2 semanas depois…

Tati

Já era hora da minha partida, não teria como evitar, precisava correr atrás dos meus sonhos. Sabia que estava deixando um amor para trás, um amor em que amei sozinha, já que Gustavo nunca me viu como mulher. Sim, sempre fui apaixonada pelo meu primo, não era à toa que morria de ciúmes dele com a Letícia. A nossa convivência mudou completamente após a trágica morte do meu pai; ele se tornou mais carinhoso, mais amoroso. Brincamos, sorrimos, mas nunca tive coragem de me declarar e acabei antecipando minha viagem em alguns dias.

Minha mãe, Letícia, meu irmão Rodolfo, além da minha sobrinha Manu, vieram para o meu embarque. Guga não quis vir, o que me decepcionou bastante com sua atitude. Pelo menos, na despedida, consegui falar com ele, que revelou também estar de partida, mas suas palavras me surpreenderam: “Estou de partida também, Tati, mas vou com minha amada.” Meus olhos se encheram de lágrimas ao ouvir que ele já tinha alguém. Me despedi dele emocionada e seg