—Você não deveria ter feito essa merda, Esther, você não sabe o que te espera, você vai se arrepender por isso. —Diz friamente enquanto encara a mulher colocando a aliança no próprio dedo. Derick Scott acaba de voltar para sua cidade natal, Detroit, trazendo com ele uma noiva com a qual ele pretende se casar, mas seus planos não sairão como ele espera, pois sua amiga de infância ainda acredita na promessa que fizeram anos atrás. Esther é uma jovem apaixonada, ela nunca esqueceu seu amor de infância e para ter seu felizes para sempre, ela é capaz de qualquer coisa. *Ele é frio; *Ela é apaixonada; *Ele gosta de estar no controle; *Ela não desiste; Será que um amor de infância dura para sempre? Esther acredita que sim e para ficar com o homem que prometeu amá-la, ela irá até o fim, não importam as consequências.
Ler maisESTHER CHRISTAL Eu realmente achei que iria morrer. Aquela mulher estava completamente louca, ela não falava nada com nada e ainda me chamou de Sophia algumas vezes. Ela também me bateu muito no rosto, mas, felizmente, ela não tinha tanta força. Quando ela mandou chamar o Scott, eu tive tanto medo que ela pudesse fazer mal a ele. Foram minutos de terror, mas o Scott foi perfeito, é incrível o autocontrole que ele tem para resolver as situações difíceis. Autocontrole e frieza, ele falava tão calmo com a mulher maluca que era difícil acreditar que estávamos numa situação tão perigosa. No fim, com apenas um tapa, o Scott descontou todos que eu levei dela, se eu disser que eu fiquei com pena, estaria mentindo, eu achei muito bem feito, ela estava maluca, mas mesmo assim quase me matou. Eu não sei como, aliás, eu imagino como, o Scott soube da minha gravidez, eu achei que ele fosse ficar com raiva, mas não ficou, ele ficou todo bobo ouvindo o coração do nosso bebê. Foi lindo. Agora
— Droga! Eu e minha boca grande. — A Jessica falou e eu tive certeza que ouvi certo. — Vamos logo, Rony! — O chamei com raiva. E muito ansioso também. Durante todo o caminho até o haras, eu não consegui parar de pensar nas palavras da Jessica. A Esther está grávida, grávida! Esta, com certeza, é a melhor notícia que eu poderia ter, principalmente porque nós estamos recomeçando e ser abençoado com um filho, é começar da melhor maneira possível. O Rony não falou nada, mas tenho certeza que ele ficou tão surpreso quanto eu. Assim que chegamos ao local, a polícia já estava lá, meu pai também. Eu tentei passar pela barreira dos policiais, porém não consegui, eu soquei o carro com muita raiva. — Calma, Scott! — Meu pai me segurou e me fez sentar — Você não pode ir lá ou pode colocar tudo a perder. — Mas, pai, isso tudo é por minha causa, a Esther só está lá porque eu a coloquei nisso. — falei e não fiz a menor questão de esconder meu desespero. — Scott, a polícia está fazendo bem o t
DEREK SCOTT Eu voltei para minha casa, minha e da minha esposa Esther. Sabe aquele momento em que tudo parece se encaixar, esse é o momento da minha vida. A Esther ainda tem pesadelos de vez em quando, mas estão cada vez menos frequentes, ela não voltou a trabalhar com marketing, está cumprindo sua pena com os trabalhos voluntários e resolveu trabalhar com a dança, ela e o Lucas estão criando um projeto lindo, uma escola de dança para crianças carentes da comunidade e que vai favorecer também às crianças e demais pessoas que fazem parte dos abrigos onde ela faz o trabalho. Eles já tinham esse projeto, mas agora ele será ampliado e terão escolas por várias cidades, eu estou tão orgulhoso dela. Nós estamos cada vez mais unidos, ela ainda fica distante às vezes, mas eu sou bem persistente. Quando quer me afastar, ela me deixa muito irritado ao tocar nos assuntos do passado, tenta usá-los como desculpa para se afastar de mim. — Eu não tenho que dar nenhuma explicação a você, Scott, nos
ESTHER CHRISTAL Há um mês o Scott está ficando aqui em casa. Eu não queria aceitar no começo, mesmo depois de tudo ter sido esclarecido em relação a Sophia, aliás, essa mulher não estava nada bem da cabeça há muito tempo, foi ela quem pagou para a mulher causar o acidente na escada rolante e eu, claro, denunciei, isso foi mais um agravante para aumentar sua pena, ela foi presa e corre um sério risco de ir para uma prisão com criminosos psiquiátricos. Voltando a mim e ao Scott, eu não queria aceitar que ele voltasse a morar aqui, mas depois de toda a insistência dele, da Jéssica, da Lunna e todos me pedindo pra dar mais uma chance a nós, eu aceitei. Mas, tem um motivo ainda mais especial para eu aceitar o retorno dele. Eu não poderia estar mais feliz, mesmo em meio a toda essa confusão eu ganhei meu maior presente, ou melhor um novo presente. Assim que descobri, fui contar às duas pessoas que vão amar saber dessa notícia.— Oi avô Henry, eu estou com muitas saudades, sabia? — falei,
DEREK SCOTT Eu consegui tirar a Esther de casa e nós tivemos um ótimo jantar; acho que finalmente estou conseguindo ultrapassar a barreira que ela criou em volta de si para me manter longe. Eu a vi sorrir, isso foi a melhor parte da nossa noite, ela estava feliz como há muito tempo não ficava. Depois do nosso jantar eu parei para conversar com um amigo de negócios e ela foi até a varanda me esperar. Sabe aquelas cenas que nos causam tristeza e decepção? Eu tive essa reação, tristeza, decepção, raiva, muita raiva. Estava chegando à varanda para chamar a Esther quando eu ouvi alto e claro, a voz da Sophia confessando que todas as vezes que ela e a Esther entraram em conflito foi provocado por ela, isso mesmo, foi a Sophia quem provocou. Eu já estava ciente disso, porém ouvir a Sophia confessando com tamanha satisfação e lembrar de tudo que eu falei, de como eu dei um tapa na Esther, fiz isso mesmo ela estando grávida, eu a agredi para defender a Sophia e no final, era tudo mentira. A
ESTHER CHRISTAL Eu juro que estou tentando melhorar. Eu preciso melhorar, mas está muito difícil. Eu não lembro do acidente, tenho apenas flashes de algumas cenas, mas eu tenho pesadelos todas as noites com os rostos das pessoas que estavam nele. Eu lembro que saí do escritório do advogado, para onde o Oliver me arrastou, e depois parei em um bar, onde eu bebi. Eu bebi muito. Esse foi o meu erro, beber muito. Depois que eu já estava tonta, não necessariamente tonta, eu estava aparentemente bem, mas o álcool já estava fazendo efeito no meu organismo; eu segui até uma concessionária ao lado do bar, onde eu tive a brilhante ideia de alugar um carro para sair um pouco da cidade, na verdade eu queria fugir para não assinar cancelar o contrato. Depois de pagar o aluguel e assinar os papéis eu liguei para minha mãe para avisar que iria sair da cidade por um tempo, eu estava chorando, então ela se preocupou e disse que era para eu passar na empresa do Teddy e pegá-la para gente conversar.
DEREK SCOTT Desde que saí de casa eu não conversei mais com a Esther. É muito difícil para mim ficar longe dela, mas eu sei que devo esse tempo à ela. Eu vejo ela quase todos os dias, de longe, eu também fico sabendo de tudo sobre ela, a Jessica me deixa sempre à par de tudo. Ouvir que ela chora todos os dias, que ela mal come direito, dói, dói muito saber o quanto ela está sofrendo e eu sofro junto. O pior disso tudo é reconhecer que eu tenho uma parcela de culpa nisso. Hoje foi a audiência de conciliação, depois de todos os malabarismos que fiz prometendo mundos e fundos ao governador, eu consegui fazê-lo convencer ao ministro da justiça a deixar pena dela a menor possível. Também tivemos que pagar as indenizações, mas isso foi o de menos, dinheiro não é um problema para nós. A Esther está fazendo acompanhamento com o psicólogo, porém não tem adiantado muito, ela se culpa pelas mortes no acidente e o fato da mãe dela ser uma das vítimas torna tudo pior. Eu não consigo medir o ta
— Rony, você... Você ouviu erra...— Hahaha, você vai dizer que eu ouvi mal, que tudo isso que você acabou de confessar não está certo? — Ele focou sua atenção nela, agiu como se eu nem estivesse aqui, isso me deixou um pouco frustrada.— Rony, eu não quis dizer isso, eu não faria isso! — Ela gritou e apontou o dedo para mim — Essa mulher, ela que me fez falar essas coisas. Me deu uma vontade enorme de acertar a cara daquela cínica, como ela tem coragem de me culpar mesmo sendo ela própria que começou a soltar a língua? Que ridícula!— Se você não faria por que disse com tanto orgulho que fez? Bya, eu já falei e, creio eu que, você também me conhece o suficiente para saber que não gosto de ser enganado. — Rony, por favor, acredite em mim — ela segurou o braço dele, que continuava cruzado — Eu não sei porque eu fiz isso. Por favor, acredite em mim. Eles estão tão envolvidos na discussão de "fez ou não fez" que nem me notam, eu virei-me para continuar o meu caminho até o escritório,
JESSICA (Bônus)Eu estou morando na casa da Esther há um mês, confesso que estou ficando mal acostumada com esse conforto todo. A Esther está muito mal, passando por momentos bem difíceis. Ela não aceitou o Scott, mesmo ele fazendo quase o impossível para provar seu amor por ela, ele teve que passar um tempo na casa dos pais. Nós sabíamos que seria complicado para ela aceitar e, principalmente, superar tudo que aconteceu, mas estar aqui e vê-la destruída emocionalmente é muito difícil para mim. Hoje ela teve uma audiência de conciliação com as famílias das vítimas onde foi acordado que ela pagaria uma indenização às famílias, não poderá mais dirigir e a pena ela vai cumprir fazendo serviço comunitário, por 5 anos. Mas, essa pena branda só foi possível porque o Scott conseguiu um acordo com o governador e, através dele e do secretário de justiça do Estado, eles substituíram a pena dela por trabalho comunitário. O Scott moveu céus e terra para isso acontecer. — Tess, você sabe que po