Casando às Escondidas com o Tio do Ex
Casando às Escondidas com o Tio do Ex
Por: Sono do Inverno
Capítulo 1
Era noite, às dez horas, e Poliana Mendonça estava sentada em frente à penteadeira, aplicando óleo essencial em seu corpo para deixar a pele brilhante e radiante.

Era evidente que ela estava se preparando para agradar um homem.

Seu marido, que ela não via há dois anos, estava voltando para o país e sentia uma falta desesperadora dele.

Depois de cobrir cada parte do corpo com o óleo suave e perfumado, ela vestiu um conjunto de lingerie branca, com detalhes de pelo, e uma cauda de gato para enfeitar sua cintura.

Na verdade, no passado, ela não precisava se esforçar tanto assim. Gustavo Codelle costumava estar grudado nela o tempo todo, como seu amante mais íntimo. No entanto, tudo mudou depois daquele dia.

Ela passou de sua amada mais próxima para a mulher que ele mais desprezava na vida.

Mais tarde, os mais velhos arranjaram um casamento entre eles, mas Gustavo estava totalmente contra a ideia. No dia seguinte depois de tirarem a certidão de casamento, ele partiu para o exterior.

Durante esses dois anos, ele só entrou em contato com ela uma vez, e foi apenas seis meses depois da morte da mãe dela, quando ele enviou um acordo de divórcio.

Ela não assinou o documento, ainda nutrindo a esperança de reacender a chama do amor com Gustavo.

No entanto, isso seria muito difícil.

Ela nem sabia que ele estava voltando para casa esta noite, até ver a postagem de um amigo dele no status do WhatsApp, indicando que estavam bebendo juntos.

Depois, ela foi perguntar à sogra, que a ajudou a chamar Gustavo de volta, enviando um motorista para buscá-lo.

Foi aí que o motorista ligou para informar que ele estaria em casa em alguns minutos.

Ela queria aproveitar essa oportunidade para tentar reacender o antigo amor entre eles.

Vestida e arrumada, ela se ajoelhou na cama e ficou de quatro, ajeitando a posição das pétalas de rosas previamente espalhadas sobre a cama.

Ela estava tão concentrada que não percebeu uma sombra entrando pela porta.

Foi só quando alguém puxou a cauda presa à sua cintura que caiu a ficha, seu corpo foi pressionado por um calor intenso em suas costas. Seu coração disparou, ela se virou e encontrou um par de olhos amendoados profundos e hipnotizantes.

— Gugu... — Ela começou, num tom doce. — Você finalmente vol...

As palavras seguintes foram interrompidas por um beijo impregnado de cheiro de álcool.

Poliana sentiu seus cílios tremerem, mas logo se entregou ao beijo.

Ela não sabia se Gustavo estava bêbado ou se sua aparência estava simplesmente irresistível naquela noite, mas ele a beijava com uma paixão ardente, quase sugando seus lábios até ficarem inchados.

Suas mãos percorriam seu corpo com força e ousadia, explorando cada centímetro.

Parecia que o homem estava satisfeito e, depois de respirar fundo, ele sussurrou com uma voz profunda:

— Sua safada...

Gustavo tinha esse hábito de falar com voz sussurrante quando estava flertando.

Ultimamente, ela vinha tomando suco de mamão regularmente, o que melhorou sua forma física em relação a dois anos atrás, isso era uma surpresa preparada para Gustavo.

Suas palavras e ações incendiaram completamente a chama que estava dentro dela.

Seu peito subia e descia intensamente, sua respiração acelerada escapava por seus lábios vermelhos.

Suas mãos brancas se moveram em direção ao peito dele, através da camisa de seda de alta qualidade, sentindo o músculo rígido e quente de seu peito. Ela apressadamente desabotoou sua camisa, deslizando o tecido liso por seu braço musculoso, e desfez o cinto dele antes de envolver suas pernas em sua cintura.

Oito anos de intimidade fizeram com que eles se encaixassem perfeitamente nessa situação. Sem precisar de muita preparação, ele entrou diretamente nela.

Talvez por terem ficado tanto tempo separados, o entusiasmo dele parecia ainda maior do que o dela. Era como se estivessem provando o fruto proibido novamente, como foi oito anos atrás, cheios de excitação e sem nenhum sinal de cansaço.

Eles continuaram a se envolver por mais de três horas, antes que ele finalmente se permitisse terminar.

Na grande cama aconchegante, Poliana se deitou sobre o peito musculoso e bonito do homem, beijando aquele seu belo rosto com devoção, desejando recuperar toda intimidade perdida desses anos.

Gustavo descansava de olhos fechados, sem resistir.

Foi somente quando ele pediu um cigarro que ela parou.

Ela pegou um cigarro da mesa de cabeceira, acendeu e deu uma tragada antes de levá-lo aos lábios dele.

Gustavo segurou o cigarro com a mão, olhando para ela com os olhos semicerrados.

Poliana era linda, com uma beleza deslumbrante e vibrante, características faciais refinadas e marcantes, olhos grandes e profundos, com um toque de exotismo e uma presença marcante.

Gustavo virou o rosto para o lado contrário de Poliana e soltou uma baforada de fumaça.

— Você está bem atraente hoje à noite. — Disse ele.

Poliana sorriu e beijou o canto dos lábios dele.

Gustavo também sorriu, apertando com força as nádegas dela, colocando o cigarro de lado e se virando, colocando o corpo sobre ela outra vez.

Poliana podia ter certeza de que ele estava de bom humor naquele momento.

Ela estendeu a mão e acariciou a garganta dele, antes de começar novamente, falando sinceramente:

— Gugu, realmente não aconteceu nada entre mim e Adílson quatro anos atrás. Todo o meu corpo e mente pertencem a você. Agora que você finalmente voltou, vamos esquecer o que aconteceu naquele dia e viver uma vida feliz juntos, o que acha?

Mal ela terminou de falar, o sorriso no rosto do homem congelou instantaneamente.

Gustavo levantou a mão e, diante da expressão ansiosa de Poliana, apertou o pescoço dela.

O coração de Poliana parou por um momento.

“Merda!”

Ela tinha falado coisa errada.

Isso já tinha acontecido duas vezes antes, sempre que ela mencionava "quatro anos atrás", Gustavo imediatamente se tornava feroz e sinistro.

Sua amiga já havia dito que a reação de Gustavo parecia ser um caso de transtorno de estresse pós-traumático.

Na época, ela duvidou, mas agora, diante dessa situação, era uma prova de que sua amiga estava certa.

Enquanto ela ainda estava atordoada, Gustavo falou:

— Ter uma vida feliz comigo? Você merece mesmo? Só estou te tocando esta noite porque tenho medo de que essa vagabunda que você é nunca mude e continue se jogando para cima dos meus amigos de novo!

— Eu não vou, eu não... — Poliana tentou se explicar, estendendo a mão para tocar o peito dele e querendo acalmá-lo.

Gustavo apertou com força o pescoço dela, dizendo rispidamente:

— Não me toque!

Poliana ficou com a cara vermelha de falta de ar instantaneamente com o aperto de Gustavo.

Ele respirou fundo, suprimindo a raiva ao dizer:

— Você deveria assinar o acordo de divórcio o mais rápido possível. Essa novela de reacender o antigo amor nunca vai acontecer entre nós.

As palavras "acordo de divórcio" foram como uma lâmina afiada, causando uma dor no coração de Poliana. Ela entrou em pânico, ergueu a cabeça e falou com dificuldade:

— Nós éramos tão bons juntos no passado, você realmente vai negar completamente tudo o que eu fiz por você por causa daquele incidente? Tanto eu quanto o Adílson explicamos que nada aconteceu, foi uma armação dos outros!

Mas quanto mais ela falava, mais a raiva de Gustavo aumentava. Sua mão subiu do pescoço para o queixo dela.

Além disso, ele apertava cada vez mais forte, fazendo Poliana sentir que ele queria esmagar o queixo dela.

— Dói!

Ele ignorou o seu grito de dor.

— Armação? Você pode ter caído na armação dos outros e acabado na mesma cama que ele, mas e quanto ao bebê em seu ventre? Poliana, no começo, eu também desejava que o bebê em seu ventre fosse meu... Mas percorremos todos os hospitais de Bellafoz e descobrimos que você estava grávida de duas semanas! Eu estive em uma viagem de negócios por dois meses, e você está grávida há apenas quinze dias. Como posso acreditar que você e ele não tiveram nada?

Após falar, Gustavo a jogou para longe.

Poliana caiu sobre o travesseiro, arrumou seus cabelos desordenados e se levantou para continuar a explicar humildemente:

— Mas eu fui primeiro a um médico oriental, aquele velho médico disse que eu estava grávida há dois meses. No começo, eu não disse nada porque queria esperar você voltar e te surpreender! Você também conheceu aquele velho médico chinês. Ele até me deu uma receita médica escrita à mão, com a data escrita nela. Por que você simplesmente não...

— Chega! — Gustavo a interrompeu. — A data escrita à mão não tem nenhuma credibilidade, é bem fácil subornar um velho médico oriental qualquer. Vamos encerrar o assunto, cale a boca!

Embora ela estivesse se colocando no lugar dele e pudesse entender a dor em seu coração, ser tratada de forma tão decisiva por ele ainda a machucava.

Especialmente quando se tratava do bebê, só de pensar nisso a dor a dilacerava.

Ela sabia que não adiantava falar mais, então fechou a boca e começou a chorar silenciosamente.

Enquanto isso, Gustavo saiu da cama para fazer uma ligação.

O quarto ficou silencioso, Poliana ouviu a voz do outro lado da linha assim que Gustavo atendeu, então ela rapidamente se levantou da cama.

Era uma mulher:

— Presidente Codelle...

Gustavo disse:

— Você ainda está aí?

— Sim, estou aqui. Você vem? — Indagou a mulher.

Gustavo respondeu com um "hmm" antes de desligar o telefone. Poliana o segurou novamente, com seus olhos cheios de lágrimas, sua voz estava tremia ao perguntar:

— Você tem outra mulher?
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