CARMEM APARECIDA GOMES
Ipameri-Goiás-Brasil
Formada em Pedagogia, Bacharel em Direito, Especialista em Ensino superior e Mestre.
Obras publicadas e comercializadas no Brasil e Exterior: A menina e o tesouro, A preguiça do cumpade Zé Cochoxi, O colecionador de tatuagens, Os sonhos mágicos de Eloan, O seu Coisa obra publicada especialmente para a participação no FLIC-GO/2016, *Amo eternamente uma única vez um belo romance erótico e Entre o sacro e o profano, primeiro livro poético solo em lançamento. Participações em Obras Antológicas no Brasil e Exterior: Cultive o pólen da vida II e III, Felizes pelo jardim II, Além da terra, além do céu 2017/2018, Tempo de Magia 2017, Luz de Natal 2018, Eu jardineiro, Belas artes, Momento poético, Elas e as letras, Antologia mulheres pela a paz 2018 e edições de Antologias Fênix-Logos, Revista Eisfluênc
Dizem que em Rabat-Marrocos o sol é mais belo e a lua brilha mais e que as paixões são eternas. Bem, isso até pode ser verídico, mas o que ocorre com os irmãos Zafar é tão serio que há algum tempo os filhos e o pai só estão preocupados em correr contra o algoz tempo e consegui um coração saudável para Hafiz Zafar. Um belo rapaz de apenas vinte e nove anos de idade com insuficiência cardíaca grave. -Então doutor, como está meu filho? O velho árabe pergunta ao medico da família Faisal Hanza. -Sabe que eu já me considero da família? Você Hassan é como se fosse meu irmão. Sinto-me no direito de sentir assim, pois, há anos eu cuido de seus filhos. De seus filhos e de suas três esposas. Cuidei também da falecida Aita mãe de Abdul e Hafiz. Desse modo eu vou ser sincero o bastante para que busque providências urgentes. Eu pedi que Abdul também se fizesse presente para saber o quanto gravemente doente está o seu irmão Ha
Abdul Zafar até então não tentou seduzir, paquerar, azarar, nada que se distanciasse e uma bela e rara amizade. Providenciou tudo para o nosso embarque para Rabat. Eu ao lado daquele homem bonito, decidido e misterioso. Seus olhos estavam sempre captando tudo em torno de si. Abdul Zafar é o tipo de homem que toda mulher deseja ao seu lado. Sempre muito gentil, mas quase sempre com a aparência e um rosto sisudo: Eu o vejo como coiote selvagem sempre com os olhos que enxergam tudo a sua volta e destaca a sua presa antes de ela perceber. Abdul Zafar tem olhos de coiote selvagem e destemido. É assim que eu o vejo. Ele embarcou com o figurino meio árabe, terno preto, gravata com o tecido caro e desenhos assimétricos e na cabeça o turbante ou kiffiyeh de tecido xadrez vermelho e branco. Não gosto muito de vê-lo pensativo e girando o grande anel no dedo repetidas vezes. Às vezes eu puxo conversa para interrom
Hafiz Zafar está aparentemente melhor. Esta com a barba e cabelos cortados. Apesar de frágil e um pouco pálido seus olhos ainda têm vida e esperança que Avaliz trouxe. Ela e Hafiz estão sempre juntos, no quarto, no jardim, na sacada... -O que está fazendo? Hafiz pergunta olhando Avaliz se cobrindo na cama pequena. -Aqui é a minha cama. Aqui é a cama para a enfermeira. Avaliz responde e se cobre. -Não. Você sabe que é mais do que uma enfermeira. Hafiz questiona. -Tome o seu remédio que esta ao seu lado e se cobre. Hoje esta frio.Eu estou aqui. É tão perto. Avaliz explica. -Por favor! Hoje está frio.Venha! Por favor! Deite-se aqui. Eu estou implorando. Estou com frio. Hafiz continua. -É só você se cobrir e logo ficará aquecido. Vamos! Pare de se passar por criança mimada. Hafiz é um homem adulto. Qualquer coisa que você sentir é só me chamar. Avaliz fala com voz meiga e
O dia amanheceu agitado na grande casa dos Zafar. As esposas e filhas do senhor Hassan Zafar estavam agitadas, falavam e articulavam mãos e braços.Em língua árabe e falando rápido para Avaliz era somente um monte de mulheres estressadas e barulhentas. Após cuidar de Hafiz Zafar com todo carinho e acompanhá-lo no seu café da manhã a batida na porta seguida da entrada do velho Zafar, o medico doutor Faisal e Abdul Zafar girando o seu grande anel no dedo surpreendeu Avaliz e fez desaparecer o pouco brilho no pálido rosto de Hafiz. -Bom dia! Hafiz respondeu sem animo. -Senhorita Avaliz poderia nos dar licença por uns minutos. Doutor Faizal pede educado. -Sim. Avaliz beija o rosto de Hafiz e sente que ele abaixa a cabeça como se pairasse algo muito ruim no ar. Avaliz passa por aqueles homens que a olham com mistério nos olhos excetuando Abdul, os seus olhos de coiote também estavam sem o bril
O cheiro das manhãs em Rabat e o cheiro vindo da cozinha é inspirador e hoje o dia será bem agitado. Enquanto os cozinheiros cuidam dos salgados, doces e um belo bolo de aniversario para Hafiz as barulhentas e agitadas irmãs de Hafiz e de Abdul ajudam Avaliz na decoração da grande sala. Avaliz resolveu levar Hafiz até a sala para perguntar-lhe sobre o que ele preferia para a decoração se rosas vermelhas ou amarelas.
O amanhecer em Rabat não deixou de brilhar e exalar perfume de vida e esperança, mas a noite para Avaliz havia sido difícil. Hafiz havia sentido-se mal a noite toda e ela havia se esforçado para agir somente como enfermeira mas o seu coração agia sem razão e técnica uma vez que nele Hafiz Zafar não representava apenas um paciente. Avaliz tentava evitar que tudo se misturasse, tentou ser somente uma profissional da saúde, mas infelizmente o seu coração não entendeu sobre pesos e medidas. Para maiores complicações ainda tinha os olhos selvagens de Abdul Zafar que vez ou outra a perseguia no grande palacete da família Zafar. Isso incomodava, Avaliz sentia ser espiada sempre, chegando a olhar para os lados, pois, era hábito do coiote vigiá-la com os seus olhos de fera misteriosa. Às vezes se pegava arrependida de ter aceitado a proposta de Abdul Zafar de sair de seu paí
Avaliz esta trocando os medicamentos de Hafiz e a pensar que esta cada vez mais difícil permanecer junto do coiote que a insulta a todo o momento, suportar o olhar de censura do velho árabe Hassan Zafar e enfrentar com otimismo a frágil saúde de Hafiz. “Por mais que isso vai me doer e eu sei que vou me culpar por todo o resto de minha vida, mas o melhor que eu faço é voltar para o Brasil.”. -Uma flor por seus pensamentos. Hafiz entra em sua cadeira de rodas conduzido por Abdul e seus olhos de coiote. -Obrigada! É uma bela flor. Avaliz pega a flor sem muito entusiasmo. -Esta tudo bem com você? Hafiz pergunta preocupado. -Sim... Esta. Avaliz responde sendo ‘devorada’ viva por Abdul que esta com os seus olhos de coiote a
O sol do amanhecer em Rabat naquela manhã parecia diferente. O sol atrevido e radiante entrava pelas janelas do grande palacete dos Zafar.Último capítulo