Ele se aproximou apagando as luzes
- Não quero nada disso. Ficaram a luz de velas, ela tirou o robe de cetim, foi se deitar, se sentindo constrangida com muito medo - Não quer mesmo a massagem? Ele estava bêbado, foi subindo na cama, pelo outro lado, longe dela - Não! Você é casta? - Já se deitou com alguém antes? Estava se masturb ando, tentando ficar duro, também ansioso, estava descontente, muito nervoso, mesmo a achando bonita, não queria fazer aquilo por fazer e suspeitando que não era a primeira vez dela, a odiou por isso. Ela se virou, ficando de lado, o tocou sutilmente acariciando o braço, costas - Sou. Nunca fiz isso. O beijou no abdômen onde alcançou, mesmo sem ver o rosto dela, ele percebeu que estava nervosa, a acariciou no braço, foi até o decote, sentindo os se ios, ela o beijou sutilmente na boca, ele foi chegando mais perto com o corpo, ele sentiu a calcinha, levou a mão por cima da camisola, até a intimiidade dela. Só a tocou massageando delicadamente, quando o beijo encaixou, aumentando a intensidade, ele teve certeza, se aproximou subindo em cima dela, levantando a camisola, mesmo o achando cheiroso atraente, ela estava apreensiva com taquicardia ofegante, ela o acariciou nos braços, foi sumindo embaixo dele, por ser tão grande forte, o beijou várias vezes, no escuro, pegou no ombro, pescoço, rosto, deu um beijo na boca, de língua, ele foi se afastando repentinamente - Como sabe fazer tantas coisas e não tem nem vergonha? - Se nunca se deitou com ninguém? Ela não sabia como se comportar, só tinha a certeza de que precisava consumar o casamento ou estaria arruinada, se sentou emotiva - Não sei. Eu vi no filme! - A moça dizia, que precisava beijar. Ele foi abaixando as alças da camisola, deixando os se ios a mostra - Já beijou outro homem? - Deixou ele te tocar? Foi puxando a camisola, a deixando de calcinha - Não minta pra mim. - Ou eu vou te devolver. - Se deitou com o Rashid? Elevou o tom de voz - Inaya responda! Ela estava quieta toda tensa, com as mãos nos se ios cobrindo, começou chorar sentida, ele se afastou um pouco, estava de joelhos no meio das pernas dela, ela o segurou puxando para perto - Foi uma vez só, juro por Alá. - Ele me enganou e... Mounir se sentiu completamente fora de si, deu um tapa no rosto dela - Não encoste em mim, sua cobra ardilosa. - Achei que era uma moça, honesta. - Que Alá diminua os seus dias. - Quer me arruinar! Me fazer de tapete. Se levantou muito bravo, foi mexer na mala pegando roupas - Pare de chorar, quer que ouçam? - Me enganou. Te dei a mão e você mordeu, cobra! - Fui sincero com você. - Queria te ajudar. Ela levantou aos prantos, se cobrindo com um lençol - Não, eu não tinha o que fazer. - Ele me enganou, eu nunca nem beijei outra pessoa. - Olha, eu faço o que você quiser. - Por favor, não me devolve. - Quero ficar com você. Foi tirando o lençol na frente dele, desesperada, ele a afastou hostil ficando com mais raiva ainda, por ela estar se oferecendo - Não quero me deitar com uma qualquer. - Saia de perto, não encoste em mim. - Nunca mais. Foi se vestir no banheiro, ela colocou a camisola, o robe, ficou arrasada achando que seria devolvida, quando ele saiu do banheiro, a encontrou chorando deitada de lado, toda coberta por um lençol, a ignorando, ele bebeu mais, deitou mexendo no celular, ela se levantou achando que até podia ir de arrasta pra cima, quando sua família soubesse do que aconteceu. Ela se levantou foi para o banheiro, bateu a porta e trancou, tomou banho arrependida, de ter casado, estava achando que podia estar grávida e sabia que nunca aceitariam aquilo. Se olhou no espelho pensando em como imaginava tudo diferente, queria ter sido beijada, tocada, só por um homem na vida, seu marido, ela tinha uma amiga muito bem casada, que sempre falava sobre os homens Árabes, eles tinham fama de serem bons amantes na inti midade, mesmo que mach istas e por isso a maioria sempre tinha muitos filhos. Ela dormiu no chão do banheiro arrasada, quando amanheceu, tomou banho, saiu enrolada na toalha, pegou outra lingerie, um conjunto de alfaiataria vermelho rubi, calça, camisa social e colete. Ele estava dormindo no sono profundo, só acordou com a camareira, batendo na porta, ele respondeu dizendo que já iria abrir, foi ao banheiro arrastando Inaya pelo braço - Ainda preciso decidir, o que vou fazer com você. - Melhore essa sua cara de choro. - Na hora de se comportar como uma qualquer, uma espetaculosa, você não chorou. Ela se soltou irritada - Para, está me machucando. Ele a soltou com grosseria, quase a derrubando em cima da pia - A minha vontade é de te enforcar. - Cobra! Ela começou chorar sentida - Eu sempre me guardei, para honrar a minha família e ter um bom marido. - Não sou uma qualquer. Ele foi saindo do banheiro, com indiferença - Será mesmo Inaya? - Não me pareceu uma boa mulher. - Mentiu e tentou me enganar, embaixo dos meus olhos. - Termine de se arrumar, vamos embora logo.Arrasada ela começou fazer a maquiagem, para passar uma boa impressão a todos, ele se vestiu, colocou calça e camisa social, fez a barba, arrumou suas coisas também, tudo certinho bem dobrado, começou dobrar as dela, que encontrou pelo quarto, colocou ao lado da mala, bateu na porta do banheiro- Inaya precisamos ir, temos que nos despedir de nossas famílias, para irmos viajar.- Eles acham que teremos uma bela lua de mel.Ela abriu a porta, estava bem maqueada, belíssima, olhos esfumados dourado com preto, delineado fininho preto, bastante máscara de cílios, batom cor de boca, pelo bem preparada iluminada, o olhou apreensiva- O que vai fazer comigo?Ele entrou no banheiro, para pegar sua necesseire- Nada! Esse casamento não vai existir.- Não entre nós.- Será falso, não quero uma esposa como você, estragada, sujja.Ela ficou o olhando pelo reflexo do espelho- Obrigada, eu juro por Alá, que
Quando chegaram no hotel luxuoso, ela percebeu o quanto seu marido devia ser rico, ao entrarem, ela ficou deslumbrada com o esplendor que a cercava.O saguão principal era grandioso, com um lustre de cristal cintilante pendurado no teto alto, refletindo a luz suavemente pelo ambiente, tinham pilares de mármore branco com detalhes dourados ladeavam o caminho até a recepção, onde funcionários impecavelmente vestidos aguardavam com sorrisos acolhedores.O chão feito de mármore polido, parecia um espelho, refletindo as elegantes obras de arte expostas nas paredes, tinham grandes arranjos de flores da época, coloridas, expostos em vasos de cristal, exalavam um aroma suave e agradável, completando a sensação de aconchego e sofisticação.As poltronas de veludo e sofás luxuosos estavam espalhados pelo hall, proporcionando um ambiente confortável e convidativo para os hóspedes relaxarem e apreciarem a beleza ao seu redor.O espaço era iluminado por uma com
Mounir foi fechar as portas da varanda bravo‐ Todos sabem que a minha palavra vale por um escrito.- Sou um bom homem, já você. - Quero que me trate com respeito, ou será punida. - Precisa aprender, qual é o seu lugar.- Vou ter outra esposa, você queira ou não.Pegou a mala e colocou na cama, quando voltou para onde estavam, a procurando, só então percebeu que ela tinha saído do quarto, Inaya já estava saindo do hotel, agiu no impulso com medo, começou correr sem saber para onde iria, pediu informação procurando uma farmácia. Entrou em uma rua que tinham muitas lojas, ficou enrolando até encontrar um sinal de Wi-Fi, pegou a localização de uma farmácia, achou até estranho Mounir não estar ligando pra ela. Foi comprar um teste ótimo, um pouco caro e em outra nota, um remédio para dor de cabeça, pensou que ia usar de desculpa, se tivesse coragem de voltar, tudo ia depender do resultado do teste.Com
Inaya ficou olhando com julgamento, frustrada e triste — Por Alá, vai me sacrificar igual a um carneiro?— Até quando vai pisar em mim, me fazendo de tapete?Começou jogar todas as suas roupas no chão do quarto, completamente descontrolada — Quero que Alá me leve.Se aproximou dele alterada, sendo muito desrespeitosa — Alá não vai dar desconto a ninguém, no dia do juízo final.— Quando a minha língua, testemunhar contra mim, contando um único erro meu.— A sua vai listar um monte de haram seu.— Eu te repúdio, eu te repúdio.Ele se levantou muito irritado, quase partindo para cima dela— Não vai querer se divorciar. Fale baixo!— Perdeu o juízo?— Sua serpente. Fez menção em lhe dar um tapa, enquanto ela o xingava, acusando de ser um mal caráter, mentiroso, manipulador, ela correu para o banheiro, ficou chorando pensando em se ma tar, para ninguém descobrir a gravidez, tomou banho, ficou com medo dele, abriu só uma fresta na porta para espiar, achou que estava sozinha, Mounir esta
Mounir correu para ajudar, ainda bravo— Por Alá deve tomar cuidado, você é muito tola Inaya.A ajudou sentar no penúltimo degrau — Porque saiu correndo feito uma m.aluca?— Tudo bem? Se machucou?Ela estava chorando nervosa assustada, balançou a cabeça que não — Perdão meu marido, eu vou limpar tudo.— Eu sempre faço tudo errado.Se levantou atordoada quase caindo, foi desfalecendo e desmaiou, ele a segurou, pegou no colo, a carregou até o quarto, colocou na cama e sentou próximo, dando batidinhas no rosto— Acorde, Inaya?— Alá o que eu fiz para merecer uma sorte triste assim?— Mounir tem sido um bom homem, honesto, íntegro, tento seguir o livro sagrado.Deu uma chacoalhada nela– Acorde logo.— Machucou? Ela foi despertando muito envergonhada — Não foi nada. Se sentou gemen.do de dores pelo corpo— Você me assustou. — Talvez seja melhor, me devolver, podemos nos divorciar aqui.Ficou emotiva escondendo o rosto— E eu volto sozinha pro Cairo, nem precisa me levar.— Não quero
Ela não recuou, foi se afastando o xingando igualmente, os dois praguejando um ao outro, ele mesmo bravo foi indo junto, ficou extremamente decepcionado, se sentindo humilhado pela notícia da gravidez, só conseguia odiar ela, por tê-lo colocado naquela situação. Inaya foi até a recepção, ele se manteve próximo, perguntou a balconista se podia entrar junto, disseram que não, ela foi atendida pela triagem e encaminhada para o clínico geral, entrou sozinha nervosa, foi examinada e medicada, enquanto tomava soro, pensava que estava perdida, não sabia o que fazer e no fundo, quis realmente perder o bebê.Ela demorou algumas horas lá dentro, nem chegaram a fazer ultrassom, ou pedir exame de sangue, pediram para retornar caso o sangramento continuasse ou aguardar duas semanas e ir a um médico especialista, porque eles não podiam dar a assistência necessária e nem constatar o aborto. Inaya estava sem o celular, porque esqueceu em casa, quando saiu logo viu Mounir sentado na sala de espera,
Ela o olhou séria pensativa — Obrigada, ainda estou com cólicas. – Não sei como funciona, não me lembro muito bem.— Do que me falaram lá.— Você contou para alguém?Ele estava tirando as compras das sacolas, a olhou sério com julgamento — La! Tenho muita vergonha.— Todos vão saber o que você fez.Deixou os doces em cima da pia próximos a ela, começou arrumar o jantar na mesa, de costas para ela— Vou comprar as passagens, antes do meu tio voltar, daqui alguns dias. — A sua família vai te punir como quiser.— Nem sei se seguem o livro sagrado. — Tenho a sensação que vocês só sabem mentir. — A minha família, não precisa saber de nada, até o divórcio estar feito.— E você ser devolvida!— Você tem me feito cometer um haram maior que o seu, escondendo o seu mal feito. — Que Alá me perdoe.— Meu primo ainda tentou me alertar.Ela se aproximou olhando a mesa, emotiva — Esquece o Rashid, ele me enganou, disse que ia se casar e ajudar a minha família.— Falaram no hospital, que eu p
Mounir estava em coma induzido, com costelas fraturadas, traumatismo craniano, Inaya só ficou ouvindo todos conversarem, ao saber que ele corria risco de vida, desmaiou no hospital, estava bastante fraca sem se alimentar bem a dias. Foi amparada por familiares dele, quando a família dela soube, receberam o convite para viajarem para o Brasil juntos, Halim tio de Mounir, pagou por tudo.Pelo celular a mãe e a irmã de Inaya, ficaram mais próximas dela, enquanto não chegavam, ela não saiu do hospital um único dia, se sentindo extremamente culpada, rezou e chorou bastante, pedindo saúde para o marido, até falou que preferia morrer, do que vê-lo partir, porque ele era um bom homem, diferente dela, que se perdeu.Sem pensar em nada muito bem, ela deu as chaves da casa para os familiares dele, irem pegar suas roupas, viram a mala dela e ficou nítido que estavam dormindo em quartos separados, contaram tudo o que viram para a irmã dele.Jamila viajou nervosa, querendo saber porque o irmão lig