KAROLINA SMITHS Sou a Karolina Smiths tenho quase 30 anos, sou médica Cardiologista, nascida em Washington, filha de um casal que sempre se preocupou muito mais com a vida deles, do que olhar a filha com um cuidar de pais, mas, no fundo acho que eles me viam com apenas uma casualidade apesar de me sentir amada em dados momentos. Isso me marcou por um grande período na minha vida, mas com o passar do tempo aprendi a não fazer isso uma dor maior que eu, eu precisava seguir e fazer aquilo que eu tanto queria que era ser médica. E aí segui o meu grande sonho, entrei para faculdade de medicina aos 17 anos e foram anos incríveis, faltando dois anos para eu terminar eu conheci o Filipo, ele era simplesmente maravilhoso, dois anos mais velho que eu, e ele estava no último ano de faculdade. Às vezes me pego pensando em como foi o nosso encontro. Inicio de flashback. Tinha chegado mais cedo para o meu plantão e ainda tinha um tempinho para estudar. Quando entro na sala do
ALEX NARRANDO Ter excluído o número do celular da Carmem dos meus contatos não era nada, era só uma agulha no meio do parelho. Mas já era alguma coisa. Vou seguir o meu caminho, a minha vida estava travada demais com tantas coisas acontecendo. Recebi notícias do Matthew Sugg novamente, eles estão a todo vapor a procura de pistas que desvendem o mistério que assola esse “assalto” na casa do meu pai, na verdade, eles acharam algo, mas querem confirmar primeiro, pediu que eu ficasse atento com a minha segurança também, afinal a casa do meu pai foi onde tudo aconteceu. Resolvo ligar para o Tom. — Oi Tom, como vão às coisas por aí amigo? — Oi Alex, ainda estamos aqui em Roma, o meu pai fez uma bateria de exames e conforme o falou médico irá operar daqui há 5 dias, será aqui mesmo em Roma. Estamos voltando amanhã. Mas e seu pai como está? — Que bom que enfim ele aceitou operar. O meu pai está no mesmo quadro, mas tenho fé que as coisas vão se arrumando devagar. Tom,
RUAN AGUILAR NARRANDO Estou aqui setor de embarque, seguindo viagem para Palermo, irei visitar minha irmã Carmem. Claro que eu estava louco para encontrá-la. Ela é a minha irmã mais nova. Somos bem ligados, não deixamos de nos falar um dia se quer. Quando ela resolveu sair de Barcelona e ganhar o mundo, foi difícil para mim, porque além de irmã é a minha fiel confidente. Sempre levei muito esporro dela, afinal, sim, eu era daqueles cafajestes incorrigíveis. Nunca fui fácil de amar, de me apagar a ninguém. Eu passei um tempo longe fazendo cursos e trabalhando para as empresas da nossa família, vinha visitar, mas era sempre corrido. Depois de quase 3 anos que ela estava na faculdade é que pude ter mais contato com a melhor amiga dela, a Eliza, antes era muito menina, que garota linda, mas fui alertado (se você chegar perto dela seu Don Ruan, eu corto o seu brinquedinho sexual). Naquele momento eu pude ver como elas eram como irmãs e não é que senti ciúmes? Ali perceb
CARMEM NARRANDO Mas o que porra ta dando nessa emergência hoje? Quantas crianças doentes, pela misericórdia do senhor. São 6h da manhã e eu não parei um minuto. Agora que vou descansar um pouco, estou realmente quebrada.Que madruga pesada. Sigo para a sala dos médicos, tomo um banho, troco de roupa e deito, nem celular quero olhar, vou só deixar o meu celular perto, posso ser chamada para emergência. Sinto alguém batendo na minha bunda. — Acorda criatura que aqui né hotel não? Onde já se viu? São 9h quase. — Ou sua filha da pu.ta, acha que fui dormir que horas em? po.rra, Karol, estava num sono tão bom, sonhando com meu gostosão. - Começo a rir. — Mas olha, a ordinária já com sonhos eróticos. A coisa já está nesse nível? Que bom né? - Olho para ela e começo a rir. — Eu estava sonhando mesmo, e foi tão bom, ele é tão doce e intenso.Mas não era erótico não. — Hummmm, sério que te faz lembrar alguém? Você falava para mim que o falecido era exatamente assim.
ALEX NARRANDO — Boa noite, tudo bem Noemi, que surpresa te ver por aqui. - Eu não tinha a menor ideia de quem era, mas sinto ela travar. — Oi Peyton, tudo bem sim. Esse aqui é o meu marido Alex - Ela nos apresenta e confesso que fiquei surpreso pela coincidência. — Ola, boa noite, muito prazer. - Estendo a mão a ele e ele me olha de uma forma não muito agradável. — O prazer é meu. - Ele encara a Noemi e percebo entre os dois a mesma tensão que me prende a Carmem. — Bom, preciso ir, foi um prazer revê-la, e prazer conhecer você. — Prazer foi meu. - Eu ia falar o quê? Ele foi extremamente educado, e também foi alguém que passou na vida dela, não se tem como apagar o passado de ninguém. Ele foi embora. Olho para ela. — Está tudo bem? - Fico olho em seus olhos. — Você sabe da dor que ele me causou, a sua presença não me deixa confortável. — Mas não te deixa confortável pelo que aconteceu ou você ainda se sente muito ligada a ele? - sei que a minha pergunta deve s
CARMEM NARRANDO Meu Deus eu pensei que esse plantão não fosse acabar. Eu estou literalmente morta, sem exageros. Além da ala pediátrica tive que atuar como clínica geral, outro médico faltou. Deus tenha piedade de mim porque amanhã eu vou passar o dia inteiro hibernando, Ruan que arrume o que fazer. Ah, a Karol só tem plantão a noite, então fica mais fácil e espero de coração que eles arrumem o que fazer juntinhos. Contanto que não sejamos gemidos altos, por favor. Começo a rir com as minhas bobagens enquanto pego a minha bolsa e vou colocando as minhas coisas. O celular toca e quando olho era ele, o meu gostosão. —Alo — Oi minha linda, estou aqui na frente do hospital te esperando. — Estou indo tá? Rapidinho chego aí. Beijo Desligo, pego as minhas coisas e sigo para encontrar ele. Meu Deus, quando penso o tanto que eu estou cansada e só vou jantar com ele porque realmente eu prometi, mas a minha vontade era chegar em casa e dormir por 3 dias. Chego na frente do
KAROL NARRANDO Estaciono o carro, mas antes de ir entrar no aeroporto, pego um papel e escrevo Dra. Karol em letras garrafais, quero brincar com ele. O jantar já estava pronto que a dona Ariana tinha preparado. Agora vamos lá. Espero que eu consiga segurar a minha onda. Sigo para o desembarque e não demora muito e aquele homem lindo de sorriso largo, barba maravilhosamente cheirosa e um corpo escultural aparece. Eu levanto a plaquinha. Ele sorrir. — Acha que eu ia esquecer? - Dou um sorriso para ele e que abraço caloroso, nem acredito que percebo que estava com saudades do toque dele. Os nossos olhos se prendem e ele passa a mão em meu rosto e me dá um beijo bem perto da boca e aquilo mexe comigo. — Seja bem vindo. - E eu mostro para onde vamos . — Como foi a viagem, tranquila? — Foi sim, pra ser sincero eu ando tão cansado que dormi a viagem toda. — Hum, e que canseira é essa? - Falei para ele dando uma piscada, fazendo um duplo sentido essa resposta dele. — T
ALEX NARRANDO Voltamos para casa em meio a um silêncio, mas do que nunca todas as palavras ali discutidas hoje ecoavam na minha mente. Ela jogou verdades dolorosas na minha cara. Em mais de um ano foram momentos de felicidades extremas e de dores profundas, muitas dessas dores causadas por mim e pela mulher que eu mais amei na vida, mas eu não posso simplesmente dizer que ela é a principal causadora dessa minha inconstante infelicidade. Chegamos em casa, seguimos para o quarto do nosso filho que dormia tranquilamente, a baba que estava ao lado dele também dormia. Seguimos para o nosso quarto depois. Era por volta das 22:00h quando chegamos. Eu estava sem sono e inquieto por tudo que a presença do Peyton fez eu e a Noemi refletir. — Eu vou ficar um pouco no escritório, você se importa? - Olho para ela esperando que ela não fique chateada. — Claro que não, acho que tanto eu como você precisamos ficar um pouco as sós depois do que conversamos hoje. - Olho para ela, dou um