Ao ouvir as vozes de Gustavo e Guilherme soarem ao mesmo tempo, Poliana tentou se levantar, tomada por uma pressa ansiosa.

Contudo, o impacto forte do joelho contra o chão a deixou com tamanha dor que sua visão escureceu por um momento.

Ela havia caído no chão ao tentar fugir por ter escutado aquelas palavras, com a intenção de voltar imediatamente para o quarto de hóspedes e fingir que nada ouviu.

Mas, ao mesmo tempo, seu coração pareceu parar subitamente, o sangue em suas veias congelou, e suas pernas simplesmente se recusaram a obedecer.

Enquanto os passos se aproximavam cada vez mais às suas costas e o medo de encarar alguém tomava conta de si, sua angústia transbordou.

Com os olhos arregalados, lágrimas pesadas rolaram por seu rosto e caíram ao chão, sem nem sequer tocar nos cílios inferiores.

No segundo seguinte, um aroma cálido de perfume cítrico a envolveu. Estranho, mas ao mesmo tempo, um pouco familiar.

Era o mesmo cheiro que ela sentiu naquele dia no carro a caminho do