05. Capitulo

Eu e Vinicius continuamos conversando mais um tempo enquanto Lucy conversava com os rapazes que dançam. Enquanto conversava com Vinicius, recebi uma ligação, era um número desconhecido, falei para Vinícius que retornaria a ligação a ele. Preciso atender, estou muito ansiosa por um trabalho, ou logo terei que voltar para minha cidade natal.

(...)

Ligação

— Olá, bom dia.

— Bom dia. Com quem eu tenho o prazer de falar?

— Letícia, com quem falo?

— Olá, Letícia. Aqui é Sabrina, representante da RB Empreendimentos. Gostaria de saber se você estaria disponível para uma entrevista com a supervisora geral hoje às 14h. — Arregalei os olhos ao ouvir isso, sentindo uma mistura de surpresa e animação, mas mantive a formalidade na ligação.

— Certamente, estou disponível.

— Perfeito. Enviarei o endereço para este número e aguardaremos sua confirmação. Agradeço muito pela sua atenção.

— Eu que agradeço. Tenha um bom dia. — Falei animada, desliguei a ligação e saí apressada, correndo até Lucy sem sequer me lembrar de que ela estava envolvida em uma conversa.

— Deu certo, amiga, deu certo! Estou indo para casa, preciso me arrumar.

— Calma, o que deu certo? — Lucy perguntou, confusa.

— Recebi uma ligação. Farei uma entrevista em uma grande empresa. Preciso ir agora.

— Vou com você.

— Não, não precisa. Fica aí, não quero te atrapalhar.

— Está bem, então. Boa sorte, minha linda.

— Obrigada. Até mais. — Dei um beijo em Lucy e saí apressada para me arrumar. Preciso ser rápida, já que vou de metrô, não quero chegar lá toda suada. Portanto, vou me arrumar cedo para não precisar me apressar.

Ao me preparar para a entrevista, escolhi um conjunto de calça e blazer, a opção mais formal que tenho em meu guarda-roupa. Evitei roupas mais casuais, pois quero causar uma boa impressão. Quanto à maquiagem, decidi por algo simples e elegante, considerando que a reunião está marcada para o período da tarde. Já na bolsa, certifiquei-me de incluir lenços umedecidos, tenho uma certa aversão ao suor e, por isso, costumo utilizar esses lenços para manter uma sensação de frescor.

(...)

Cheguei ao meu destino, e para minha surpresa, percebo que é a mesma empresa em que fiz a entrevista ontem. A sensação é de que algo positivo está no ar, e mal posso esperar para confirmar minhas expectativas.

Ao entrar, fui prontamente direcionada à sala da supervisora, uma mulher notavelmente elegante que reconheci como a mesma entrevistadora do dia anterior. A conversa transcorreu de maneira animadora, e finalmente, ela anunciou que a empresa desejava me contratar, com início já no dia seguinte. Meu coração parecia querer saltar do peito com a notícia; estava radiante.

A supervisora solicitou que eu me adiantasse e fosse até o setor de Recursos Humanos para resolver toda a parte burocrática. Cumprindo as instruções, o processo levou um pouco de tempo, mas tudo transcorreu sem problemas. Recebi meu uniforme, pronto para iniciar no dia seguinte, e, neste momento, a felicidade não cabia em mim.

Ao sair do imponente edifício, meu celular começou a tocar.

— Droga, esqueci do Vinicius. — comento ao ver seu nome na tela do celular. Ele não gosta quando digo que esqueci, argumenta que não penso mais nele como antes. Rapidamente, atendo e trato de explicar que estou na correria.

Ligação

"Oi, amor, me perdoe por não retornar. Estou na rua e acabei de ser contratada por uma grande empresa, serei…" — Falo apressada, aproveitando o momento em que o sinal fechou. 

Ao começar a andar, percebo um motorista apressado tentando furar o sinal. Seu carro derrapa antes de me atingir, fazendo meu celular cair no susto. O motorista começa a buzinar com raiva.

— Sai da frente, maluca! — Grita o homem, abrindo o vidro do lado dele. Furiosa, pego meu celular do chão e bato no vidro do passageiro até o idiota que quase me atropelou abrir. Para minha surpresa, percebo que é o mesmo sujeito que derrubou meu prato ontem. Olho para ele incrédula, mas também com fúria, pronta para desabafar. No entanto, o babaca sorri como se nada tivesse acontecido, demonstrando claramente que busca confusão.

— Passa por cima, não vê que o farol está fechado? Onde comprou sua carteira? — Exclamo irritada, gesticulando. Tenho certeza de que ele me reconheceu.

— Tem sorte que não quero amassar o meu carro.  

— Você é muito abusado, se acha dono do mundo, seu babaca.

— Sou dono do meu mundo, gracinha. Agora, atravesse a rua logo, e se eu ganhar uma multa, será por sua culpa. Já não basta minha camisa. — Bufei ao ouvir o homem, mas estou tão feliz que não vou discutir com esse ser desprezível.

— Tem sorte do meu dia estar favorável. Espero nunca mais ter que avistar a sua cara. Passe bem. — Ele não falou nada, apenas me olhou com fúria, mas logo deu um sorriso, que cafajeste. 

Atravessei a rua sob os olhos atentos do homem. Odeio sentir que estou sendo observada. Depois que atravessei, o idiota saiu com o carro, derrapando os pneus e fazendo meu coração saltar. Após do ocorrido, tomei o meu rumo. Com o tombo, meu celular quebrou a bendita da tela. Tô vendo que esse cara só aparece para me dar prejuízos.

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