Arrasada ela começou fazer a maquiagem, para passar uma boa impressão a todos, ele se vestiu, colocou calça e camisa social, fez a barba, arrumou suas coisas também, tudo certinho bem dobrado, começou dobrar as dela, que encontrou pelo quarto, colocou ao lado da mala, bateu na porta do banheiro
- Inaya precisamos ir, temos que nos despedir de nossas famílias, para irmos viajar.- Eles acham que teremos uma bela lua de mel.Ela abriu a porta, estava bem maqueada, belíssima, olhos esfumados dourado com preto, delineado fininho preto, bastante máscara de cílios, batom cor de boca, pelo bem preparada iluminada, o olhou apreensiva- O que vai fazer comigo?Ele entrou no banheiro, para pegar sua necesseire- Nada! Esse casamento não vai existir.- Não entre nós.- Será falso, não quero uma esposa como você, estragada, sujja.Ela ficou o olhando pelo reflexo do espelho- Obrigada, eu juro por Alá, queQuando chegaram no hotel luxuoso, ela percebeu o quanto seu marido devia ser rico, ao entrarem, ela ficou deslumbrada com o esplendor que a cercava.O saguão principal era grandioso, com um lustre de cristal cintilante pendurado no teto alto, refletindo a luz suavemente pelo ambiente, tinham pilares de mármore branco com detalhes dourados ladeavam o caminho até a recepção, onde funcionários impecavelmente vestidos aguardavam com sorrisos acolhedores.O chão feito de mármore polido, parecia um espelho, refletindo as elegantes obras de arte expostas nas paredes, tinham grandes arranjos de flores da época, coloridas, expostos em vasos de cristal, exalavam um aroma suave e agradável, completando a sensação de aconchego e sofisticação.As poltronas de veludo e sofás luxuosos estavam espalhados pelo hall, proporcionando um ambiente confortável e convidativo para os hóspedes relaxarem e apreciarem a beleza ao seu redor.O espaço era iluminado por uma com
Mounir foi fechar as portas da varanda bravo‐ Todos sabem que a minha palavra vale por um escrito.- Sou um bom homem, já você. - Quero que me trate com respeito, ou será punida. - Precisa aprender, qual é o seu lugar.- Vou ter outra esposa, você queira ou não.Pegou a mala e colocou na cama, quando voltou para onde estavam, a procurando, só então percebeu que ela tinha saído do quarto, Inaya já estava saindo do hotel, agiu no impulso com medo, começou correr sem saber para onde iria, pediu informação procurando uma farmácia. Entrou em uma rua que tinham muitas lojas, ficou enrolando até encontrar um sinal de Wi-Fi, pegou a localização de uma farmácia, achou até estranho Mounir não estar ligando pra ela. Foi comprar um teste ótimo, um pouco caro e em outra nota, um remédio para dor de cabeça, pensou que ia usar de desculpa, se tivesse coragem de voltar, tudo ia depender do resultado do teste.Com
Inaya ficou olhando com julgamento, frustrada e triste — Por Alá, vai me sacrificar igual a um carneiro?— Até quando vai pisar em mim, me fazendo de tapete?Começou jogar todas as suas roupas no chão do quarto, completamente descontrolada — Quero que Alá me leve.Se aproximou dele alterada, sendo muito desrespeitosa — Alá não vai dar desconto a ninguém, no dia do juízo final.— Quando a minha língua, testemunhar contra mim, contando um único erro meu.— A sua vai listar um monte de haram seu.— Eu te repúdio, eu te repúdio.Ele se levantou muito irritado, quase partindo para cima dela— Não vai querer se divorciar. Fale baixo!— Perdeu o juízo?— Sua serpente. Fez menção em lhe dar um tapa, enquanto ela o xingava, acusando de ser um mal caráter, mentiroso, manipulador, ela correu para o banheiro, ficou chorando pensando em se ma tar, para ninguém descobrir a gravidez, tomou banho, ficou com medo dele, abriu só uma fresta na porta para espiar, achou que estava sozinha, Mounir esta
Mounir correu para ajudar, ainda bravo— Por Alá deve tomar cuidado, você é muito tola Inaya.A ajudou sentar no penúltimo degrau — Porque saiu correndo feito uma m.aluca?— Tudo bem? Se machucou?Ela estava chorando nervosa assustada, balançou a cabeça que não — Perdão meu marido, eu vou limpar tudo.— Eu sempre faço tudo errado.Se levantou atordoada quase caindo, foi desfalecendo e desmaiou, ele a segurou, pegou no colo, a carregou até o quarto, colocou na cama e sentou próximo, dando batidinhas no rosto— Acorde, Inaya?— Alá o que eu fiz para merecer uma sorte triste assim?— Mounir tem sido um bom homem, honesto, íntegro, tento seguir o livro sagrado.Deu uma chacoalhada nela– Acorde logo.— Machucou? Ela foi despertando muito envergonhada — Não foi nada. Se sentou gemen.do de dores pelo corpo— Você me assustou. — Talvez seja melhor, me devolver, podemos nos divorciar aqui.Ficou emotiva escondendo o rosto— E eu volto sozinha pro Cairo, nem precisa me levar.— Não quero
Ela não recuou, foi se afastando o xingando igualmente, os dois praguejando um ao outro, ele mesmo bravo foi indo junto, ficou extremamente decepcionado, se sentindo humilhado pela notícia da gravidez, só conseguia odiar ela, por tê-lo colocado naquela situação. Inaya foi até a recepção, ele se manteve próximo, perguntou a balconista se podia entrar junto, disseram que não, ela foi atendida pela triagem e encaminhada para o clínico geral, entrou sozinha nervosa, foi examinada e medicada, enquanto tomava soro, pensava que estava perdida, não sabia o que fazer e no fundo, quis realmente perder o bebê.Ela demorou algumas horas lá dentro, nem chegaram a fazer ultrassom, ou pedir exame de sangue, pediram para retornar caso o sangramento continuasse ou aguardar duas semanas e ir a um médico especialista, porque eles não podiam dar a assistência necessária e nem constatar o aborto. Inaya estava sem o celular, porque esqueceu em casa, quando saiu logo viu Mounir sentado na sala de espera,
Ela o olhou séria pensativa — Obrigada, ainda estou com cólicas. – Não sei como funciona, não me lembro muito bem.— Do que me falaram lá.— Você contou para alguém?Ele estava tirando as compras das sacolas, a olhou sério com julgamento — La! Tenho muita vergonha.— Todos vão saber o que você fez.Deixou os doces em cima da pia próximos a ela, começou arrumar o jantar na mesa, de costas para ela— Vou comprar as passagens, antes do meu tio voltar, daqui alguns dias. — A sua família vai te punir como quiser.— Nem sei se seguem o livro sagrado. — Tenho a sensação que vocês só sabem mentir. — A minha família, não precisa saber de nada, até o divórcio estar feito.— E você ser devolvida!— Você tem me feito cometer um haram maior que o seu, escondendo o seu mal feito. — Que Alá me perdoe.— Meu primo ainda tentou me alertar.Ela se aproximou olhando a mesa, emotiva — Esquece o Rashid, ele me enganou, disse que ia se casar e ajudar a minha família.— Falaram no hospital, que eu p
Mounir estava em coma induzido, com costelas fraturadas, traumatismo craniano, Inaya só ficou ouvindo todos conversarem, ao saber que ele corria risco de vida, desmaiou no hospital, estava bastante fraca sem se alimentar bem a dias. Foi amparada por familiares dele, quando a família dela soube, receberam o convite para viajarem para o Brasil juntos, Halim tio de Mounir, pagou por tudo.Pelo celular a mãe e a irmã de Inaya, ficaram mais próximas dela, enquanto não chegavam, ela não saiu do hospital um único dia, se sentindo extremamente culpada, rezou e chorou bastante, pedindo saúde para o marido, até falou que preferia morrer, do que vê-lo partir, porque ele era um bom homem, diferente dela, que se perdeu.Sem pensar em nada muito bem, ela deu as chaves da casa para os familiares dele, irem pegar suas roupas, viram a mala dela e ficou nítido que estavam dormindo em quartos separados, contaram tudo o que viram para a irmã dele.Jamila viajou nervosa, querendo saber porque o irmão lig
A mãe de Inaya continuou contra ela, dizendo coisas que a deixaram muito triste, arrependida de ter pedido ajuda, mesmo estando na mesma casa, as duas começaram ignorar ela, durante o dia todo só se falaram entre si, Inaya ficou sentada na sala, de canto chateada, não comeu nada o dia todo e sua irmã disse que ela estava fazendo drama, pois na hora de ser egoísta esquecendo da família, ela não pensou.Quando anoiteceu elas foram para a casa de Halim, ele convidou Inaya para ir jantar lá também, no caminho a mãe dela disse que ninguém poderia saber daquilo, ou elas estariam arruinadas.Assim que entraram, as duas foram disfarçando, ficando mais próximas de Inaya, ela já não conseguiu fingir nada muito bem, estava pálida, abatida, com os olhos vermelhos de tanto chorar. Halim chegou depois delas, quando foi cumprimentar, ficou com dó de Inaya, ela estava respondendo só o básico, com quem conversava, e falou que estava bastante triste, preocupada com o marido. A casa estava cheia e não