Contos de uma Fada 3 - A Princesa Guerreira

Contos de uma Fada 3 - A Princesa GuerreiraPT

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Índice

O tempo de Michelle na Terra chegou ao fim. Novamente, ela deve permitir-se deixar a vida humana, seus amigos e seu amado, Guilherme. Dessa vez, ela sabe o que está deixando e para onde está indo e seu coração se sente leve por ter feito tudo o que podia. Voltar para casa não parece tão complicado, exceto por sua magia, que parece cada dia mais forte, exceto pelo reino que exige cada vez mais de sua princesa, exceto pela guerra que está para estourar no leste de Lammertia por disputas de poder e território.

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Sinopse e prefácio
O tempo de Michelle na Terra chegou ao fim.Novamente, ela deve permitir-se deixar a vida humana, seus amigos e seu amado, Guilherme. Dessa vez, ela sabe o que está deixando e para onde está indo e seu coração se sente leve por ter feito tudo o que podia.Voltar para casa não parece tão complicado, exceto por sua magia, que parece cada dia mais forte, exceto pelo reino que exige cada vez mais de sua princesa, exceto pela guerra que está para estourar no leste de Lammertia por disputas de poder e território.  Desde sempre, antes que eu retornasse e deixasse os braços dele me envolverem, sabia que teria que partir.Deixei-me acomodar. O tempo passou e, o que foi designado para mim, parecia não se esgotar. Achei que talvez a ironia do destino de ser híbrida estivesse sorrindo para mim e que nunca teria que
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Capítulo Um: O Renascimento
Capítulo UmO Renascimento — Está tudo bem? — Guilherme me perguntou pela milésima vez naquela manhã.Queria dizer-lhe a verdade. Levantei meus olhos do lenço que meu pai me dera e que estava tentando enfiar na pequena mala que comecei a preparar naquela manhã. Sabia que ele podia entender o que estava acontecendo.Sentei-me na cama ao lado da mala e enfiei minhas mãos no meu cabelo, desesperada, sentindo a dor latejando em minhas costas, em áreas já conhecidas. Não queria me deixar chorar porque não me sentia triste. Sempre soube que aquela partida teria que acontecer, embora estivesse começando a duvidar depois de passar quase um ano e meio na Terra. Tal como sentira saudades de Guilherme em Lammertia, sentia falta do meu mundo, das minhas amigas e da minha família enquanto estive Terra, mas cada momento, cada milésimo de segun
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Capítulo Dois: A Negação
Capítulo DoisA Negação — Hm — gemi ao despertar.Dormir e não ter consciência do quanto estava doendo era infinitamente melhor do que acordar com minhas costas em brasas. O balanço do barco diminuiu imediatamente e senti as mãos molhadas de Kieran em meus cabelos, percebendo que ainda estava em seu colo.— Oi — murmurou para mim, parecendo preocupado.— Oi, Kie — deixei-me falar, a voz falhada e fraca por causa da dor. Ele tinha conseguido me ajeitar no barco ao ponto da conforto e servira de travesseiro para mim.Forcei-me a me sentar, contendo um grito ao trincar os dentes. Kieran me observava com cuidado, parecendo saber o que estava se passando, mesmo que eu tentasse não demonstrar. Sentia cada pedaço da base das minhas asas queimando e latejando.— Eu tentei te curar enquanto você dormia — confess
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Capítulo Três: A Luz
Capítulo TrêsA Luz Tudo o que me foi permitido ter em Alvorada foi um dia. Ao chegar, Tharlion nos levou para seus aposentos privados, onde a mesa estava posta. Lorena não se juntou a nós porque preferia ficar de guarda e, apesar dos meus pedidos, ela apenas sorriu e disse que era sua função e que haveria tempo para conversarmos depois, deixando-me sozinha com meu pai e meu irmão. Me pai me ajudou a sentar com o mínimo de dano possível e ele e Kieran me ajudaram a tirar a comida para que eu me locomovesse o mínimo possível.Então Tharlion quis saber de Guilherme. Não tivemos muito tempo para conversarmos da minha vida na Terra antes, mas, ao retornar, meu pai queria saber todos os detalhes. Comecei falando que Guilherme tinha perdido o pai há pouco tempo quando retornei e falei um pouco de Seu Silvério e como ele tinha sido bom para mim. Tha
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Capítulo Quatro: A Festa
Capítulo QuatroA Festa Kieran foi escoltado para seu quarto contra sua vontade, enquanto Lorena e um grupo de azuis me deixou à porta da escada que levava até os aposentos privados de minha mãe, na torre da quebra. Não muito contente em subir toda aquela escadaria, forcei-me a ignorar a dor nas costas e segui adiante, com uma pequena pausa para admirar a sacada que eu tanto gostava. Alcancei os aposentos de minha mãe e bati na porta.Fiquei esperando que ela me pedisse para entrar e deixei meu queixo cair quando a porta se abriu de supetão e ela abriu o maior dos sorrisos ao me ver.— Filha — soprou, parecendo feliz em me ver. Antes que eu pudesse pará-la, ela me puxou para um abraço e se afastou em um pulo quando não aguentei a dor e gritei. — Oh! Eu sinto muito. Está muito ruim?Ela deu a volta em mim para avaliar minhas asas. Ouvi su
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Capítulo Cinco: A Diplomacia
Capítulo CincoA Diplomacia Eu tinha me esquecido como era ter ressaca; nunca fora uma adolescente propensa a bebedeiras, mas tinha me divertido um pouco demais algumas vezes, incentivada por Mariana e, de todas, a manhã do dia seguinte ao meu retorno à Castelo Alado foi uma das piores. Não sabia dizer se eu exagerara ou a bebida que nós tomáramos era mais forte, mas minha cabeça parecia que iria explodir enquanto minhas costas começaram a coçar, demonstrando o início da cicatrização.O fogo minimizou a dor de cabeça e Ellen me visitou logo cedo com seu tratamento alternativo, aplicando cremes naturais frescos, sem nenhum vestígio da noite anterior — e ela tinha bebido mais que todas nós juntas.— Pode arder — alertou-me.— Ah. Vai fundo, já estou acostumada — resmunguei.Ardeu, mas n
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Capítulo Seis: A Decepção
Capítulo SeisA Decepção Ainda na mesma tarde, minha mãe comunicou o conselho sobre minha viagem, verificando se haveria objeções e, para minha surpresa, não houve.— Elas estão começando a confiar e a respeitar você — ela me disse, acariciando meu rosto. — Está se tornando uma mulher incrível, minha filha, e vai ser a melhor rainha que jamais tivemos.Agradeci aos elogios, mas não havia muito tempo. Lorena ficara responsável por preparar meus suprimentos e encontrou comigo aos jardins, pronta para partir. Kieran estava com ela, para o meu desagrado total.— Kieran, você não vai — disse a ele, emburrada.— A mamãe disse que eu podia ir — retrucou. — Você não vai sobreviver cinco minutos fora daqui sem mim.Depois de ter pedido cinco minutos e
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Capítulo Sete: O Descontrole
Capítulo SeteO DescontroleMinha mente se transformou em um redemoinho de pensamentos embaralhados; esqueci tudo sobre Estamina, Melissa, o vale dos sussurros e sobre precisar parecer contida e respeitável porque era a princesa bomba-relógio que estava começando a conquistar a confiança de todos. Só corri para longe de forma desengonçada pelo campado, minhas asas sendo resistência ao vento e me atrasando.De poucas coisas claras que eu consegui pensar, uma delas se sobressaiu: eu iria estragar tudo e precisava da minha mãe.— Vento — pedi. — Avise minha mãe que... — o que eu deveria avisar à Kathelynn? — Guilherme está aqui e tem medo de mim... E eu não estou bem.O vento entendeu a urgência da mensagem com meu descontrole emocional e saiu em alta velocidade à minha frente, levantando meus pés do chã
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Capítulo Oito: O Filtro
Com Princesa e Flecha em ótimas formas físicas, pegamos a estrada real para Agulha Erudita em alta velocidade, passando pelos poucos viajantes que seguiam caminho por ela como balas de canhão. Conseguimos atravessar a fronteira ainda ao final da tarde, sem desacelerar. Deixei-me curtir o momento, minha mente tão concentrada na corrida e em guiar Princesa que me esqueci de Guilherme e sua rejeição por aquela tarde em disparada pelo meu território.Não demorou muito mais de cinco minutos desde que adentramos os vales de Agulha Erudita para que sentíssemos a presença da guarda real correndo ao nosso redor. Pelo que pude ver de suas expressões, não estavam muito felizes com nossa velocidade avançada, mas Lorena conseguiu relaxar e se divertir. Só deixei Princesa desacelerar quando visualizamos o castelo de meu pai, no topo da colina, com a cidade de Alvorada abaixo dela. Foi sem alar
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Capítulo Nove: O Amor
Capítulo NoveO Amor Com meu pai, que era menos estressado e mais experiente na liderança, além do seu território ser menor e menos hostil que o de minha mãe, pude fazer pequenas viagens diplomáticas pelo território norte do país. Com um pouco de sorte, consegui ser apresentada ao líder dos faunos, Caverien, a poderosa líder dos centauros, Nataly e alguns líderes regionais dos anões. Percebi a hostilidade dos centauros e dos anões comigo, parte por eu ser fada, parte por ser híbrida. Os povos ao norte tinham sofrido mais na grande guerra e eram menos suscetíveis à dominação fádica porque era incomum terem uma relação mais próxima com os governos vermelhos.— Mas você é diferente — meu pai beijou minha cabeça, enquanto acampávamos na divisa entre Pon&iacut
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