O futuro que Bárbara imaginava era despreocupado e cheio de liberdade. Além disso, chorar, desabafar e ter alguém ao lado para ouvir, ajudava a sair rapidamente do turbilhão de emoções negativas, renovando a esperança no futuro.Nos dias de hoje, quase tudo poderia ser resolvido com um celular, tornando as coisas extremamente simples e convenientes. Em menos de cinco minutos, ela clicou no botão final de envio. Terminando, ela jogou o celular de lado, como se estivesse descartando um Gustavo sujo, ajeitou o cobertor e se preparou para dormir.— Acabou, hora de dormir.Bárbara também se deitou.— Isso mesmo, dormir!As duas mulheres tinham feito muitas coisas naquele dia e estavam exaustas. Assim que suas cabeças tocaram os travesseiros, suas mentes se esvaziaram e logo adormeceram.No meio da noite, começou a chover lá fora. O som suave da chuva encobria muitos dos ruídos da cidade agitada, mas no estacionamento da ala hospitalar, o som de vômito se sobrepunha ao barulho da chuva.A
Afinal, ser um artista não significava que você poderia ser diretor, mas fazer um diretor atuar era muito mais fácil. Hélder pensou em aceitá-la como aluna, ensinando a ela como dirigir filmes, para que ela também entendesse como atuar. Quando Poliana se cansasse de ser diretora e quisesse ser atriz, ela não precisaria de treinamento; bastaria ajeitar a maquiagem e o figurino, e ela estaria pronta para filmar.Por isso, Poliana não o chamava respeitosamente de "Sr. Hélder" como os outros, mas o chamava carinhosamente de "professor".Agora, Poliana falou com sinceridade:— Hmm, esses dias foram corridos, o que houve, professor?Embora estivesse exausta, ela sabia que o trabalho em suas mãos não era urgente. O filme em que estava envolvida ainda estava na fase inicial de produção, que demoraria bastante.— Só para te avisar, hoje à tarde, à uma hora, vá para o Resort N. Teremos uma reunião de três dias.Poliana despertou imediatamente.— Tão de repente?Hélder suspirou.— Recebi alguma
Poliana disse: — Será que ele quer ir a algum lugar e está querendo te levar? — Também pensei nisso. — Bárbara ainda mantinha as sobrancelhas franzidas. — Mas sinto que não é bem isso. — Deixa para lá. — Ela continuou se vestindo. — Vamos descer para ver.Dez minutos depois, as duas saíram do hospital, cada uma segurando um guarda-chuva. Assim que saíram pela porta principal, avistaram um carro chamativo estacionado no estacionamento do outro lado da rua. Bárbara comentou: — O carro do Breno está ali, vou até lá. Tenha cuidado no caminho.Havia muitos táxis esperando por clientes do lado de fora do hospital. Poliana acenou com a cabeça e entrou em um dos táxis aleatoriamente. Sentada no carro, disse ao motorista o destino e, em seguida, observou Bárbara através da janela. O tráfego ao redor era intenso, mas Bárbara conseguiu atravessar a rua correndo em segurança.Quando chegou perto do carro, o guarda-costas que estava sentado no banco do passageiro desceu, segurando um lon
— Se disserem que foi você quem divulgou isso, minha reputação lá fora será prejudicada. As pessoas vão pensar que eu escolhi uma mulher estúpida como amante.Bárbara congelou, sentindo seu corpo inteiro se encher de uma frieza cortante naquele momento.— E agora, alguém está falando de você?— Claro que não. Você deveria agradecer que essa questão não ganhou proporções maiores, e poucas pessoas sabem da nossa relação.Os olhos de Bárbara piscaram, enquanto as lágrimas ameaçavam brotar, fazendo seus dutos lacrimais arderem.— Então...Ela queria dizer, "Então, se não te causou nenhum prejuízo, por que você me bateu?"Mas a dor em seu rosto irradiava até os ouvidos, impedindo ela de pronunciar as palavras.Breno falou novamente:— Se a repreensão não faz você se lembrar, só um tapa pode.Ele continuava a olhá-la friamente, como se não houvesse sequer um resquício de emoção por ela.— Bárbara, se lembre, mesmo que você seja apenas um pássaro que eu criei, cada movimento que você fizer lá
Embora já fosse de manhã, o corredor da ala de quartos privativos do hospital ainda estava relativamente tranquilo.Quando Guilherme e seu amigo chegaram ao andar onde sua avó estava internada, avistaram Bárbara de longe, sentada em um banco diagonal à porta do quarto, absorta em seu celular. Seu cabelo curto ainda estava pingando água.Ela estava tão concentrada no celular que não percebeu o som dos passos dos dois homens, que não eram exatamente silenciosos. Só se deu conta quando Guilherme parou em frente a ela, se inclinou e espiou a tela de seu telefone.Guilherme não era do tipo que ultrapassava os limites pessoais, mas ao ver Bárbara naquela situação, supôs que ela não estava conversando com ninguém, mas apenas navegando em algum aplicativo. E, de fato, ela estava olhando roupas em um aplicativo de compras.— O que aconteceu? — Guilherme perguntou. — Você está toda molhada. Por que não entrou para tomar um banho? Eu me lembro que este quarto tem chuveiro.Bárbara só então levant
Era noite, às dez horas, e Poliana Mendonça estava sentada em frente à penteadeira, aplicando óleo essencial em seu corpo para deixar a pele brilhante e radiante.Era evidente que ela estava se preparando para agradar um homem.Seu marido, que ela não via há dois anos, estava voltando para o país e sentia uma falta desesperadora dele.Depois de cobrir cada parte do corpo com o óleo suave e perfumado, ela vestiu um conjunto de lingerie branca, com detalhes de pelo, e uma cauda de gato para enfeitar sua cintura.Na verdade, no passado, ela não precisava se esforçar tanto assim. Gustavo Codelle costumava estar grudado nela o tempo todo, como seu amante mais íntimo. No entanto, tudo mudou depois daquele dia.Ela passou de sua amada mais próxima para a mulher que ele mais desprezava na vida.Mais tarde, os mais velhos arranjaram um casamento entre eles, mas Gustavo estava totalmente contra a ideia. No dia seguinte depois de tirarem a certidão de casamento, ele partiu para o exterior.Durant
— E daí? — Respondeu Gustavo.Poliana desmoronou de repente, grandes lágrimas caíram dos seus olhos.— Desde quando? Quem é ela?Ela estava em um estado lamentável e miserável, mas Gustavo não demonstrou piedade. Na verdade, ele parecia sentir certo prazer ao vê-la sofrer.— Você não suporta me ver com outra pessoa?“Sim, eu não suporto.”Amar alguém naturalmente despertava o sentimento de possessividade. Para Poliana, Gustavo era especialmente significativo. Ela não conseguia aceitar a ideia de perdê-lo.Neste momento, ela estava tão abalada que só conseguia soluçar, incapaz de falar. Era uma cena mais lamentável do que o choro, ela parecia prestes a desmoronar.Os olhos de Gustavo escureceram, ele vestiu suas roupas e saiu do quarto.Poliana não desistiu e o seguiu, questionando:— Por que você simplesmente não acredita que armaram para cima de mim?Gustavo parou de andar e se virou, perguntando de volta:— Então me diga, quem armou para cima de vocês?O corredor da mansão era amplo
— Ele está bebendo comigo. Agora bebeu demais e está dando a louca aqui, mas vou levá-lo de volta para você em breve, não se preocupe.Poliana ficou em silêncio por um momento e então disse:— Você pode me dar o endereço? Eu quero ir pessoalmente.Guilherme suspirou e olhou para a confusão dentro da sala. Depois de hesitar um pouco, disse:— Nolem, sala VIP A.Uns dez minutos depois, todos, exceto Gustavo e Guilherme, já haviam ido embora.Gustavo estava sentado no sofá, olhando fixamente para o lustre no teto, perdido em seus pensamentos.Guilherme estava sentado ao lado dele, dizendo:— Não nos envolva nas suas questões com a Poliana. Se tem algum problema, resolva em casa com ela e não surte aqui.Gustavo fechou os olhos e respondeu:— Não vou voltar.— Tudo bem. — Guilherme acendeu um cigarro. — Então me conte o que aconteceu entre vocês dois, eu posso te ajudar a resolver.Gustavo disse:— Você não pode resolver isso.— Ok. — Guilherme soltou a fumaça do cigarro. — Se você não vai