Capítulo 10 SONHO

O amanhecer em Rabat perdeu o brilho. O canto alegre dos pássaros no jardim após a partida de Hafiz fere os ouvidos revelando profunda tristeza. As noites frias em Rabat se tornaram mais frias e mais negras e sem pressa de chegar ao fim para dar lugar ao dia.

  “Evito sair do meu quarto. Tudo no grande palácio da família Zafar lembra Hafiz, o cheiro de seu sabonete e de sua colônia... Vejo o seu rosto e o seu meigo sorriso todos os milésimos de segundos do dia. E se não bastasse a sua essência me perturbar durante o dia acordo a noite falando com Hafiz. É tudo tão real... Ouvir a sua voz gritando por mim na sacada... Surreal. Mas sem pensar, na esperança de vê-lo novamente saí correndo apenas de camisola e minha alma respondia ao seu chamado”.

  -Hafiz?! Estou indo! Avaliz responde subindo as escadas que levam a grande sacada.

 

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