dita.— Confie em mim, Sophia. — A voz dele veio baixa, um sussurro grave que reverberou por sua espinha como uma promessa perigosa.Ela engoliu em seco, seus dedos tremendo levemente, mas não recuou. Porque, apesar do desconhecido, apesar da tensão quase insuportável entre eles, ela queria aquilo.O quarto era um santuário de control
— Sophia… — Amélia chamou baixinho, puxando a cadeira e sentando-se ao seu lado. Seus olhos escuros estavam carregados de preocupação. — Você não pode continuar assim. Se matar de trabalhar em dois empregos não será suficiente, você precisa de uma solução real.Sophia apertou os olhos, sentindo as lágrimas ameaçarem cair.Jogou sobre a mesa, a carta do hospital onde informava o prazo final da cirurgia da sua irmã. Hanna, tinha apenas cinco anos e sofria de uma condição cardíaca grave que necessitava de uma cirurgia de urgência, apenas essa cirurgia salvaria a vida de Hanna e o tempo estava se esgotando. — E qual é a solução, Amélia? Eu já tentei tudo! Bancos, empréstimos, associações de caridade… ninguém quer ajudar. O hospital exige o pagamento antes da cirurgia. Se eu não conseguir esse dinheiro em dois meses, Hanna…Ela não terminou a frase, a dor que sentiu apenas em pensar na possibilidade de perder sua irmã era demais para ela. Amélia respirou fundo, hesitando mas pensou em al
Giovanni Bianchi era um homem machucado, um homem que conheceu um tipo de amor doentio e sádico. Um amor que o transformou no que ele era hoje, frio e sem coração. Mas por trás de toda a frieza e controle, havia um lado de Giovanni que quase ninguém conhecia.Apenas duas pessoas no mundo conseguiam enxergar além da máscara do magnata implacável: sua mãe, Isabella, e sua irmã caçula, Antonella.Com elas, ele era diferente.Ainda que tivesse herdado a rigidez e a disciplina do pai, sua mãe sempre foi o seu equilíbrio. Isabella Bianchi era a única que ainda via nele o garoto que um dia acreditou em sentimentos, antes que as pessoas o tornassem tão cético. Sua relação com Antonella era ainda mais intensa. Dez anos mais nova, a irmã era sua fraqueza. Ele a protegia como um guardião implacável, certificando-se de que nada, nem ninguém, a machucasse.Mas para o resto do mundo, Giovanni Bianchi era apenas o bilionário intocável, o homem de negócios dominador e implacável.O aroma amadeirado
O restaurante luxuoso estava banhado por uma iluminação quente e elegante, refletida nas taças de cristal dispostas sobre as mesas de linho impecável. O som discreto de conversas e risadas se misturava ao tilintar dos talheres, criando uma sinfonia refinada de sofisticação e exclusividade.Giovanni estava sentado em um dos melhores lugares do salão, girando lentamente o uísque em seu copo de cristal, seu olhar afiado varrendo o ambiente com impaciência contida.Vitor havia entrado em contato pessoalmente com o dono da Elite Diamonds, garantindo que a garota escolhida se encaixava em todos os requisitos do empresário. Mas Giovanni, um homem acostumado a exigir o melhor e aceitar nada menos do que a perfeição, permanecia cético.Por isso, ele marcou aquele jantar.Não gostava de surpresas.Não gostava de perder tempo.E, acima de tudo, não gostava de se decepcionar.Mas quando ergueu o olhar e viu a mulher atravessando o salão em sua direção, algo dentro dele estremeceu.Seu corpo ficou
Giovanni BianchiAssim que meus olhos capturaram cada detalhe dela, percebo que estou diante de algo muito além do que esperava. Sophia Romano não é apenas uma acompanhante bem vestida para um final de semana na Itália. Não… Ela é um pecado encarnado, um convite irresistível ao desejo.O vestido vermelho que desliza sobre suas curvas me provoca de uma maneira que nenhuma outra mulher conseguiu em muito tempo. É como se ela tivesse sido moldada para testar meu autocontrole, para atiçar um fogo que eu mantive adormecido. Seus cabelos negros presos num coque alto revelam a extensão delicada de seu pescoço. Sua pele suave, feita para ser marcada.E aqueles olhos?Verdes, intensos, hipnotizantes. Eles me encaram como se buscassem algo dentro de mim, como se tivessem o poder de enxergar além da fachada impenetrável que construí ao longo dos anos. Algo dentro do meu peito se contraiu com essa constatação.Ela não tem ideia do que acaba de despertar.Meu lado dominador, sempre presente, sempr