Ao falar disso, Vânia, talvez por compaixão pelo filho, ou talvez por se sentir culpada, tinha lágrimas rodando nos olhos. — Meu filho realmente gosta da Poli. Não sabemos quais foram os conflitos entre eles, mas como mãe, como mais velha, o que posso fazer é que, enquanto ele não vier até mim e o Sérgio, seriamente pedir o divórcio, eu vou assumir que ele valoriza esse casamento. E, se for assim, eu certamente farei de tudo para proteger essa união. Talvez, você pense que a Poli não é a esposa perfeita e ideal para o nosso Gugu, mas para o meu filho, ela é única, e isso é algo que ninguém, além do Gugu, pode mudar. O encanto de um bom amor é que o amor da outra pessoa aprofunda e amplifica aquela pequena luz que temos dentro de nós, até que ela se torne deslumbrante. Ela pode ser comum para o mundo, mas para ele, ela é única, é adorável, é brilhante. Eu não ligo para compatibilidades de família, o que importa é que meu filho a ama, e isso, para mim, é o mais importante.A avó olhava
Gustavo soltou um palavrão, passando a mão pelos cabelos ligeiramente desarrumados, e começou a ajeitar a gola da camisa. Edmar ainda mostrava sinais de estar acordando. — Por que tanta pressa de repente? — A Poliana não quis me ver ontem. A essa hora, ela provavelmente já fugiu! — Ah, faz sentido. Em questão de dois minutos, os dois já estavam prontos e saíram do carro, caminhando a passos largos em direção ao prédio do hospital. Logo chegaram ao quarto da avó. Para sua surpresa, nem Poliana nem a avó estavam lá. Apenas algumas enfermeiras arrumavam o quarto. Apesar de já esperar por isso, ao ver que a avó também havia partido, Gustavo ficou um pouco atordoado e perguntou rapidamente: — E a paciente que estava aqui? As enfermeiras ficaram bastante surpresas ao ver Gustavo. Afinal, mesmo que o escândalo de Fernanda já tivesse sido removido das redes sociais, quem viu ainda se lembrava, e os internautas comentavam entre si em segredo. No entanto, apesar do choque, um
Era um sábado, e o trem estava cheio de jovens, claramente estudantes universitários aproveitando as férias para viajar. Poliana estava cercada por eles. Enquanto a garota, ainda chocada, não sabia por onde começar a explicar, um passageiro mais atrás interveio: — Bullying, xingamentos, falta de educação, vida pessoal toda bagunçada, sonegação de impostos... Um verdadeiro desastre, ela fez de tudo. — Exato! E não foi só ela que sonegou, o pai dela também. Parece que essa história vai acabar com ela e com toda a família! — Engraçado, parece que alguém soltou essas bombas de propósito, não só para acabar com a Fernanda, mas também com toda a família dela. — É, foi bem isso mesmo! As fofocas sobre o mundo das celebridades rapidamente conectaram os passageiros próximos em uma conversa animada. — Mas que absurdo! E a Fernanda deve ser a estrela que mais rápido teve seus escândalos expostos. Mal saíram as notícias, e a polícia já estava envolvida! — Verdade, foi a mais rápida
Poliana pegou um lenço de papel e pressionou o lábio que havia mordido, olhando para os passageiros ao seu redor. — É verdade isso? Sua pergunta repentina deixou todos em silêncio por um instante, mas logo os olhares começaram a se fixar em seu rosto. O que Poliana não sabia era que, ao tirar a máscara para comer, sua beleza havia chamado a atenção de todos, e a garota ao lado, junto com sua amiga, vinha comentando sobre sua aparência em segredo por um bom tempo. De repente, a garota ao lado, entusiasmada, entregou o celular para Poliana, mostrando um vídeo curto. Ela usava fones de ouvido, então o som não estava saindo, mas as imagens fizeram o coração de Poliana acelerar. No vídeo, Fernanda estava caída no chão, convulsionando sem parar. Embora a cor vermelha ao redor dela estivesse borrada, era óbvio que era sangue. Gonçalo também estava coberto de sangue, segurando uma faca ensanguentada, confrontando os médicos, seguranças e Isabela que tinham acabado de entrar na sa
Poliana não era alguém insensível quando se tratava de sentimentos; ela sabia muito bem o que estava acontecendo dentro de si. No momento em que descobriu que o filho de Fernanda não era de Gustavo, um lampejo de esperança surgiu em seu coração, quase sem que ela percebesse. Porém, as análises alheias logo despedaçaram essa esperança, mergulhando ela de volta no vazio.Pois é... O fato de não haver uma criança não significava que nada tivesse acontecido entre eles.Poliana não ficou perdida em pensamentos por muito tempo. Logo, seu telefone começou a tocar e várias mensagens chegaram.Primeiro, foi Marcelo que ligou. Ele soube pela avó que Poliana havia viajado a trabalho e perguntou se ela tinha almoçado e como estava se sentindo. Depois, Guilherme mandou uma mensagem no WhatsApp perguntando se ela já estava mais animada.Por fim, Wanessa enviou uma mensagem: [Poli, viu as notícias, né? Aquela história sobre o Gustavo e a Fernanda... Foi só um mal-entendido?]Poliana respondeu: [Nã
O coração de Bárbara deu um salto repentino, batendo descontroladamente em seu peito. Ela rapidamente desviou para o lado, se esquivando dele, e logo se endireitou. Otávio também recuou, pegando de volta o celular com o jogo que estava jogando pela metade. Bárbara olhou de relance para ele, incapaz de controlar o rubor que se espalhava por seu rosto. Seu rosto incrivelmente bonito, quando de repente se aproximava, tinha uma certa força devastadora. Quando seus sentimentos se acalmaram um pouco, Bárbara levantou a mão, encostando o dorso na bochecha, que não apenas estava corada, mas também quente, e quebrou o silêncio: — Sr. Otávio, o que você estava tentando fazer agora? Otávio olhou para ela de lado, com a voz indiferente: — Queria te dar um beijo. Bárbara ficou absolutamente chocada. "Ele foi tão direto?" Não era como se houvesse apenas os dois no carro! Na frente estava o motorista e o secretário que o acompanhava. — Você! — Uma onda de ar presa no peito de
Bárbara ficou um pouco confusa. Otávio não parecia ser tão frio quanto Breno a havia descrito. No entanto, logo ela percebeu as contas budistas no pulso dele. Então pensou: talvez ele realmente tenha sido frio no passado, mas esses anos de prática espiritual na Montanha L podem ter feito efeito. — Obrigada. — Ela de fato estava com um pouco de sede, então aceitou o copo. Otávio, com a cabeça apoiada na mão, observava o jeito delicado com que ela bebia a água, e um sorriso enigmático, quase insondável, surgiu em seus lábios. — Seu celular recebeu uma mensagem há pouco. Veja se não é o Breno. Bárbara levantou os olhos lentamente, ainda bebendo água enquanto procurava o celular. — Não pode ser o Breno. Para Breno, suas palavras doces e sua atitude sempre proativa o faziam acreditar que ela o amava intensamente e que não conseguiria viver sem ele. Foi por isso que ele se sentiu à vontade para lhe dar aquele tapa no rosto e ordenar que ela parasse de procurá-lo. Logo,
Assim que Poliana terminou de falar, todos os olhares se voltaram para ela. Hélder ainda sorria. — Ah, é? Conhece ele? Poliana percebeu que tinha se exaltado e, tentando disfarçar, engoliu seco, desviando o olhar. — Não, não conheço. Só vi algumas coisas sobre ele na internet recentemente. Dizendo isso, ela se virou apressadamente e saiu, mas seus passos ficaram mais lentos. Ainda estava curiosa para ouvir o que os outros diriam. Seu espanto parecia ter despertado suspeitas em alguns. — É verdade. Como o Presidente Codelle decidiu, de repente, investir no nosso filme? — Inicialmente, ele me procurou dizendo que estava interessado no filme e queria investir um bilhão de reais. Então, perguntei por que ele havia se interessado tão de repente. A resposta que recebi foi bem simples, uma única frase. Alguém então perguntou: — E que frase foi essa? Hélder respondeu: — Aumenta para 10 bilhões de reais. Vocês acham que eu fui perguntar mais alguma coisa? Ao ouvir isso,