Capítulo 57

Ele a puxou para subir em seu colo

- Escondida não, você está olhando.

A beijou, foi se colocando dentro dela

- Tira a camiseta, você não é nem um pouco tímida.

- Te garanto que não tem nada de errado, com o seu corpo, tenho reparado o bastante nele.

Ela começou se mexer devagar, agarrada a ele

- Não quero tirar.

- Quem sabe daqui um ano.

Afetuoso ele disse que tudo bem, começou a acariciar por baixo da camiseta, a deixou a vontade para ir no seu tempo, trocando longos beijos intensos, ficaram bastante tempo com ela por cima, estavam muito conectados afetivamente, foi muito espontâneo e bom, a maneira que tudo aconteceu.

Ela já estava exausta, com falta de ar, começou rir parando de se mexer

- Se eu ter um piripaque, só não chama os meus pais por favor.

- E não me socorre pelada.

Ele achou o comentário muito específico, pensando na cicatriz que sentiu, suspeitou que ela escondia algo relacionado a saúde, a colocou deitada enchendo de beijos

- Isso é falta de fazer mais exercícios, porque acha que eu vou na academia?

- Quer tomar água? Dar um tempo?

- Você está muito vermelha.

O puxando para mais perto, ela disse que não, o beijou, enfiado no meio das pernas dela, ele a invadiu devagar, continuou aproveitando o momento sem pressa, a beijando muito disse que não estava aguentando mais segurar, ela começou rir com ma ldade empurrando seu corpo contra o dele

- Nada o que você faça depois do carro, vai me decepcionar ou deixar na mão, estou exausta.

Em instantes ele alcançou o êxtase dando estocadas vigorosas, agarrado a ela disse que só precisava tomar banho e dormir, ela o afastou cansada

- Eu também, mais não juntos, deixa eu ir primeiro.

Se levantou as pressas, o fechou no quarto e trancou o banheiro, tomou banho rápido rindo sozinha de tudo, sentindo os efeitos em seu corpo, voltou enrolada na toalha, deu outra para ele

- Vai lá, vou arrumar a cama e trocar esse lençol.

Ele a beijou antes de ir, tinha certeza que por algum motivo bobo, ela queria esconder a cicatriz, jogou uma água no corpo e logo voltou, ela já estava deitada de pijama, ficou sorrindo o olhando inteiro nu

- Dá uma voltinha vai, você é todo lindo, como pode isso?

Ele colocou a cueca, foi deitar

- Acha mesmo?

- Não está exagerando?

Ela se acomodou abraçada, o olhando cheia de admiração

- Não, eu nunca nem fiquei com alguém tão maravilhoso e gostoso.

- Obrigada por ser o meu presente de aniversário.

Mostrou a mão com o anel

- Eu nunca vou tirar ele, quando estivermos longe, vai ser como ter você comigo.

Ele beijou a mão dela, realmente acreditando em tudo

- Espero não ficar muito longe de você, daqui pra frente.

Se ajeitou para dormirem, enquanto os dois se curtiam, a festa de aniversário aconteceu sem ela, Joaquim mandou mensagem para Dariele, contando que Sky não foi, reclamou do comportamento dela.

Por causa dele, Dariele voltou muito cedo, ligou várias vezes para Sky e só deu caixa postal, ficou muito preocupada, nem imaginou que ela poderia estar acompanhada, chegou entrando como de costume, viu as sandálias na sala, pegou e foi indo direto no quarto, quando abriu a porta nem acreditou que tinha um homem lá, jogou as sandálias nos dois gritando

- Skylar! Eu quero esse cara, fora da minha casa, agoraaaa!

- Vou a padaria e quando voltar, vamos ter uma boa conversa, você tá achando que a minha casa é motel?

Saiu e bateu a porta do quarto, os dois acordaram no susto, ficaram sem reação olhando ela gritar, Sky foi levantando desesperada, caiu da cama

- Droga, não, não, não, vai logo, pega as suas coisas.

Foi pegando as roupas dele, jogando na cama

- Se veste e vai embora!

- Desculpa, me desculpa.

Foi pegando os tênis, o resto das coisas dele

- Eu não achei que ela ia voltar.

Ele começou se vestir rindo

- Calma, quer que eu fale com ela?

- Ela não vai me bater também não né?

Quase chorando ela foi abrindo a porta do quarto

- Não, nem pense em olhar pra ela, isso não podia ter acontecido.

- Só vai embora, por favor e não me manda mensagem, porque ela pode ver.

Foi saindo do quarto olhando os cômodos apreensiva

- Depois eu falo com você.

Parou na sala

- Vem colocar os tênis.

Ele estava bem tranquilo achando graça, se aproximou pegando os tênis

- Deixa, eu coloco no carro.

A beijou sutilmente

- Olha aqui, fica calma.

- Depois ela vai entender e aceitar.

A abraçou com dó

- Vamos fazer tudo certo, daqui em diante, me liga assim que puder.

- Se quiser eu venho te buscar a tarde.

Ela foi abrindo a porta quase o tocando embora

- Tá bom, desculpa.

Perto do portão, mostrou o anel

- Adorei a nossa noite, obrigada por tudo, se eu sobreviver, quero muito ficar com você.

Ele foi saindo rindo, descalço

- Vou te esperar, tchau babá má.

Ela ficou espiando um pouco e entrou, correu arrumar o quarto jogar as camisinhas, tirou o lixo, arrumou a cama, ouviu a mãe chegando e indo mexer na cozinha, ficou enrolando no quarto com medo de apanhar e ouvir muito xingo, como sua mãe não foi até lá e não a chamou, ela foi ver o que estava acontecendo.

Dariele estava chorando na cozinha, confeitando o bolo, que Sky começou e não terminou, ela se aproximou apreensiva

- Mãe desculpa!

Foi ignorada, Dariele continuou fazendo as coisas, como se ela não estivesse lá, deixou o bolo bonito, com a numeração vinte, foi para o quarto, começou olhar fotos antigas, ficou realmente decepcionada com a filha, que mudou muito no último ano, estando cada vez mais distante dela.

Sky foi pegar o celular, ligou, tinham várias mensagens do seu pai, tentando conversar, falando sobre o quanto estava decepcionado, por causa da desfeita dela, ela ficou super triste chateada, foi até o quarto da mãe, olhou pela fresta da porta, viu que ela parecia muito triste, entrou toda sem jeito

- O que aconteceu com o meu vô?

Dariele deu um álbum de fotos, nas mãos dela

- Ele caiu mexendo no quintal, estão com saudades de você.

- Lembra dessa viagem pra aparecida?

- Eu queria muito ir de novo, tô sentindo falta de ter mais fé.

- Sei que hoje temos muito, por sua causa, agora que está bem, mas...

Enxugou os olhos marejados

- O que aconteceu com o seu pai Lalinha?

- Ficou me ligando feito doido, querendo saber de você.

- Fizeram uma festa e você não foi?

Sky sentou ao lado, olhando as fotos

- Não quero ir lá e nem conviver com aquela mulher, eu não quero saber de nada, que venha deles.

- Não gostei de ficar sozinha, no meu aniversário, todos os anos você se lembra, de quando eu nasci e agora me deixou.

- Não é justo, eu não tenho culpa, dos problemas de vocês dois.

Dariele se levantou

- Você não estava sozinha, podia ter ido até mim, mais preferiu ficar e fazer bagunça na minha casa.

Pegou um embrulho pequeno na bolsa

- Comprei pra você, porque também acho que se afastou de Deus.

- Não reconheço mais a minha filha, nem a minha vida.

Sky abriu o embrulho, era um terço, muito delicado, ela ficou o olhando fixamente pensativa

- Porque sempre fala essas coisas, pra me deixar mal?

- Eu cresci, sobrevivi, não me afastei de Deus e nem de você.

- Eu só estou cansada de ser o motivo de tudo o que dá errado aqui.

- Não fui tão feliz quanto gostaria na república, porque queria o meu lar.

- Mais aqui não parece um, desde que eu cresci.

Se levantou chateada

- As vezes tenho a sensação, de que você não gosta de mim.

- Esperou eu morrer e não aconteceu, agora fica irritada com tudo, porque se sacrificou muito e eu continuo aqui.

Dariele disse que não era verdade, ia tentar conversar, Sky foi para seu quarto e trancou a porta, começou arrumar as coisas para ir pegar o ônibus, chorou muito angustiada, odiando a sensação de estar decepcionando a todos, o que lhe fazia ver uma luz no fim do túnel, era pensar no que aconteceu e o que estava por vir.

Começou pensar em realmente buscar sua independência, namorar, morar sozinha, dar espaço para os pais irem viver suas vidas.

Só saiu do quarto quando sua mãe a chamou para comer, Dariele estava cansada de brigar, pediu desculpas por tê-la deixado no aniversário, tinha feito lasanha e carne assada, foi servindo Sky, lembrando do dia em que ela nasceu e do dia em que o problema de coração foi diagnosticado.

Começou chorar dizendo que nunca desistiu, da família e confessou não estar conseguindo viver com o divórcio oficial, porque odiava Joaquim na maior parte do tempo, mas não mais do que o amou todos aqueles anos.

Começou desabafar contando o que aconteceu nos últimos anos, em seu casamento, especialmente depois do transplante, quando diariamente ele começou deixar claro, que não estava feliz, sempre dizendo que queria ir embora.

Tudo a magoava muito, porque ela nunca se sentiu o suficiente pra ele, comentou que era frequente a sensação de solidão e por isso era sempre tão controladora, chata, porque sentia a necessidade de estar sendo notada, por ele.

Sky ficou com dó, chorou junto, lamentou por tudo, disse que não ia a deixar, passando pelo divórcio sozinha, acabaram nem falando do que aconteceu cedo e do visitante.

Depois de almoçarem, Sky pediu para tirarem uma foto juntas, com o bolo, falou que ia ficar fora uns dias trabalhando, até o final do mês apenas, quando Amin entrasse de férias, deu quase todo o dinheiro para a mãe guardar.

Contrariada Dariele perguntou se ela não estava fazendo nada errado, quis saber mais sobre o trabalho, Sky não teve coragem de levar mais problemas pra casa, perdeu a última oportunidade de confessar e não falou sobre o que estava acontecendo.

Foi se arrumar pra ir, super empolgada passou maquiagem mais forte, bastante rímel destacando os olhos claros, batom vermelho, colocou um vestido mostarda agarrado de manguinha, na altura do joelho, tênis, não parava de admirar o anel que ganhou, colocou um brinco combinando, pulseiras também.

Saiu cheia de pressa para não perder o ônibus, assim que entrou no Uber, mandou um áudio para mãe

" Eu vou mais eu volto, não importa pra onde vá, vou junto, fica bem! Na primeira oportunidade que a gente tiver, vamos na aparecida de novo, só nós duas! Obrigada por terminar meu bolo, te amo mãe "

Dariele disse que também a amava e ia pegar ela, se estivesse mentindo aprontando pra rua, a verdade é que seu sexta sentido de mãe, não estava nada errado e o seu mal pressentimento, também não.

Quando Sky chegou na cidade, mandou uma mensagem para Riven

" Oii, estou chegando! É pra ir na sua casa ou na sua mãe? "

Ele respondeu rápido

" Oi na minha mãe "

" Vai demorar? "

Ela disse que não, estava descendo do ônibus, pegou um Uber e foi, por lá tudo estava tranquilo, Rumi estava no quarto dos pais, desde que foram viajar, Rigel tinha saído a bastante tempo e Riven estava assistindo na sala.

Logo Sky chegou, tocou o interfone, Riven abriu sem sair lá fora, Rumi tinha levantado passando mau, estava deitada na sala, perguntou o que ele tinha, reparando que parecia preocupado nervoso, ele se sentou

- Você já vai descobrir.

Sky foi entrando, sorriu pra ele

- Oi, o Amin já chegou?

Ele se levantou, mexendo no celular

- Não Skylar! Vem comigo, por favor.

Foi para a cozinha, encostou no balcão

- Temos que conversar.

- Só um momento, a minha irmã está com fome, vou pedir uma coisa aqui pra ela.

Sky colocou a bolsa em cima, sorridente, foi se aproximando muito, segurou a sua mão acariciando

- Tá, fica a vontade.

Cochichou

- Ela está bem?

Ele continuou sério, recuou a mão

- Está!

Se sentou a evitando, ela ficou séria confusa

- O que foi?

- Vai voltar a fingir que nada aconteceu?

- Você não pode me tratar assim, porque a sua irmã, está aqui.

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