A procura

*Heather*

“Se eu brincasse contigo como se fosse um brinquedo?

Às vezes eu queria poder agir como um garoto” – Ciara.

Eu estendi uma nota de 50 dólares ao taxista. — Pode ficar com troco — afirmei saindo do taxi

Olhando a minha volta, percebi que haviam alguns prédios cuja pintura estavam gastas, e luzes neon piscavam anunciando cada boate ou restaurante ao lado. Eu jurei que poderia ser pior, bom, na minha cabeça bairros do subúrbio eram piores.

Mas embora não fossem nada elegante ao ponto que eu estava acostumada, não era de todo ruim.

Na Rua, haviam também poucas árvores. Era uma pequena avenida. Com carros que passavam a todo momento.

Eu olhei para trás assustada quando o taxista ainda parado me chamou

— Tem certeza que quer ficar aqui?

Ele olhou descaradamente minha roupa. Um vestido mídi Justo, preto se estendia em seu corpo, tinha mangas e sem qualquer decote. Pequenos botões se estendiam por todo comprimento. Um scarpin nude e uma pequena bolsa de mão.

Avaliando-me provavelmente achava que eu havia ido atrás de alguma aventura que mulheres ricas não tinham em seus bairros.

Revirei os olhos mentalmente ao dispensá-lo. Talvez eu devesse ter vestido algo menos...bem, na verdade bem menos elegante.

Eu espiei rapidamente minha roupa e me arrependi ao ver as mulheres na fila da boate prontas para entrar, tão despojadas e sexys .

Tudo bem, talvez eu não quisesse soar sexy para uma reunião de negócios. Mas vendo todos tão casuais me fez estremecer.

Eu não gostaria de chamar tanta atenção mas percebi que aconteceria de qualquer maneira.

A minha vez na fila chegou e entrei no lugar.

Luzes azuis brilhavam por todo canto, incomodando a sua visão. Nunca fui de frequentar bares ou boates. O fiz apenas uma vez enquanto era caloura na faculdade.

Eu fui direto ao bar, e esperei meus olhos se adaptarem para tentar encontrar Wayne.

— Oque posso te oferecer?

Um homem grande, me perguntou do outro lado do balcão.

Eu realmente não tinha pretensão de beber nada. Afinal, Já ouvira histórias desastrosas demais que começaram com apenas um copo de bebida.

Mesmo que eu não bebesse nada alcoólico.

— Apenas uma água gaseificada com menta e limão.

O Barman olha para mim como se houvesse surgido um olho em minha testa, para logo depois rir.

— Isso aqui é uma boate, não uma Starbucks.

Ninguém se quer falava assim comigo, e eu não gostei do tom, Além do mais as especialidades de bebidas gaseificadas era da Stumptown Coffee Roasters, e não dá Starbucks. Ele me olha ainda risonho, contando a “piada para um outro garçom. Meu temperamento, estava transbordado, mas mantive toda classe. — Apenas um copo de água.

Eu passei uma mecha do meu cabelo para trás, não sabendo identificar se era apenas um reflexo de nervoso ou se realmente havia ali uma mecha.

— Claro. — Ele se virou pegando um copo de vidro e enchendo de água da torneira — Oque mais deseja minha magnificência? — Ele fez uma reverência exagerada segurando o seu avental preto.

Eu não conseguia entender o motivo da grosseria ou o tom de deboche mas isso me irritou.

— Só preciso achar essa pessoa. — prontamente ignorei o copo no balcão e tirei a foto de Wayne da minha bolsa de mão.

O Barman pega a foto, e então devolve.

— Não conheço.

— Mas...mas...pode apenas olhar de novo?

— Já falei. — Se vira para encher o copo de alguém ao lado. — Não vi.

Uma irritabilidade corre pelo meu corpo. Me contendo eu engulo a minha raiva e sai do banco.

Eu chego em um segurança, ao lado oposto do bar, e faço o mesmo movimento mostrando a foto.

Todos pareciam robóticos ao responder.

Eu me xinguei mentalmente. Porém eu estava firme da minha decisão, eu voltaria no dia seguinte, e então no outro, e outro. Uma hora eu o encontraria.

A minha raiva adormecida ainda estava lá. Meu marido pagaria de qualquer maneira por todos aqueles meses, que eu suspeitava que fossem anos de traição.

Andei por um longo corredor até achar o banheiro feminino.

Esperei que esvaziasse e fechei a porta atrás de mim. Verifiquei os outros box, me certificando que estavam vazios.

Ligaria para Ambrose, talvez ele pudesse ligar para o namorado, e talvez...bem…eu só precisava conversar.

Enquanto procurava o nome de Ambrose em meus contatos a porta do banheiro faz um pequeno gemido, daqueles que apenas portas de filme de terror fazem.

Eu pouco me importei, enquanto o telefone de Ambrose tocava e caia na caixa postal, eu apenas era capaz de amaldiçoar cada minuto que ainda passava ali.

Quando a bica ao meu lado se ligou, encarei o reflexo que também a olhava no espelho.

— Wayne. — Saiu baixo e fraco, muito diferente de como a minha voz soava normalmente.

O homem loiro, estava diferente do que eu vi na foto, mas era incontestavelmente ele.

Seus cabelos loiros estavam maiores. Ele vestia uma jaqueta de couro marrom, calças de lavagem escura, uma blusa branca e botas pretas.

Seu cabelo loiro estava jogado para trás.

Ele se quer falou algo, apenas, pacientemente, terminou de lavar as suas mãos ainda encarando os meus olhos pelo reflexo no espelho.

Quando se virou, deu apenas um passo e já estava tão próximo a mim que me tirou o ar. Minha respiração ficou presa em meu peito, quando sem tirar os olhos dos meus, ele abriu uma das minhas mãos que estavam com celular e também a foto dele dobrada.

Ele desligou a chamada de Ambrose, e pegou a sua foto. Me observou alguns minutos antes de assumir.

— Não te falaram que é feio sair mostrando sua foto por aí?

Ele ergueu uma sobrancelha loira bem esculpida para mim, sua fisionomia séria.

Sua voz era grave, firme e máscula. E algo em meu íntimo remexeu.

— Eu estava te procurando.

Ergui o pescoço tentando vê-lo melhor e não parecer intimidada. Mesmo que por dentro estivesse receosa.

— Se eu quisesse ser achado querida, tenha certeza que eu seria.

Ele deu um passo em minha direção, obrigando-me a recuar, pois não havia qualquer chance de ficarmos tão próximos.

— Agora eu acho bom você me falar quem te deu minha foto?

Wayne, continuou prosseguindo, fazendo com que eu tenha que recuar.

Sentindo a parede dura em minhas costas e sem uma direção para correr, eu encarei os seus olhos. Observando mentalmente como o homem era alto. Pois mesmo em meus saltos Jimmy Choo de 12 centímetros ela ainda tinha que erguer sua cabeça para poder enxergá-lo melhor.

Eu também observei seus olhos azuis, seu nariz reto e lábios finos. O inferior um pouco mais cheio que o superior.

E me amaldiçoo mentalmente por achar o homem tão belo.

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