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Heitor

— Ei, está tudo bem aí! — Em meio ao meu inferno escuto o som da sua doce voz. Ela está aqui. O meu anjo salvador veio para me resgatar, embora eu não seja merecedor de ser salvo. — Heitor, olhe pra mim! — Ela pede com voz baixa, porém, não quero que ela me veja assim. Estou quebrado, amargurado e entregue a minha cegueira. Porque sim, eu estive cego todo esse tempo. — Heitor, por favor! Por favor! — Em sua súplica sussurrada sinto o seu abraço e escuto os seus soluços. Ela está chorando por mim? Não chore, minha menina, eu sou um monstro e não mereço o seu sofrimento! Penso em afastá-la de mim. Queria que ela fosse embora, que me deixasse aqui, mas a sua presença fez toda a minha tormenta mover-se em câmera lenta. Todos os seus ruídos e destruições pararam no mesmo instante que ela me abraçou e eu me agarrei a esse gesto deixando-a me envolver nesse abraço. — Vem, eu vou te levar pra casa.

— Não! Eu... não quero ficar sozinho lá! — lamento.

— Tudo bem, Heitor! Vem comigo! — Is
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