Não boas pessoas

— Vamos, aonde estão suas malas? — Sebastian pergunta.

— Na porta, eu posso levar.

— Não se importe com isso. — ele pede. — Ela leva.

Pisquei uma ou duas vezes em direção a porta encarando a grande mala preta e duas bolsas do exército.

— Isso poder ser pesado para ela, não se importe irmão.

Sebastian solta um sorriso debochado dizendo. — Sempre tão cavalheiro. — Tudo bem. Mas ela faz questão de arrumar suas coisas? Não é Donna!

— Sim, claro.

— Essa é minha garota! Agora mostre como somos bons anfitriões. Traga um pouco de cerveja e nos traga Pizza.

Eu corri para cozinha enquanto Stephen sobe com suas malas ao quarto de hóspedes.

A noite, foi como eu estava habituada, jogos deixavam homens agitados, com muito palavrões e embriagados. Seu pai, um dia havia sido assim também.

Eu não parei um segundo, sempre com uma cerveja gelada, e repondo pizza. Eu não era permitida recolher os frascos de cerveja. Uma vez eu tive um braço esquerdo engessado só porque Sebastian achou que seria falta de educação recolher os frascos de bebida. Ele disse que quando ela os recolhia antes do jogo acabar, dava a impressão que os estava expulsando. Então eu nunca mais o fiz, a não ser que Sebastian já tivesse desmaiado de tanto dormir em seu sofá.

Depois da gritaria passar, e o jogo terminar. Os homens começaram a se retirar. Gabriel e Ed pegaram seus casacos e se despediram. Enquanto isso, Eu me retirei para organizar algumas coisas na cozinha e pude ouvir Sebastian e Stephen conversando sobre seus planos. Parece que Stephen pretendia ficar por três semanas, mas poderia partir um pouco antes caso a obra em sua cobertura acabasse antes.

Ele estaria fora algumas vezes resolvendo coisas pendentes. Disse uma ou duas vezes que não gostaria de atrapalhar, e que ajudaria nas despesas. Mas Sebastian negou.

Houveram algumas poucas risadas, depois disso algum silêncio.

Eu finalmente pude respirar, ele havia dormido. Eu poderia passar pelo menos algumas horas de tranquilidade, até que ele acordasse e fosse para o nosso quarto.

Peguei um grande saco preto e comecei a recolher as embalagens de pizza. Depois caminhei para sala e realmente o encontrei dormindo no sofá. O controle estava em sua mão e suas feições mesmo adormecidas estavam marcadas com agressividade.

Silenciosamente, peguei os frascos próximos a ele Colocando com cuidado no grande saco, por causa do tintilar do vidro.

Observei pela porta de vidro e vi Stephen desligando o seu celular e vindo em minha direção.

— Eu posso fazer isso. — A voz de Stephen era mansa.

Eu continuei fazendo o meu trabalho de forma silenciosa, nem me dei o trabalho de responder com medo de que Sebastian acordasse e visse ambos conversando. Eu não precisava de mais problemas do que já tinha.

— Ei… — Ele deu alguns passos em minha direção quebrando a distância entre nós.

Eu, ainda estava com olhos pregados na garrafa em minha mão mas meus instintos me fizeram olhar para cima.

Foi a primeira vez que eu encarei suas feições tão de perto.

Seus cabelos eram lisos, e estavam perfeitamente penteados para trás. Também eram diferentes dos cabelos de Sebastian. Enquanto os dele eram pretos, tão pretos que pareciam que haviam sido tingidos artificialmente. Os de Sebastian eram castanhos e cortados baixo.

Por isso, o contraste em seus olhos era tão gritante. Sua pele branca, armazenava bochechas proeminentes, lábios cheios e rosados, sobrancelhas grossas e bem esculpidas, nariz reto e fino.

O engraçado, e que eu percebi, que embora ele e Sebastian fossem iguais aparentemente, na verdade nem eram tão assim. Olhando de perto, Stephen era perfeito. Com suas feições equilibradas e leves,

Ele deu um pequeno sorriso, de canto de boca quando me pegou o observando.

Senti meu rosto queimar, de uma forma que se espalhou do meu colo até a ponta da minha orelha. Não sei se por nervoso ou apenas vergonha por ter sido pega o admirando.

Abaixei novamente a visão, não querendo ser mal educada ou algo assim.

— Você deve estar cansada, não parou desde que eu cheguei. Eu faço isso.

— Não se preocupe Senhor Stephen, eu o faço. Já estou acostumada.

— Tudo bem. — Ele sorriu amável.

No entanto, havia algo em sua voz...Talvez...resistência? Eu não sabia. Não queria irrita-lo ou que ele talvez falasse sobre isso com Sebastian.

— Eu vou me deitar, mas caso precise é só Chamar.

Eu não sabia oque fazer com essa informação. Então simplesmente assenti.

Na manhã seguinte, eu agradeci a Deus mentalmente por Sebastian estar muito cansado ou bêbado para querer qualquer coisa comigo.

Levantei cedo, preparando seu café da manhã.

Sebastian levantou já vestido com sua farda de xerife.

— Não tenho tempo para café. Prepare para viagem.

Donna se apressou para preparar algo para viagem enquanto Sebastian falava ao telefone com seu parceiro sobre um crime local.

Acho que era isso que me intrigava tanto. Como policial, Sebastian, solucionava crimes, prendia pessoas e salvava crianças da rua. Ou era isso que falavam.

Eu não poderia imaginar, o quanto de homens faziam isso, eram bons profissionais, bons amigos, bons empresários e irmãos. Mas no fundo, em seu intimo, não bons homens com suas esposas e mulheres, não boas pessoas.

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