Eu sabia que Lilith não ia desistir tão fácil.Desde o momento em que entrei naquela escola, foi questão de tempo até que ela se tornasse minha maior rival. Mas, até agora, eu sempre estive um passo à frente. Sempre soube manipular o jogo ao meu favor.Só que algo mudou.Eu percebi isso quando vi Lilith entrando de mãos dadas com Ethan Laurent.Ethan. O garoto que nunca realmente pertenceu a esse mundo de status, festas e poder, mas que, de alguma forma, sempre esteve ali. Sempre foi uma peça no tabuleiro. Antes, uma peça minha. Agora… dela.Cruzei os braços, observando de longe enquanto Lilith ria de algo que ele dizia. Ela parecia tão confortável, tão confiante.Isso me irritava.Porque Lilith sempre foi assim: segura, arrogante, como se o mundo estivesse na palma da sua mão. Mas agora, depois de tudo que aconteceu, depois de eu finalmente ter conseguido derrubar sua coroa… ela deveria estar no chão. E, no entanto, ela estava ali, caminhando ao lado de Ethan como se ainda fosse a ra
Talvez eu seja a vilã, mas você no meu lugar faria diferente?” Tudo era diferente. Tudo estava mais fácil… até que ela entrou. A novata. Isabella Montgomery. E todos caíram aos pés dela… Mais um dia caminhando pelo corredor da escola com meu namorado, o famoso Henry Lewis. Tudo estava perfeito, como sempre, até que ela entrou pela porta. Isabella. A novata deslocada, a menina que conseguiu roubar a atenção de todos, até mesmo a de Henry, meu namorado desde o primeiro ano do ensino médio. E agora estávamos no último ano. — Quem é essa? — Pergunta Henry, seu olhar agora fixo nela, deixando de lado tudo o que estava à sua volta. — A novata, Isabella Montgomery. — Respondo, tentando manter a calma. Já sabia quem ela era. Ela morava perto de mim, então não era novidade. — Você está babando, Henry? Ele ri, mas não é uma risada convincente. Seu olhar ainda está preso nela. — Claro que não. Ela não tem nada que me interesse. — Henry balança a cabeça, como se tentasse afastar qualq
“Se você acha que pode me derrubar tão facilmente, mal sabe que já sou feita de pedras.” O dia seguinte não foi mais fácil; na verdade, as coisas só pioraram. Isabella, com seu jeitinho de novata deslocada, já estava completamente entrosada com todos. Mas, claro, ela ainda não sabia o que estava fazendo. Não, não ainda. Na sala de aula, o nome dela ressoava pelos corredores, em sussurros curiosos: “Isabella, Isabella, Isabella.” Como se fosse a grande novidade, a estrela da temporada, aquela que todos queriam ser amigos. E Henry? Bem, ele estava no centro disso tudo, rindo das suas próprias piadas e falando de assuntos que, sinceramente, não faziam sentido algum para mim. Me recostei na cadeira, tentando esconder o desconforto que tomava conta de mim ao ver como ele olhava para ela. Mas uma coisa era clara: ele ainda não tinha noção do jogo que estava começando. Ele não sabia, mas eu já estava um passo à frente. E eu sabia muito bem o que estava em jogo. No intervalo, Henry
Meu mundo virou de cabeça para baixo. Aqui estou eu, deitada na minha cama, no final da tarde de uma sexta-feira, que normalmente seria passada com as minhas amigas no shopping. Mas não, elas estão todas hipnotizadas por Isabella, até minhas amizades foram roubadas por essa vagabunda. Ela chegou e arrasou tudo. A cada dia que passa, a raiva cresce mais dentro de mim, e o ódio por ela se espalha como um veneno que eu não consigo tirar de dentro de mim. — Como eu odeio essa Isabella. — Murmuro, deixando o ódio tomar conta de cada palavra. — Lilith, vem aqui! — A voz da minha mãe me chama lá de baixo. Eu fecho os olhos, respiro fundo e tento não explodir. Não quero que ela perceba o quanto estou prestes a perder o controle. Levanto da cama e desço as escadas com uma sensação de irritação crescente, minha cabeça cheia de pensamentos tumultuados. Quando entro na sala, lá está ela. Isabella, com aquele sorriso angelical e um olhar cheio de falsa doçura. Ela está sentada com minha mã
O som dos meus passos ecoava no corredor, mas minha mente estava distante. As palavras de minha mãe, os olhares de Isabella e a maneira como as pessoas começaram a tratá-la como se ela fosse a dona da escola… tudo isso estava martelando na minha cabeça. Mas o pior de tudo não era ela. Não. O pior era ver minhas “amigas” se afastando de mim, como se eu fosse a vilã dessa história. Quando entrei na sala de aula, todas as cabeças viraram para me observar, mas não foi por causa de mim. Eu vi as risadinhas disfarçadas, os cochichos baixos. Eu sabia que estavam falando de mim. De novo. E eu só queria gritar, mas sabia que não adiantaria. Nenhuma delas entenderia. Elas estavam completamente cegas por Isabella. O pior aconteceu durante o intervalo. Estava com a Raíssa e a Jessica, as únicas duas amigas que restaram. Ou pelo menos, eu achava que eram minhas amigas. — Lilith, precisamos conversar sobre Isabella. — Raíssa começou, com um olhar sério, que mais parecia um aviso. Ela pareci
Eu não sabia mais o que pensar. A cada dia, as coisas pareciam piorar. Eu estava sendo deixada de lado por todos, até por Henry. Eu tentava ignorar, dizer a mim mesma que ele ainda se importava, que ele era meu e que nada nem ninguém iria me tirar dele. “Mas quando a realidade bate, não tem como esconder a dor.” Era uma tarde comum, e a escola estava em clima de fim de semestre. Eu estava caminhando pelos corredores, tentando manter a calma, quando o vi. Henry estava ali, com Isabella. Mas não era um simples encontro. Não era uma conversa casual. Eles estavam trocando olhares íntimos, sorrisos que eu conhecia tão bem, aqueles que ele só usava comigo. Eu parei, meu coração batendo forte no peito. Tentei me convencer de que era apenas minha imaginação. Mas não era. A cena que se desenrolava diante de mim era real, e eu estava vendo tudo. Henry tocou o rosto de Isabella com uma ternura que só eu conhecia, e ela sorriu, um sorriso que parecia cheio de segundas intenções. Eles esta
A dor não veio de imediato. Primeiro, houve o choque, a negação. Eu não podia acreditar no que acabara de ver. Era como se meu cérebro estivesse tentando processar tudo, tentando entender a realidade nua e crua que estava à minha frente. Mas, conforme os minutos passaram, a dor começou a crescer. Não era só a dor de ter sido traída, mas a sensação de ser invisível, desimportante, substituível. — Cada dia que passa eu odeio, mais essa Isabella. Eu andei sem destino, sem saber para onde ir, apenas deixando minhas pernas me guiarem. As ruas estavam silenciosas, mas dentro de mim, uma tempestade se formava, uma raiva que queimava, uma tristeza que afundava mais e mais em meu peito. Não sabia como lidar com tudo o que estava acontecendo, como lidar com a sensação de perda. Cheguei em casa mais tarde, e a última coisa que eu queria era ver minha mãe, mas ela estava ali, sentada na sala, esperando para me perguntar sobre meu dia. Eu não podia dizer a ela a verdade. Não queria que el
O relógio parecia não andar. Eu estava sentada na beira da cama, olhando fixamente para o vazio. O que fazer agora? A dor da traição ainda estava fresca, mas algo dentro de mim começou a mudar. Eu não seria mais a vítima. Eu não queria mais ser a frágil Lilith que todos poderiam pisar. Eu queria ser a força, queria ser a que controla o jogo, a que manipula tudo a seu favor. — Pelo amor, eu era a rainha da escola, eu posso ter o controle de volta. A raiva fervia dentro de mim como um fogo, queimando tudo o que estava ao meu redor, até minha própria sanidade. Eu tinha uma sensação de poder que nunca havia experimentado antes. Eu sabia que precisava dar um passo à frente e começar a agir. Henry e Isabella pensaram que eu fosse fraca, que eu fosse cair e me render. Mas eles estavam enganados. Eles não sabiam com quem estavam lidando. Comecei a pensar em como faria com que todos pagassem. Henry, Isabella, até minhas “amigas” que haviam me abandonado tão facilmente. Não seria apena