Os olhos de Bárbara estremeceram.

— Já pensou nisso, né? Quando sua mãe era jovem, cirurgia plástica e tratamentos estéticos ainda não eram comuns. Naquela época, a beleza era um recurso raro. Você acha que seu pai seria uma pessoa comum?

Poliana não respondeu.

— Você também mencionou que sua avó não era de Bellafoz, e que sua mãe se mudou para cá depois de engravidar sem se casar, com medo de ser julgada. Sua mãe sabia pintar, era muito competente no trabalho, mas nunca falou sobre o tempo em que estudava. E nunca mencionou nada sobre o seu pai. Às vezes, eu me pergunto se não foi porque você não deveria nascer, mas ela queria ter você, então se escondeu. Eu até imagino se ela passou a vida toda solteira para te proteger, e se até mesmo ter te casado com o Gustavo, fazendo você entrar para a família Codelle, não foi por esse motivo.

— Isso é ridículo... — Poliana disse, mas seu coração, sem razão aparente, começou a bater descontroladamente.

Bárbara suspirou.

— Na verdade, não é tão a