Sila
— Ayla, você já sabe, fique sempre de olho no Ali. Por favor, não tire os olhos de cima dele um só minuto! — repito as minhas instruções antes de finalmente saímos do carro. — O lugar vai estar cheio e eu não quero que nada aconteça com ele, entendeu?
— Não se preocupe, Senhora Arslan, o Ali vai estar seguro comigo. — A garota garante, mas não me sinto tão segura disso.
— Ok! — Aceno um sim para a garota, soltando um suspiro nervoso e me pergunto se todas as mães agem assim feito malucas desconfiadas como eu.
— Relaxe, amor, ele vai ficar bem! — Murat fala tentando me convencer do óbvio, deixando um beijo casto no meu rosto e o seu toque me faz relaxar, mas só um pouco. — Pronta? — Ele pergunta confiante, porém, sorrio para ele.
— Pronta.
Talvez todo esse n
Sila— Ainda não é o momento — respondo com um suspiro baixo. Entretanto, olho ao redor dos convidados espalhados dentro de um grande salão luxuoso e decorado tipicamente com detalhes turcos a procura do Ali e da Ayla.— Relaxe, Habbibi, eles estão bem! — Uma palavra perdida nessa frase me faz olhá-lo.— Habbibi?Acho graça.— Significa meu amor.Sorrio.— Acho que preciso me dedicar um pouco as nossas origens — retruco com humor, beijando o seu rosto áspero devido a uma barba por fazer.— Deveria. — Murat ralha. No entanto, volto a procurá-los.— Onde eles estão? — inquiro ainda a procura e para a minha satisfação, Murat aponta o seu indicador em uma direção. Sorrio ao vê-lo brincando com outras crianças. Ali parece uma crian&cce
SilaNão era o que eu esperava. Penso quando escuto o som da risada de Emine que após descer do carro, enlaça o seu braço ao braço do meu marido e ambos caminham animados para dentro da mansão.Não a minha mansão, claro. Após uma conversa franca com Murat decidi que aquele seria o nosso lugar e que construiríamos apenas as nossas lembras lá, e não as de uma intrusa que com certeza está armando o seu bote com essa ideia repentina de fazer faculdade.— Oh meu querido, você como sempre você é tão atencioso! — Ela sibila amorosa e manhosa, quando Murat larga a sua mala em um canto da sala. — Sila, minha querida! — A garota cantarola falsamente se afastando do seu primo para vir me abraçar. — Obrigada por me receber nessa casa!— Por nada, Emine! — Lanço lhe um sorriso igua
Sila— Eu disse para Murat que não vou aturar qualquer vacilo seu aqui dentro. — Volto a interrompê-la. — Portanto, tente andar na linha ou você estará fora, entendeu?Pela primeira vez Emine balbucia.Sim, eu a deixei sem palavras.— Agora seja uma boa hóspede e se comporte, está bem? — Ela balbucia outra vez. — Tenha uma boa estadia na minha casa, Emine! — rosno e saio da sala no mesmo instante.Do lado de fora respiro fundo algumas vezes para acalmar o vulcão em erupção dentro de mim, porque a minha vontade mesmo era de estapear aquela garota ridícula e de mostrar-lhe quem manda nessa casa, mas acredito que as minhas palavras devem ter surtido algum efeito.— Mamãe, estou pronto! — Ali avisa com a sua alegria infantil de sempre, parando bem na minha frente, dissipando qualquer resquício de c&oacu
Murat— Bom dia, Senhor Arslan, como foi de viagem? — Minha secretária pergunta assim que entro na minha sala.— Foi ótimo, Isla. Obrigado por perguntar! E como estão as coisas por aqui? — Largo a minha pasta executiva do lado da minha mesa e me acomodo em minha cadeira, mexendo em uma das gavetas em seguida.— Tivemos um pequeno problema com a entrega de uma das refinarias, mas o Senhor Miller resolveu tudo pessoalmente. — Ergo a cabeça para mirá-la.— O Taylor resolveu?— Sim, Senhor. O Senhor Miller foi bastante dinâmico na hora de trazer uma solução.— Estou curioso com essa solução — ralho, porém, ela sorrir.— O Senhor tem uma reunião...Isla é interrompida quando alguém bate na porta e Taylor passa por ela na sequência. Faço um gesto de olhar para
SilaCertain Things, de James Arthur começa a tocar na ampla sala e me permito fechar os meus olhos para apreciar a sua letra. Logo sinto a sua presença atrás de mim e o seu calor me sorrir.— A propósito, você linda, querida esposa! — Murat sussurra contra os meus cabelos, fazendo-me arrepiar inteira. No ato, me viro para ficar de frente para ele e encontro a intensidade dos olhos negros, e brilhantes. Uma intensidade que eu aprendi a amar.Respiro fundo quando ele me estende uma taça de vinho e na sequência, ele ergue um pouco a sua.— Ao nosso amor!Fico séria.— Que ele seja tão forte quanto a mais dura rocha — sussurro, fazendo a minha taça tilintar na sua e logo que bebericamos da bebida, ele larga a sua taça em cima da mesinha de centro, depois, faz o mesmo com a minha. Sua mão ávida se apossa da min
Taylor…Olhar para o seu rosto machucado arranca algumas lágrimas dos meus olhos. É angustiante pensar que ficarei sozinho nesse mundo. Que ela vai me deixar vez e em lágrimas, abraço as pernas da minha tia.— Não quero me despedir, Tia! — sibilo, porque dói saber que essa será a nossa última conversa. Contudo, ela se abaixa para fica da minha altura e afasta algumas mechas do meu cabeça da minha testa, abrindo um pequeno sorriso para mim.— Seja forte, meu querido, você precisa ser muito forte agora. Essas palavras me fazem engolir o meu choro e com uma respiração profunda abro a porta do quarto de um hospital.— Mamãe? — O som sai baixo demais da minha boca. Eu só queria não chorar na frente dela, mostrar-lhe que estava forte por ela.
Taylor— Chegamos, Senhor!O motorista avisa e assim que desço do carro, fito a fachada que eu reconheço muito bem. A mansão Arslan carrega uma história pesada de amor e de perdas, e aqui deixarei mais uma história que se findará. Portanto, tiro a pulseira do meu bolso e a fito por alguns instantes, sentindo as batidas dentro do meu peito cada vez mais fortes.— Ah, Senhor Miller que bom que chegou! — Uma empregada diz um tanto espantada.— Por que, o que está acontecendo?— É a Senhora Sila e a Senhorita Emine.Uno as sobrancelhas.— O que tem elas, Ayla?— Por favor corra para a sala ou elas vão se matar!Não penso duas vezes e corro para a entrada da casa escutando os gritos das duas mulheres. Contudo, paro impactado quando Sila acerta firmemente o rosto de Emine e com raiva a garota a empurra com violê
Sila— Samia, pode reunir os empregados da casa na sala, por favor? Eu preciso falar algo para eles — peço para a governanta minutos depois da saída de Taylor, enquanto observo a prima de Murat em pé no jardim já tem algum tempo.— Certo, Senhora!— E, Samia? — A chamo quando ela me dá as costas.— Sim, senhora?— Eu quero a Emine presente.— Avisarei para ela, Senhora.Solto uma respiração alta me afastando da janela e seguro o porta-retrato danificado, que está largado em cima da mesinha de centro. Logo alguns empregos da casa começam a entrar no cômodo e eles se organizam em uma fileira de frente para mim. Por fim, Emine adentra a sala bufando feito um animal raivoso e o seu olhar irritadiço encara o meu.— O que você quer agora, Sila? — Ela retruca exatamente como uma maldita crian&cc