Ela começou rir envergonhada, ele acenou para o tio e o futuro sogro, falou baixinho só para ela ouvir
- Então, está verdadeiramente interessada em se casar comigo? Ela ficou desconcertada séria, sem querer parecer desesperada - Como vou saber? - Não te conheço. Ele disse rindo, que também não sabia, perguntou se ela era apaixonada pelo ex noivo, pareceu debochado desrespeitoso, como se soubesse da história dela e o Rashid, muito nervosa, ela se afastou sem responder, o deixou falando sozinho. Depois ficaram trocando olhares curiosos o resto da festa, ela estava sem saber como se sentia referente a ele, sua irmã Baya ficou eufórica com a beleza e simpatia dele. Ela queria muito casar e por isso, insistia para a irmã casar logo, começou dar bons motivos para Inaya casar logo e se conformar com a sorte, porque ele era rico, bonito, educado e com certeza em algum momento iriam se amar. Mounir estava reunido com a família, comentou com o tio, que a achou a pretendente muito jovem, Halim sorriu com orgulho - E o que você queria meu sobrinho? - Uma noiva seca? - Veja bem, aqui tem muitas moças que servem para você. - Mas essa, temos que ter um compromisso com ela, seu primo a largou, envergonhando nossa família. - Por Alá, o que vão pensar dessa moça? - Ela nem quer estudar, vai ter tempo para se dedicar a família e o melhor, você vai ensinar ela a ser boa esposa. - Acabou de alcançar a maioridade, não tem muita coisa em casa. - É humilde demais, o pai dela mora de favor aqui. - Ela vai se deslumbrar com a vida que vocês vão ter, vamos comprar uma casa bem grande confortável e um carro pra vocês. - Ela vai te dar muitos filhos. Mounir não disse mais nada, também ficou a olhando de longe, intrigado com a história dela, percebeu que no fundo tinham algo em comum, não seguirem os costumes como suas famílias gostariam, porque passaram muitos anos no Brasil e o primo dele, não era nada certinho, isso o fez desconfiar dela também. Ele ficou achando que iria dar um jeito de não se casar, sem sujar a reputação dela, porque de fato a achou muito nova, bobinha, não via como iria se interessar e ter uma vida com uma moça assim, humilde, sem estudo superior, já que ele era um homem feito, estudado e viajado. Mounir conversou com várias pretendentes, Jamila sua irmã, gostou muito de outras e disse que Inaya servia para ser segunda esposa, já que ele devia casar com ela, por obrigação. Antes de irem embora da festa, Halim insistiu para Mounir ir se despedir, de Inaya, sua noiva, estava falando como se estivesse tudo certo só porque os dois conversaram. Inaya estava no jardim sentada com o pensamento distante, quando Baya o viu se aproximando, correu saindo de perto, Mounir sentou ao lado dela, com uma cadeira no meio deles - Minha família gostou de você, muito! - Insistiram para eu me despedir. - Querem que marcamos, um almoço, amanhã. - Porque vamos ficar poucos dias e... Silenciou pensativo a olhando indiferente - Então... - Falei algo errado? Ela o olhou cética - Se não casar comigo, serei a terceira esposa, de um homem com quarenta anos. - Isso na melhor das hipóteses, porque se ele me devolver depois das núpcias. Silenciou porque passou alguém perto, Mustafa pai dela, se aproximou interrompendo, dizendo que os dois iriam conversar depois, no jantar de noivado deles, ela se levantou cabisbaixa, como quem queria contar algo, deu tchau parecendo triste. Mounir foi embora com dó dela, pensando que ela não queria se casar, que talvez era apaixonada pelo ex, achou tudo meio confuso e viu a oportunidade perfeita, de se livrar das outras noivas, pensou que ajudando Inaya se livrar do outro pretendente, teria a gratidão dela, a salvando de ser jogada ao vento. Halim estava com problemas de saúde, falou que queria Mounir assumindo mais responsabilidades no trabalho, na vida e segundo ele, o casamento ia ajudar nisso, também queria ser " avô " logo. Inaya percebeu que Mounir estava aceitando casar, ela não tinha opções para escolher, perguntou a mãe, o que iria acontecer, se o marido não fosse como deveria ser, seu pai lhe chamou atenção, como se ela fosse tola, por pensar assim, deixou claro que o bem estar dele e da família, dependia do casamento dela, porque a irmã já estava perdendo pretendentes. Baya ficou falando que ela ia ter uma boa casa, carro, estudos, perguntou se ela queria o outro pretendente, aquele um homem mais velho ou outro talvez divorciado, cheio de filhos para ela cuidar, a encheram de medo, todos queriam que ela ficasse com Mounir um pouco por interesse também. Mustafa ainda mentiu, dizendo que Mounir adorou ela, porque cresceram no Brasil, ela começou a ver tudo com outros olhos, disse que queria o conhecer melhor, achou que teria meses até estar pronta, que durante o noivado iriam se aproximar, achou que ele ia ficar no Brasil e ela no Cairo. Mounir não deu muita importância aos planos de seu tio, também achando que teria semanas, meses, para se preparar, no dia seguinte cedo, foram a uma reunião familiar. Halim ficou falando cheio de orgulho que ia casar seu sobrinho de mais confiança, em alguns dias, até começou convidar as pessoas, ao saírem de lá, foram para a casa de Jamila irmã mais velha de Mounir, ele os questionou, dizendo que não ia ficar com aquela menina tão nova, porque não estava apaixonado, queria deixá-la pelo menos um ano esperando, Halim se irritou e perdeu a paciência, dizendo que ia morrer em meses, começou fazer todo um drama, sobre o ter como um filho. Enquanto isso, Jamila já estava a semanas, preparando o casamento, optou por uma cerimônia mais íntima, usando a falta de tempo como desculpa.Aproveitando para apressar as coisas, Halim convidou Mustafa e a família para jantarem oficializando tudo, era praticamente o noivado e os noivos nem sabiam muito bem como as coisas seriam.Inaya não tinha muitas roupas bonitas adequadas, sua futura cunhada quem lhe deu o vestido, mandou entregar, com sapatos novos, Baya se deslumbrava ao ver a " sorte " da irmã, Inaya adorava maquiagem, mas não sabia se maquiar muito bem e seu pai implicava também.Ao ficar pronta, ela colocou os sapatos, era um scarpin de bico fino, que até era seu número, mas ficou apertado, mal dava para andar e ela não tinha outro calçado que combinasse.Mounir saiu sem avisar, queria conversar com o primo, e não o encontrou, quando seu tio sentiu sua falta, começou ligar várias vezes, Mounir estava voltando, ignorou as chamadas, quando chegou levou xingo, os convidados já tinham chegado, e estavam fazendo comentários maldosos sobre a noiva.Halim o mandou ir se arrumar, para receber a noiva, entregar os present
Jamila disse que ia resolver aquilo, fechou a porta e o mandou ir para a sala, falou que logo, iriam comprar muitos calçados novos, Inaya falou que não precisava de muito, demonstrou humildade, comentou que gostava de se vestir com modéstia.Todos se reuniram na sala, Mounir deu um colar de ouro para Inaya, levou um cutucão do tio, que mandou ele colocar, se aproximou dela sentindo o cheiro do perfume, pode sentir seus cabelos compridos volumosos, ela estava extremamente envergonhada, ficou com o rosto corado e as mãos trêmulas.Ele colocou o colar, falou para todos ouvirem- Está muito zwina!Ela só sorriu, sem nem conseguir agradecer, ele a beijou na testa, como demonstração de respeito e carinho, estavam em um teatro perfeito.A noite estava tranquila, a família se reuniu ao redor de uma mesa enorme, tipicamente coberta por uma toalha decorada com intrincados padrões geométricos e vibrantes cores.Sobre a mesa, tinha uma variedade de pratos saborosos, exalando o cheiro deixando tud
Ele começou a olhar o cardápio, por se sentir constrangido de lhe fazer uma proposta tão " indecente "- Não temos tempo pra pensar!- Isso é muito sério.- Porque o casamento vai acontecer.- Só quero ser honesto com você antes.- E se contar a alguém, sobre a minha proposta, vou dizer que é mentira.- Ninguém vai querer se casar com você, caso eu desfaça tudo.- Sua família vai ser humilhada, de novo.- Pensa bem Inaya.Ela ficou nitidamente chateada, se sentindo coagida- Não é justo isso!- Vocês são todos iguais, ardilosos.Ele chamou a atendente, sério- Você prefere um noivo velho?- Que vai te m altratar? Te obrigar a ter muitos filhos?- Você é muito bonita, mas não é alguém com quem eu ficaria.- Isso é um favor maior pra você, do que para mim.- Só temos que esperar um ano, depois te dou o divórcio e estaremos livres.- Sua irmã já vai estar casada, com filhos.Ele fez mais um pedido, ela ficou visivelmente triste- Não quero me casar com você.- Que sorte triste a minha.
Ele se aproximou apagando as luzes- Não quero nada disso.Ficaram a luz de velas, ela tirou o robe de cetim, foi se deitar, se sentindo constrangida com muito medo- Não quer mesmo a massagem?Ele estava bêbado, foi subindo na cama, pelo outro lado, longe dela- Não! Você é casta?- Já se deitou com alguém antes?Estava se masturb ando, tentando ficar duro, também ansioso, estava descontente, muito nervoso, mesmo a achando bonita, não queria fazer aquilo por fazer e suspeitando que não era a primeira vez dela, a odiou por isso.Ela se virou, ficando de lado, o tocou sutilmente acariciando o braço, costas- Sou. Nunca fiz isso.O beijou no abdômen onde alcançou, mesmo sem ver o rosto dela, ele percebeu que estava nervosa, a acariciou no braço, foi até o decote, sentindo os se ios, ela o beijou sutilmente na boca, ele foi chegando mais perto com o corpo, ele sentiu a calcinha, levou a mão por ci
Arrasada ela começou fazer a maquiagem, para passar uma boa impressão a todos, ele se vestiu, colocou calça e camisa social, fez a barba, arrumou suas coisas também, tudo certinho bem dobrado, começou dobrar as dela, que encontrou pelo quarto, colocou ao lado da mala, bateu na porta do banheiro- Inaya precisamos ir, temos que nos despedir de nossas famílias, para irmos viajar.- Eles acham que teremos uma bela lua de mel.Ela abriu a porta, estava bem maqueada, belíssima, olhos esfumados dourado com preto, delineado fininho preto, bastante máscara de cílios, batom cor de boca, pelo bem preparada iluminada, o olhou apreensiva- O que vai fazer comigo?Ele entrou no banheiro, para pegar sua necesseire- Nada! Esse casamento não vai existir.- Não entre nós.- Será falso, não quero uma esposa como você, estragada, sujja.Ela ficou o olhando pelo reflexo do espelho- Obrigada, eu juro por Alá, que
Quando chegaram no hotel luxuoso, ela percebeu o quanto seu marido devia ser rico, ao entrarem, ela ficou deslumbrada com o esplendor que a cercava.O saguão principal era grandioso, com um lustre de cristal cintilante pendurado no teto alto, refletindo a luz suavemente pelo ambiente, tinham pilares de mármore branco com detalhes dourados ladeavam o caminho até a recepção, onde funcionários impecavelmente vestidos aguardavam com sorrisos acolhedores.O chão feito de mármore polido, parecia um espelho, refletindo as elegantes obras de arte expostas nas paredes, tinham grandes arranjos de flores da época, coloridas, expostos em vasos de cristal, exalavam um aroma suave e agradável, completando a sensação de aconchego e sofisticação.As poltronas de veludo e sofás luxuosos estavam espalhados pelo hall, proporcionando um ambiente confortável e convidativo para os hóspedes relaxarem e apreciarem a beleza ao seu redor.O espaço era iluminado por uma com
Mounir foi fechar as portas da varanda bravo‐ Todos sabem que a minha palavra vale por um escrito.- Sou um bom homem, já você. - Quero que me trate com respeito, ou será punida. - Precisa aprender, qual é o seu lugar.- Vou ter outra esposa, você queira ou não.Pegou a mala e colocou na cama, quando voltou para onde estavam, a procurando, só então percebeu que ela tinha saído do quarto, Inaya já estava saindo do hotel, agiu no impulso com medo, começou correr sem saber para onde iria, pediu informação procurando uma farmácia. Entrou em uma rua que tinham muitas lojas, ficou enrolando até encontrar um sinal de Wi-Fi, pegou a localização de uma farmácia, achou até estranho Mounir não estar ligando pra ela. Foi comprar um teste ótimo, um pouco caro e em outra nota, um remédio para dor de cabeça, pensou que ia usar de desculpa, se tivesse coragem de voltar, tudo ia depender do resultado do teste.Com
Inaya ficou olhando com julgamento, frustrada e triste — Por Alá, vai me sacrificar igual a um carneiro?— Até quando vai pisar em mim, me fazendo de tapete?Começou jogar todas as suas roupas no chão do quarto, completamente descontrolada — Quero que Alá me leve.Se aproximou dele alterada, sendo muito desrespeitosa — Alá não vai dar desconto a ninguém, no dia do juízo final.— Quando a minha língua, testemunhar contra mim, contando um único erro meu.— A sua vai listar um monte de haram seu.— Eu te repúdio, eu te repúdio.Ele se levantou muito irritado, quase partindo para cima dela— Não vai querer se divorciar. Fale baixo!— Perdeu o juízo?— Sua serpente. Fez menção em lhe dar um tapa, enquanto ela o xingava, acusando de ser um mal caráter, mentiroso, manipulador, ela correu para o banheiro, ficou chorando pensando em se ma tar, para ninguém descobrir a gravidez, tomou banho, ficou com medo dele, abriu só uma fresta na porta para espiar, achou que estava sozinha, Mounir esta