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ELENA NARRANDO

Meus sentimentos estavam a flor da pele. De repente, vi a maca com Dimitri sendo transportada para outra área do hospital e aquilo me fez tremer ainda mais. Eu abri minha bolsa e peguei um comprimido para a síndrome do pânico, tomei e respirei de forma profunda, tentando me acalmar. Que droga, que droga!

— Calma, Elena... — Marcos se aproximou de mim e me ofereceu um abraço. Eu o abracei e encostei meu rosto em seu peito, chorando de forma desesperada.

— Eu estou apaixonada por ele! Eu devia ter dito que o amava mais vezes, eu devia ter confessado todos os meus sentimentos antes disso acontecer! Estou tão arrependida! — Falei, chorando.

— Se acalma, minha prima... O que tiver que ser, será. Eu torço para que as coisas dêem certo para vocês, mas se não der, saiba que estarei aqui para recolher suas lágrimas. — Ele afirmou e eu concordei com a cabeça.

— Obrigada por estar presente como um pai pra mim, Marcos. — Eu disse.

— Não precisa me agradecer. Sou um homem de palavra
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