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Heitor

— Como pode fazer isso comigo, pai? Como pode destruir o seu próprio filho desse jeito? — pergunto, me curvando sem forças enquanto os soluços de um choro descontrolado balança o meu corpo violentamente. — AAAAAAAAAAH! — grito sozinho no cômodo várias e várias vezes, tentando me livrar dessa dor, dessa angústia que parece me rasgar por dentro. Eu a perdi! Penso completamente desolado — AAAAAAAAAAH! Eu te odeio, pai! Odeio no que me transformou! Eu sou um maldito monstro e a culpa é toda sua! — Ofegante, eu paro e olho ao meu redor, e o silêncio quase toma conta do lugar se não fosse a minha respiração alterada se espalhar por todo ele! Paro o choro e as lamentações, respiro e tento pensar com clareza. — Tadeu! — digo com desespero e me sento no chão. Pego o meu celular e ligo imediatamente para ele.

— E aí, você fez? — Ele pergunta com a sua habitual alegria assim que atende à ligação.

— Eu a perdi, Tadeu! — sussurro com sofreguidão e entre novas lágrimas que começam a se derra
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