Contrato com o CEO arrogante
Contrato com o CEO arrogante
Por: Angêl López
Prólogo

A noite trazia uma brisa suave, repleta de promessas de dias melhores, enquanto observava a mulher de beleza radiante caminhando em minha direção. Sentia-me empolgado, embora ela carregasse um semblante perturbado e perdido. Ansioso, decidi me aproximar, segurando sua mão, trazendo-a para mim.

— Você está deslumbrante, meu amor — disse ao admirar Patrícia, minha noiva. Ela usava o vestido rosa-claro que lhe presenteei, estava impecável, porém parecia surpresa com minha atitude de reservar um restaurante apenas para nós dois, uma noite exclusiva nossa.

— Oi, amor, que lindo! — Ela sorriu, mas percebi um vazio por trás dele, sua falta de emoção começava a me decepcionar, mas naquele momento decidi ignorar. Aproximei meu rosto do seu pescoço, sentindo seu cheiro, um perfume que tanto apreciava em sua pele.

— Sente-se, amor. Está noite é nossa — falei, deixando um suave beijo no dorso de sua mão. Ela me olhou confusa, seus olhos revelando uma inquietação que me angustiava.

— Precisamos conversar, Rodolfo! — Declarou, apreensiva.

— Podemos conversar depois do jantar. Sente-se! — Disse, ela obedeceu sem questionar, sentando-se à minha frente. Seu corpo estava presente, mas sua mente parecia distante, seus pensamentos vagueando longe dali. Enquanto bebíamos vinho, eu a observava. Essa mulher é maravilhosa, tão bela como as pétalas de rosas-vermelhas espalhadas pelo chão.

Levantei-me e estendi a mão para dançar com ela, querendo que a noite fosse perfeita. Movemo-nos juntos, trocando olhares, até que me aproximei para beijá-la, mas ela interrompeu nossa dança, virando-se de costas para mim.

— Desculpe, Rodolfo, não posso continuar — fiquei confuso, incapaz de entender sua atitude. Aproximei-me devagar, tocando sua cintura e descansando meu rosto em seu pescoço, tentando argumentar com carinho.

— O que está acontecendo, minha linda? Por que isso agora? — Sussurrei em seu ouvido.

— Chega, eu não quero mais. Não desejo ser sua noiva, nem sua esposa — garantiu, me deixando perplexo. Olhei ao redor preocupado com que alguém pudesse escutar a nossa conversa. Minha reputação era importante e ser rejeitado pela minha noiva durante um jantar romântico era inaceitável.

— Fale mais baixo! Por que está dizendo isso? — Repreendi.

— Porque eu não quero mais. Você tem sido insensível e distante, isso não é para mim — seu olhar vazio me cortava, era difícil acreditar que aquela mulher pela qual eu era tão apaixonado proferia palavras tão frias.

— Eu? — Questionei, realmente surpreso. — Preparei tudo isso para você e eu sou insensível? Este salão está decorado com pétalas de rosas que mal notou. Posso estar distante, mas é devido aos negócios, você sabe disso — tentei me justificar. — Qualquer tempo que tenho reservo para estar com você.

— Não estou pedindo explicações, Rodolfo. Só quero seguir minha vida sem você — ela afirmou, causando uma dor ardente no peito. Respirei fundo, tentando me acalmar.

— Vamos sair e conversar — tentei me aproximar, mas ela ergueu a mão.

— Não! Não quero mais, entendeu? Se você aparecer em minha casa amanhã, será manchete em todos os jornais: "Rodolfo, CEO renomado, leva um pé na bunda em noite romântica" — disse com desdém. Apertei meu maxilar, sentindo a fúria percorrer meu ser.

— Entendi, Patrícia. Então vá e nunca mais volte. Compreendeu? Não se aproxime de mim novamente!

— Ainda tenho ações na sua empresa, então continuarei presente. Mas fique tranquilo, ficarei distante. Eu não desejo seu mal, Rodolfo, mesmo você sendo um homem vazio — garantiu.

— Eu desejo. Desejo que não encontre alguém que faça o que fiz por você. Você não merece ser feliz! — Ela revirou os olhos.

— Tchau, Rodolfo! — Sorriu, encarando meus olhos ao dizer aquelas palavras, aquilo se fixou como uma tatuagem na minha pele.

— Você vai se arrepender, Patrícia! — Esbravejei e descontei minha frustração derrubando a mesa. Deixei o lugar praguejando aquela mulher.

Como ela pôde me fazer isso? Sempre fui apaixonado por ela, contudo, ela ultrapassou os limites. Admito que tenho estado distante, mas é preciso compreender que, ao lado de um homem de negócios, frequentemente as demandas profissionais assumem a prioridade. Foi assim que meu pai me ensinou, não tive outro exemplo além de trabalhar duramente para fazer minha empresa crescer pelo mundo. Estou sendo egoísta? Pode ser que sim. Mas não sei ser diferente, foi assim que fui criado.

Minha noite acabou e eu dirigia me perguntando o porquê de tudo aquilo, por que palavras tão frias de alguém que eu tanto me dediquei? Por que Patrícia agiu assim?

Respirei fundo, tentando assimilar tudo que havia acontecido. Mas quer saber? Não me interessa mais. Eu não quero saber seus motivos, eles devem ser tão vazios quanto as palavras que me direcionou.

(...)

Ao chegar em casa, segui diretamente para o bar e me servi de uma generosa dose de uísque. No entanto, quanto mais eu bebia, mais as lembranças daquela mulher começavam a invadir minha mente. Ela não deveria ter feito aquilo comigo. Não podia ter esperado até depois do jantar? Precisava agir de forma tão fria diante de algo tão romântico?

Naquele instante, quaisquer sentimentos que residissem em mim foram extirpados. Tomei a firme decisão de nunca mais me entregar a qualquer mulher; elas não são dignas do meu amor. Enquanto ingeria o álcool, meus olhos se fixaram na fotografia de nós dois, e ali, entre goles e memórias, jurei a mim mesmo vingar-me de Patrícia. Ela não ficaria impune. Muito em breve, sentiria todo o peso de ter despertado a minha ira e o ardente desejo de vingança!

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