RUAN AGUILAR NARRANDO Estou aqui setor de embarque, seguindo viagem para Palermo, irei visitar minha irmã Carmem. Claro que eu estava louco para encontrá-la. Ela é a minha irmã mais nova. Somos bem ligados, não deixamos de nos falar um dia se quer. Quando ela resolveu sair de Barcelona e ganhar o mundo, foi difícil para mim, porque além de irmã é a minha fiel confidente. Sempre levei muito esporro dela, afinal, sim, eu era daqueles cafajestes incorrigíveis. Nunca fui fácil de amar, de me apagar a ninguém. Eu passei um tempo longe fazendo cursos e trabalhando para as empresas da nossa família, vinha visitar, mas era sempre corrido. Depois de quase 3 anos que ela estava na faculdade é que pude ter mais contato com a melhor amiga dela, a Eliza, antes era muito menina, que garota linda, mas fui alertado (se você chegar perto dela seu Don Ruan, eu corto o seu brinquedinho sexual). Naquele momento eu pude ver como elas eram como irmãs e não é que senti ciúmes? Ali perceb
CARMEM NARRANDO Mas o que porra ta dando nessa emergência hoje? Quantas crianças doentes, pela misericórdia do senhor. São 6h da manhã e eu não parei um minuto. Agora que vou descansar um pouco, estou realmente quebrada.Que madruga pesada. Sigo para a sala dos médicos, tomo um banho, troco de roupa e deito, nem celular quero olhar, vou só deixar o meu celular perto, posso ser chamada para emergência. Sinto alguém batendo na minha bunda. — Acorda criatura que aqui né hotel não? Onde já se viu? São 9h quase. — Ou sua filha da pu.ta, acha que fui dormir que horas em? po.rra, Karol, estava num sono tão bom, sonhando com meu gostosão. - Começo a rir. — Mas olha, a ordinária já com sonhos eróticos. A coisa já está nesse nível? Que bom né? - Olho para ela e começo a rir. — Eu estava sonhando mesmo, e foi tão bom, ele é tão doce e intenso.Mas não era erótico não. — Hummmm, sério que te faz lembrar alguém? Você falava para mim que o falecido era exatamente assim.
ALEX NARRANDO — Boa noite, tudo bem Noemi, que surpresa te ver por aqui. - Eu não tinha a menor ideia de quem era, mas sinto ela travar. — Oi Peyton, tudo bem sim. Esse aqui é o meu marido Alex - Ela nos apresenta e confesso que fiquei surpreso pela coincidência. — Ola, boa noite, muito prazer. - Estendo a mão a ele e ele me olha de uma forma não muito agradável. — O prazer é meu. - Ele encara a Noemi e percebo entre os dois a mesma tensão que me prende a Carmem. — Bom, preciso ir, foi um prazer revê-la, e prazer conhecer você. — Prazer foi meu. - Eu ia falar o quê? Ele foi extremamente educado, e também foi alguém que passou na vida dela, não se tem como apagar o passado de ninguém. Ele foi embora. Olho para ela. — Está tudo bem? - Fico olho em seus olhos. — Você sabe da dor que ele me causou, a sua presença não me deixa confortável. — Mas não te deixa confortável pelo que aconteceu ou você ainda se sente muito ligada a ele? - sei que a minha pergunta deve s
CARMEM NARRANDO Meu Deus eu pensei que esse plantão não fosse acabar. Eu estou literalmente morta, sem exageros. Além da ala pediátrica tive que atuar como clínica geral, outro médico faltou. Deus tenha piedade de mim porque amanhã eu vou passar o dia inteiro hibernando, Ruan que arrume o que fazer. Ah, a Karol só tem plantão a noite, então fica mais fácil e espero de coração que eles arrumem o que fazer juntinhos. Contanto que não sejamos gemidos altos, por favor. Começo a rir com as minhas bobagens enquanto pego a minha bolsa e vou colocando as minhas coisas. O celular toca e quando olho era ele, o meu gostosão. —Alo — Oi minha linda, estou aqui na frente do hospital te esperando. — Estou indo tá? Rapidinho chego aí. Beijo Desligo, pego as minhas coisas e sigo para encontrar ele. Meu Deus, quando penso o tanto que eu estou cansada e só vou jantar com ele porque realmente eu prometi, mas a minha vontade era chegar em casa e dormir por 3 dias. Chego na frente do
KAROL NARRANDO Estaciono o carro, mas antes de ir entrar no aeroporto, pego um papel e escrevo Dra. Karol em letras garrafais, quero brincar com ele. O jantar já estava pronto que a dona Ariana tinha preparado. Agora vamos lá. Espero que eu consiga segurar a minha onda. Sigo para o desembarque e não demora muito e aquele homem lindo de sorriso largo, barba maravilhosamente cheirosa e um corpo escultural aparece. Eu levanto a plaquinha. Ele sorrir. — Acha que eu ia esquecer? - Dou um sorriso para ele e que abraço caloroso, nem acredito que percebo que estava com saudades do toque dele. Os nossos olhos se prendem e ele passa a mão em meu rosto e me dá um beijo bem perto da boca e aquilo mexe comigo. — Seja bem vindo. - E eu mostro para onde vamos . — Como foi a viagem, tranquila? — Foi sim, pra ser sincero eu ando tão cansado que dormi a viagem toda. — Hum, e que canseira é essa? - Falei para ele dando uma piscada, fazendo um duplo sentido essa resposta dele. — T
ALEX NARRANDO Voltamos para casa em meio a um silêncio, mas do que nunca todas as palavras ali discutidas hoje ecoavam na minha mente. Ela jogou verdades dolorosas na minha cara. Em mais de um ano foram momentos de felicidades extremas e de dores profundas, muitas dessas dores causadas por mim e pela mulher que eu mais amei na vida, mas eu não posso simplesmente dizer que ela é a principal causadora dessa minha inconstante infelicidade. Chegamos em casa, seguimos para o quarto do nosso filho que dormia tranquilamente, a baba que estava ao lado dele também dormia. Seguimos para o nosso quarto depois. Era por volta das 22:00h quando chegamos. Eu estava sem sono e inquieto por tudo que a presença do Peyton fez eu e a Noemi refletir. — Eu vou ficar um pouco no escritório, você se importa? - Olho para ela esperando que ela não fique chateada. — Claro que não, acho que tanto eu como você precisamos ficar um pouco as sós depois do que conversamos hoje. - Olho para ela, dou um
CARMEM NARRANDO Abro o perfil dele e as suas mensagens são mostradas. As lágrimas começam a brotar sem eu sentir, porque ali eu sinto a dor, ali eu sinto a saudade, ali eu sinto o quanto o machuquei, o quanto feri uma pessoa já devastada pela dor. Ali eu entrego a minha culpa, sim, a minha culpa porque ele me mostrou amor, ele me deu o amor mais genuíno que eu encontrei de um homem. Não sei se eu deveria mais acho melhor, e sim vou responder eu preciso que ele entenda também o que eu sinto em relação a tudo isso.. "Eu sei que não deveria estar aqui te mandando mensagem, não depois de tudo que falamos e depois de tudo que eu fiz. (Alex)" oi, para ser sincera eu também nem sei porque estou te respondendo, mas também quero que você saiba que ambos tivemos culpa, mas se o primeiro passo não tivesse sido meu nesse processo talvez não tivéssemos tão machucados. "Mas saiba que apesar de tudo eu amo você, você é uma das coisas mais importantes da minha vida..(Alex)" Eu não
MIKHAIL MIKHAILOV NARRANDO Cerca de mais de 33 anos atrás. Bato na porta do escritório do meu pai, e ele fala para que eu entrar. — Bom dia meu отец (pai). - Meu pai era um homem duro, mas quando se tratava de mim ele era bem maleável, sou filho único homem, mas tenho uma irmã chamada Tatiana. Tudo que peço a ele sou atendido, apesar da dureza que ele ostenta em si. Na verdade o meu pai é considerado um demônio aqui na Rússia, mas se o assunto é família ele vira outra pessoa. Ele é o todo poderoso da máfia Solsnetskaya, a máfia mais sanguinária da Russia, dotada de torturas cruéis, mas as mais eficazes, e fazemos isso com sorriso no rosto, porque fazemos por prazer, não deixamos oponentes nos vencer, nunca somos derrotados, somos tratores onde tudo fazemos, tudo podemos. Mas o que mais chama atenção em nossa organização é a grande influência naquilo que fazemos, os nosso negócios vão de tráfico de armas, lavagem de dinheiro e até negócios legais. Ao longo do tempo