Álvaro assentiu: — Certo, então faremos do jeito que você disse. Mas, desta vez, é realmente uma ótima oportunidade para derrubá-los. Espero que vocês não a desperdicem. Dalila havia pensado seriamente sobre essa questão. Ela levantou o olhar para Álvaro, que tinha quase um metro e noventa de altura: — Eu sei. Vou agora mesmo para casa conversar com eles sobre isso. Assim que tiver um resultado, te aviso. Quanto ao Emerson, peço que você e a Sabi fiquem de olho nele para mim. Álvaro a observou enquanto ela saía: — Pode deixar, confie em mim. Dalila sorriu levemente e entrou no elevador. Assim que saiu, entrou na limusine Lincoln alongada e falou imediatamente ao motorista: — Vamos voltar à Mansão dos Carmo, rápido. — Certo, Srta. Dalila. A limusine disparou pela estrada, enquanto Dalila pegava o celular para avisar seu tio Américo e seu primo André para irem à Mansão dos Carmo discutir o assunto. André e seu pai estavam em casa nos últimos dias por conta do caso
Ele franziu as grossas sobrancelhas com força, o olhar carregado de uma complexidade inquietante. — Sempre achei que eles fossem irracionais, mas não imaginei que chegariam a esse ponto. Isso coloca a segurança nacional em risco, e eles ainda têm a audácia de agir dessa forma! É simplesmente fora de controle! André pegou a xícara de café ao lado e tomou um gole. Um brilho de severidade profunda passou por seus olhos: — Pai, já que é assim, por que não aproveitamos a oportunidade para solicitar que o alto escalão os investigue? Podemos tratar como uma inspeção de rotina. Se encontrarem algo errado, a culpa não será nossa. Foram eles que não tomaram cuidado, e não nós que os denunciamos. Américo ponderou por um instante e, por fim, assentiu, percebendo que o raciocínio de André fazia muito sentido. — Está bem, faremos como você sugeriu. Vou deixar essa questão sob sua responsabilidade. Organize tudo. André sorriu levemente. — Pode deixar, pai, confie em mim. Afinal, ele j
O tempo passava lentamente, segundo a segundo. Sabrina já estava no carro há meia hora e ainda não tinha visto Emerson. Justo quando estava prestes a perder a paciência, uma figura familiar apareceu na porta ao longe. Ele vestia o mesmo terno de alguns dias atrás. Com sua figura alta e passos largos, caminhava para fora com um porte altivo. Mesmo à distância, Sabrina conseguia sentir o cansaço emanando dele. Sabrina abriu rapidamente a porta do carro e desceu, correndo em sua direção: — Emerson! Emerson pareceu perceber algo e, ao ver a pequena figura de sua esposa correndo em sua direção, abriu os braços e a acolheu em um abraço apertado. Embora tivessem se passado apenas dois ou três dias desde a última vez que se viram, ele sentia como se tivesse passado uma eternidade. Naquele momento, finalmente compreendeu o significado da expressão "um dia sem te ver parece uma eternidade".Emerson a abraçou com força, apoiando o queixo no ombro dela. Ele não sabia se era apenas impr
Ela estava apenas se sentindo triste. Afinal de contas, tudo isso havia começado por causa dela. Se não tivesse entrado na porta errada naquela época, se não tivesse conhecido Emerson, ele não estaria sofrendo com esse desastre sem sentido. Pensando nisso, Sabrina ainda sentia uma profunda culpa em relação à família dele. Emerson estava reclinado no banco do passageiro com os olhos semicerrados, mas, de repente, percebeu que havia um carro os seguindo de perto. O veículo era preto e, sob a cobertura da escuridão, os faróis brilhantes se destacavam de forma especialmente óbvia. Os olhos de Emerson se estreitaram, e sua expressão ficou instantaneamente alerta: — Sabi, tem um carro nos seguindo. O rosto de Sabrina ficou levemente tenso, e ela olhou instintivamente pelo retrovisor. Quando viu a placa familiar, seu olhar imediatamente endureceu: — É o Fabiano. Fabiano só tinha alguns carros e, na época em que Sabrina gostava dele, ela prestava atenção nos veículos que
À noite, as ruas estavam praticamente vazias. Mesmo quando apareciam carros, Sabrina conseguia desviar deles com agilidade. Fabiano logo perdeu a competição, ficando muito atrás de Sabrina. Observando o carro dela desaparecer à distância, Fabiano rangeu os dentes de raiva. "Como isso é possível?! Por que Sabrina dirige tão bem?!" Ele sequer sabia algo sobre isso antes! Fabiano estava completamente atordoado. Ao lembrar do olhar provocador e cheio de confiança que Sabrina lhe lançou momentos atrás, sua expressão se tornou gradualmente sombria e perigosa. Ele se recusava a acreditar que não poderia conquistar Sabrina. Após se acalmar por alguns segundos, Fabiano acelerou ao máximo, saindo em disparada. Com o que Sabrina conhecia de Fabiano, tinha certeza de que ele voltaria a alcançá-la. Por isso, ela propositalmente diminuiu a velocidade, esperando que ele se aproximasse. Notando o que ela estava fazendo, os olhos de Emerson se estreitaram ligeiramente: — Sabi, p
[Faltam apenas dois dias para eu e o Fabiano irmos ao cartório.]Sabrina digitou essa frase com cuidado no bloco de notas do celular, depois colocou o aparelho virado para baixo na mesa e continuou a limpar o quarto, sorrindo. A casa era um presente dos pais de Fabiano para eles como lar de casados, onde Fabiano morava sozinho. Como ele estava ocupado e não tinha tempo para limpar, Sabrina passou esses dias ajudando por lá.As famílias de ambos eram muito próximas, e, após dois anos sendo unidos pelos pais, finalmente estavam prestes a se casar. Todos pensavam que ela estava sendo forçada a ficar com Fabiano, mas só alguns sabiam que ela secretamente o amava há anos. Quando ele concordou em namorá-la diante de ambos os pais, ela ficou tão feliz que não conseguiu dormir aquela noite.Sabrina estava no escritório, com um doce sorriso nos lábios enquanto limpava a mesa, imaginando a vida feliz que teriam ali. Porém, ao se virar, acidentalmente esbarrou em um vaso de gardênia na mesa.O
O tempo em junho mudava rapidamente. Quando Sabrina chegou, o céu estava limpo, mas agora estava coberto de nuvens escuras e chovia torrencialmente.Sabrina saiu correndo da casa de Fabiano, chorando, tão apressada que esqueceu as chaves do carro. Ela correu para a chuva e pegou um táxi na porta para voltar para casa.Quando o táxi parou no destino, Sabrina pagou a corrida com um QR code e correu para o prédio sob a chuva.No elevador, após apertar o botão do décimo terceiro andar, ficou num canto, enxugando as lágrimas incessantemente.O elevador parou, e ela, de cabeça baixa, caminhou até o apartamento e começou a digitar a senha.Estranhamente, a porta, que normalmente se abria de imediato, continuava mostrando erro na senha.Será que ela estava tão perturbada que se esqueceu da senha?Sabrina enxugou as lágrimas e decidiu tentar novamente.Ela tinha acabado de pressionar o primeiro número quando a porta se abriu subitamente de dentro.Eles se encararam, e Sabrina ficou paralisada.
Sabrina havia acabado de abrir a porta quando a voz de sua mãe, Bianca Pires, chegou carregada de soluços:— Sabrina! Por que você não atende o telefone? Término é término, mas por que não atende? Quer me matar de preocupação?"O quê?" "Como isso é diferente do que eu imaginei?"Sabrina piscou, confusa.— Ah... Meu celular estava no silencioso, eu não ouvi.O rosto de seu pai, Rodrigo Amorim, estava tenso como água parada. Ele e Bianca entraram, trocaram os sapatos e se sentaram no sofá.Sabrina trouxe água morna da cozinha e os serviu.— Mamãe, papai, bebam um pouco de água.— Sabrina, o que aconteceu com sua testa e seu braço? — Indagou Rodrigo ao notar o braço dela envolto em várias camadas de ataduras e um grande hematoma roxo na testa, onde até a pele parecia ter sido rompida.Sabrina baixou a cabeça, em silêncio.Bianca examinou mais de perto e percebeu que ela estava gravemente ferida, no braço enfaixado parecia que ficaria uma cicatriz permanente, a testa brutalmente agredida.