Capítulo 147
Otávio continuava a observá-la, falando de forma lenta e deliberada:

— O Breno costuma levantar a mão contra as mulheres quando acha que elas agiram de maneira inadequada. Se você não se sentir à vontade no meu carro, posso te levar até a empresa dele. Eu preciso passar lá para pegar umas coisas. Você vai, pede desculpas e, com uma postura mais humilde, tudo deve se resolver.

As mãos de Bárbara ficaram rígidas, e ela respirou fundo antes de sorrir levemente para ele.

— Sr. Otávio, posso lhe fazer uma pergunta?

— Sr. Otávio? — Otávio arqueou novamente a sobrancelha, parecendo intrigado. — Pergunte.

— Ajudar um amigo em um momento de dificuldade conta como um erro?

— Não. — Um leve sorriso surgiu no rosto de Otávio. — Isso é uma virtude muito nobre.

Bárbara assentiu com a cabeça.

— Eu também acho. Por isso, depois que encontrar a Poli, vou terminar com o Breno.

As palavras de Bárbara fizeram os olhos de Otávio tremular por um breve momento, e, em seguida, ele engoliu em seco, seu sorriso
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